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Meu papel na vida

Autor: Thiago Rosa

Como se entender consigo mesmo?

Sabe aquela história de sentar na sua cama, olhar o sol latente lá fora ao som de uma música tranquilizadora, a brisa soprando baixinho pelo seu rosto, um cenário perfeito para pensar?

Ou ainda ir no banheiro olhar bem para o espelho e se ver do outro lado, olhar bem nos seus olhos e perguntar: “Quem sou eu?”. Você pode ficar se analisando, observando seu rosto, os contornos que até então você nunca tinha parado pra observar. Analisar a cor dos seus olhos – afinal, quantas pessoas já lhe perguntaram a cor dos seus olhos e você ficou em dúvida em responder!? ; aproveite para olhar direito os seus cabelos, a boca (ela pode ter contornos que você nunca parou antes para observar); veja bem o seu nariz, a voltinha da orelha por de trás dos fios de cabelo, aquela pintinha minúscula que você nunca tinha observado antes, os pelos que te envolvem a pele, os dentes – dê um sorriso e veja o quanto ele pode ser bonito.

Você não se observa? Já analisou o seu corpo, seus passos, a forma como você se relaciona com o mundo e com as pessoas? Que tal se imaginar da forma como os outros o veem!? Pode ser realmente diferente, como pode ser constrangedor. E o seu cheiro? Já parou para sentir o cheiro da sua pele, a sua textura? Imagina como ela pode lhe trazer sensações agradáveis e, com maiores cuidados, como ela pode ser inspiradora.

Isso não quer dizer que você tenha que ser um Narciso ou Narcisa, se interessar mais pela sua aparência que do resto do organismo vivo que existe em você. Mas, quando paramos para nos observar podemos compreender o tão grande nós somos. Claro que, se olharmos no infinito da abóboda celeste, veremos o quanto somos pequenos. Mas se olharmos para o infinito de nossa sabedoria, da nossa existência, do meu “eu” presente, das células, átomos, moléculas e a química que me faz existir, este complexo de informações que me forma, verei o quanto eu sou extenso, grande e perfeito.

A máquina humana é algo surpreendente. Se você não acredita em milagres, porque sabemos que milagres não existem, observará que você é um deles. Que por mais que expliquem de onde somos, talvez “nunca” saberemos “entender” nós mesmos.

Basta olhar o “eu” sentimento reservado dentro de nós. Basta uma música, uma foto, uma cena romântica, um despertar diferente para o dia, um ponto de observação para o nada, que veremos o quão sensíveis somos. A inteligência, o instinto também, é algo fascinante. Saber que suas ideias viajam por conexões neurais,podem voar através do ar, do tempo e espaço e são transmitidas pra onde você quiser enviar, basta mirar, é poder saber o quanto você pode se multiplicar aqui, ali e acolá.

E como tirar proveito disso tudo? Creio que se você nem sabe ao menos quem você é, ou pelo menos tenha parado para se entender, vai ser difícil se encontrar, se achar, nesta imensidão do globo terrestre. Afinal, se todos os animais e seres vivos tem sua função na natureza, diante de tantas pessoas, qual seria a sua função?

Alguns passam a vida trabalhando, buscando sucesso, fama e bens materiais, cuidado com os filhos e família atrás de resposta lúdica sobre o seu porquê de existir. Se sua vida é tão simples assim, simplesmente viver, então porque existir?

Você pode brigar contra seus fracassos e suas decepções, anseios, mas se não buscar o eu que existe dentro de você, talvez nunca encontre espaço para viver neste mundo. E sabemos que, se existimos, é porque somos alguém neste universo todo. Você já viu algum jogo começar sem suas peças bem postadas? No jogo da vida os dados rolam, mas quem dá a largada é você mesmo.

Fala MEU! Edição 69, ano 2008

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