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Benevolência

Autor: Ricardo Tchobnian

De acordo com a resposta à pergunta 886 de “O Livro dos Espíritos” a benevolência é o primeiro dentre os três atributos que definem a palavra caridade tal como entendia Jesus. A palavra benevolência significa querer bem, ser favorável.

Jesus nos disse para amarmos nossos amigos e principalmente nossos inimigos. A benevolência sem dúvida está contida nesta máxima, pois é uma expressão do amor. O homem benevolente por natureza e incondicionalmente quer bem a todos os seus semelhantes. Não lhes impõe julgamentos, não lhes faz cobranças, tampouco distinções. Trata igualmente os pobres e os ricos, os sãos e os doentes, os famosos e os esquecidos, você e eu.

A benevolência é um exercício de cada dia. Inicialmente parece fatigante e artificial. Após algum tempo se mostra apaziguadora e natural. Está ligada a evolução do espírito. Em parte no componente intelectual e em maior parte no componente moral. Isto explica, por exemplo, o porquê de encontrarmos pessoas benevolentes que muitas vezes mal sabem escrever o próprio nome. De certo, Jesus também nos recomendou para que nos instruíssemos, porém isto não teria qualquer valor se não aprendêssemos primeiramente a amarmos uns aos outros.

Em meados do século XIII, Francisco de Assis, uma das pessoas que mais viveu o evangelho de Cristo aqui na Terra, se negou a entrar para o clero ou qualquer instituição religiosa. Percebeu o quanto a instrução afastara aquelas pessoas do verdadeiro sentido benevolente do cristianismo. Fez de sua vida com poucas palavras, memoráveis e amáveis atitudes um exemplo de conduta para todo o mundo. Ele encontrou a felicidade, mesmo enquanto viveu entre nós.

Seguindo o exemplo deste e de outros grandes mestres da humanidade, tenho me esforçado à prática da benevolência, querendo bem a cada pessoa que por qualquer circunstância se aproxima de mim. Percebi que em me agradando ou não, igualmente a mim, são espíritos em fase de aprendizado. Sendo então todos nós alunos de uma mesma escola, chamada Planeta Terra, há os que estão no primário, há os que estão no ginásio, no colégio, na faculdade e também na pós-graduação. Se hoje, por exemplo, estou no colégio, por que não respeitar àqueles do primário que ainda estão se alfabetizando? Ao mesmo tempo por que não admirar aos ilustres pós-graduandos que passaram por cada fase da escola e hoje tanto nos ensinam com os exemplos que fazem de suas próprias vidas?

A prática da benevolência me preenche o coração. Fortalece-me perante as adversidades deste mundo material. Incentiva-me a compartilhar cada vez mais este sentimento com as pessoas. Faço-o através destas palavras, através das atitudes de cada dia, através da minha vida.

Fala MEU! Edição 69, ano 2008

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