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O uso da camisinha

Autor: Sérgio Rubens

Falar sobre este assunto é reportar-se à conduta moral vista como ela é, pela Doutrina Espírita. Inicialmente, é bom lembrar que tudo aquilo que se refere à alteração de métodos naturais, traz em seu bojo, consequências e responsabilidades, que muitas vezes não estamos preparados para suportar.

Podemos citar como exemplo, normas de conduta receitadas por Espíritos sérios e respeitáveis; “Distinguir no sexo a sede de energias superiores que o Criador concede à criatura para equilibrar-lhe as atividades, sentindo-se no dever de resguardá-la contra os desvios suscetíveis de corrompê-la. O sexo é uma fonte de bênçãos renovadoras do corpo e da alma.” (André Luiz – Conduta Espírita)

Allan Kardec, o Codificador, alicerçou a Doutrina Espírita sobre três pilares: Científico, Filosófico e Religioso; e é assim que devemos pensar ao escrever sobre este assunto.

A Doutrina Espírita disponibiliza a seus adeptos, diversos meios de informação e consulta; no Livro dos Espíritos,  podemos ver na pergunta 694:

Que pensar dos usos que têm por fim deter a reprodução, com vistas à satisfação da sensualidade?

Resposta: Isso prova a predominância do corpo sobre a alma e quanto o homem esta imerso na matéria.

Semelhante resposta dada pelos Espíritos da Codificação vem nos trazer preocupação pela utilização indiscriminada dos métodos contraceptivos; entre os quais, a camisinha.

Devemos todos estar atentos e não permitir que a carne (matéria) domine o Espírito; deve ser sempre ao contrario, o Espírito sempre acima da matéria.

Claro está que neste tocante, buscaremos o bom senso; sabemos que estamos em pleno século 21, com moderníssimos avanços em todos os setores das ciências, sendo que a humanidade ainda vem lutando bravamente contra determinadas doenças, que, ao que parece, resistem aos mais poderosos e propalados meios de divulgação e orientação; citamos como exemplo, a AIDS, que teve seu número de doentes aumentado em todo o mundo; a hepatite C também é outra que permanece no rol das doenças ainda em alto grau de transmissão.

Assim sendo, levando-se em consideração as diversas doenças que podem ser transmitidas através do sexo, devemos considerar também, o uso da camisinha, como proteção à nossa saúde.

“SENDO ASSIM, JOVEM, RELEMBRAMOS QUE CONFORME FALOU O APÓSTOLO PAULO, SOMOS TEMPLO DE DEUS VIVO E, POR ISSO MESMO, DEVEMOS UTILIZAR AS NOSSAS POTENCIALIDADES DE MANEIRA EQUILIBRADA E PENSADA, UMA VEZ QUE, COMO ACONSELHOU O MESMO APÓSTOLO, TUDO NOS É PERMITIDO,”MAS NEM TUDO EDIFICA”. (Revista Internacional de Espiritismo, nº 11)

Sabemos que os jovens de hoje, têm muita informação e não são “bobinhos” como costumavam pensar nossos pais. Frequentam clubes, baladas, e recebem informações edificantes na escola; porém, cada qual tem seu grau evolutivo e suas necessidades específicas, entendendo e se portando segundo manda seu livre arbítrio, lembrando que a REFORMA ÍNTIMA é um dos fatores primordiais a serem alcançados pelo praticante Espírita.

A Doutrina Espírita tem que sair da cabeça e ir direto ao coração. Seguramente, o jovem Espírita, deve, por conselho e obrigação, manter-se atualizado e sempre estudando a Doutrina, em busca de informações que lhe possam facilitar e felicitar suas atitudes para consigo mesmo e para com o próximo.

Desta feita, o jovem Espírita tem de si para consigo e para com o próximo, maiores responsabilidades, por conhecer os mecanismos de ação das Leis de Deus.

Assim, no aspecto de como será conduzida a sua sexualidade, é nesta fase da vida que tomam decisões, tão delicadas, quão importantes, as quais, muitas vezes, serão decisivas no desenrolar da sua existência.

Indo à frente, vale a pena recorrer a algumas perguntas antes de se entregar à consumação dos fatos: para que? Como ficarei depois? Tenho condições de arcar com todas as consequências? (Revista Internacional de Espiritismo – nº 11).

Claro está que o jovem encontrará oportunidade de encarar esses problemas; porém, deve ater-se ao compromisso consigo mesmo, atendendo à sua intuição e consciência, no intuito de bem proceder, não magoando a si próprio ou ao seu semelhante.

Queremos dizer, que se a situação for de atração e o momento propício, impedindo talvez, uma recusa, é melhor estar prevenido, utilizar-se de camisinha, a fim de defender sua saúde e integridade, ao mesmo tempo, evitando uma consequência muito mais grave, de ver-se forçado a ter de criar um filho, sem que o tenha desejado.

Dessa maneira, sempre o jovem deve ter em mente, o respeito por si próprio e por seu parceiro ou parceira, utilizando-se de bom senso, raciocínio e precaução.

Tudo em nossa vida tem dois lados, tal qual a moeda que Jesus pediu Lhe fosse mostrada:

“De quem é esta face na moeda? Perguntou Jesus. Responderam-lhe: È de César! Então, daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” (Mateus, 22:19 a 21).

Lição que podemos transportar ao nosso tempo, ao século 21, dizendo-nos: Dou a meu corpo o necessário exigido pela matéria; e ao Espírito, a consciência tranquila de ter agido bem e conforme as Leis do Criador.

Responsabilidade, generosidade, disciplina e bom senso, são atributos que o jovem deve manter em todos os seus relacionamentos, sendo amorosos ou de amizade, para que carregue por toda sua vida, prazer de ter vivido e alegria de ter cooperado para que o mundo ficasse um pouco melhor.

Que a paz de Jesus possa estar no coração de todos os jovens, trazendo-lhes esperança em dias melhores e a certeza de ter vivido honradamente.

Fala MEU! Edição 73, ano 2009

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