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3 – Allan Kardec, sua vida, sua obra e seu método

Noções Gerais – Aula: 3

Sumário

  • Nome de batismo do Codificador do Espiritismo
  • Data e local de seu nascimento
  • A desencarnação de Kardec
  • Nome de sua esposa
  • Principais obras espíritas de sua autoria
  • O método kardequiano.

Quem foi o Codificador do Espiritismo

1. Na cidade francesa de Lyon nasceu em 3 de outubro de 1804 aquele que se celebrizaria sob o pseudônimo de Allan Kardec. De tradicional família francesa constituída de magistrados e professores, ele foi filho de Jean Baptiste Antoine Rivail e Jeanne Louise Duhamel. Batizado pelo padre Barthe em 15 de junho de 1805, recebeu o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail.

2. Em Lyon fez seus primeiros estudos, seguindo depois para Yverdon, Suíça, a fim de estudar com o célebre professor Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), pedagogo suíço que fundou diversas escolas. O instituto de Yverdon era um dos mais famosos e respeitados na Europa e reputado mesmo como Escola-modelo, por onde passaram vultos eminentes do Velho Continente.

3. Desde cedo Hippolyte tornou-se um dos mais eminentes discípulos de Pestalozzi. Na “Revista Espírita” de maio de 1869 diz-se que, dotado de notável inteligência e atraído por sua vocação, desde os 14 anos o jovem lionês ensinava aos colegas menos adiantados tudo o que aprendia.

4. Concluídos os estudos em Yverdon, ele se radicou em Paris, onde se tornou conceituado mestre não só de Letras, como de Ciências, distinguindo-se como notável professor, autor de obras didáticas e divulgador do método de Pestalozzi.

5. No meio literário de Paris conheceu a professora Amélie Gabrielle Boudet, também autora de livros didáticos, com que se casou, conquistando preciosa colaboradora para a sua futura atuação como educador e depois como codificador da doutrina espírita.

6. Como escritor, o professor Rivail publicou, no primeiro período de sua vida, diversos livros didáticos. Entre as obras publicadas destacam-se: Curso Teórico e Prático de Aritmética, Gramática Francesa Clássica, Catecismo Gramatical da Língua Francesa, além de programas para os cursos ordinários de Física, Química, Astronomia e Fisiologia.

As obras de Allan Kardec

7. Em 1854, o professou Hippolyte ouviu falar pela primeira vez sobre as mesas girantes, por meio de seu amigo Fortier, estudioso do Magnetismo. A princípio, revelou-se cético a respeito dos fenômenos, embora se dedicasse desde muito ao estudo do Magnetismo. No ano seguinte, ele resolveu então assistir pela primeira vez aos propalados fenômenos; corria o mês de maio de 1855. A partir de então passou a dedicar-se ao assunto, recebendo provas numerosas de que as manifestações eram produzidas pelos Espíritos de pessoas que haviam deixado a Terra.

8. Recebendo logo depois das mãos dos senhores Carlotti, René Taillandier, Tiedeman-Manthese, Sardou, pai e filho, e Didier, editor, cinquenta cadernos contendo comunicações diversas, o professor se dedicou à tarefa de organizar ditos cadernos, resultando daí o início de uma série de reuniões e estudos que redundaram na codificação do Espiritismo e a publicação de um conjunto de obras fundamentadas nos ensinamentos espíritas, sendo a primeira delas O Livro dos Espíritos, publicado inicialmente em 18 de abril de 1857. Considerado como o marco inicial da codificação, é importante lembrar que o formato definitivo desse livro saiu apenas quase três anos mais tarde, em março de 1860.

9. Explicando sua convicção, Kardec afirma que sua crença apoia-se no raciocínio e em fatos. Era do seu feitio examinar antes de negar ou afirmar a priori, fosse qual fosse o assunto. Foi, portanto, como racionalista estudioso, emancipado de qualquer misticismo, que ele se pôs a examinar os fenômenos relacionados com as mesas girantes.

10. Após a publicação da obra inicial, ele sentiu a necessidade de ter um meio ágil que pudesse divulgar com maior rapidez as ideias espíritas. Lançou então em 1º de janeiro de 1858 a Revista Espírita e pouco tempo depois, em 1º de abril do mesmo ano, fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

11. Em março de 1860 publicou a segunda e definitiva edição d´O Livro dos Espíritos, a que se seguiu, de 1861 a 1868, a publicação das seguintes obras: O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno (1865) e A Gênese (1868), que são, juntamente com O Livro dos Espíritos, suas principais obras.

12. A primeira revelação de sua missão ele a recebeu em 30 de abril de 1856 por meio da jovem médium Srta. Japhet, o que foi confirmado em 12 de junho do mesmo ano por intermédio da Srta. Aline e, em 12 de abril de 1860, por meio do Sr. Crozet. Na Revista Espírita de maio de 1869, publicada após sua desencarnação, ocorrida em 31 de março de 1869, Kardec é definido como trabalhador infatigável, “sempre o primeiro e o último a postos”.

O método kardequiano

13. Kardec, cognominado por Camille Flammarion “o bom senso encarnado”, adotou em seu trabalho o método intuitivo-racionalista, que aprendera com Pestalozzi, considerando, no entanto, o valor da análise experimental. Sob tais diretrizes, cultivou ao longo da vida o espírito natural da observação, apregoando o uso do raciocínio na descoberta da verdade. Desestimulava, porém, a atitude mecânica, para que o aprendiz procurasse sempre a razão e a finalidade de tudo.

14. Kardec entende que devemos partir do simples para o complexo, do particular para o geral. Recomenda a utilização de uma memória racional, fazendo o uso da razão para reter as ideias, de modo a evitar o processo de repetição mecânica das palavras. Procura despertar no estudo a curiosidade do observador, de modo a avivar sua atenção e percepção.

15. O lastro contido no ensino basilar é sempre intuitivo, que ele considera “como o fundamento geral dos nossos conhecimentos e o meio mais adequado para desenvolver as forças do espírito humano, da maneira mais natural”. Conforme seu pensamento, “todo bom método devia partir do conhecimento dos fatos adquiridos pela observação, pela experiência e pela analogia, para daí se extraírem, por indução, os resultados e se chegar a enunciados gerais que pudessem servir de base de raciocínio, dispondo-se esses materiais com ordem, sem lacuna, harmoniosamente”.

16. Diz J. Herculano Pires que o método adotado por Kardec na codificação da Doutrina Espírita transformou-se no método da própria doutrina e tem, na sua própria simplicidade, a garantia de sua eficiência.

17. Podemos – de acordo com Herculano Pires – resumi-lo assim:

I – Escolha de colaboradores mediúnicos insuspeitos, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual.

II – Análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas, pondo-se de lado tudo aquilo que não possa ser logicamente justificado.

III – Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem.

IV – Consenso universal, ou seja, concordância das várias comunicações, dadas por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em vários lugares, sobre o mesmo assunto.

Questões para fixação da leitura

1. Qual foi o nome de batismo do Codificador do Espiritismo?

Batizado pelo padre Barthe em 15 de junho de 1805, ele recebeu o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail.

2. Em que data e cidade ele nasceu e quando faleceu?

Kardec nasceu em 3 de outubro de 1804 na cidade de Lyon, França, e faleceu em Paris em 31 de março de 1869.

3. Como se chamava sua esposa?

Amélie Gabrielle Boudet.

4. Quais são os principais livros espíritas de sua autoria?

O primeiro a sair foi “O Livro dos Espíritos”, publicado em 18 de abril de 1857 e considerado o marco inicial da codificação, embora o formato definitivo desse livro saísse apenas quase três anos mais tarde, em março de 1860.

Seguiram-se “O Livro dos Médiuns” (1861), “O Evangelho segundo o Espiritismo” (1864), “O Céu e o Inferno” (1865) e “A Gênese” (1868), que formam com “O Livro dos Espíritos” o chamado Pentateuco Kardequiano.

Não podemos esquecer, porém, duas obras introdutórias importantíssimas: “Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas” (1858) e “O que é o Espiritismo” (1859), além de “Viagem Espírita em 1862” e “Obras Póstumas”, este último publicado depois de sua desencarnação.

5. Em que consistiu o chamado método kardequiano?

De acordo com o professor J. Herculano Pires, o método utilizado por Kardec na codificação do Espiritismo foi composto de quatro pontos:

I. Escolha de colaboradores mediúnicos insuspeitos, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual.

II. Análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas, pondo-se de lado tudo aquilo que não possa ser logicamente justificado.

III. Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem.

IV. Consenso universal, ou seja, concordância das várias comunicações, dadas por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em vários lugares, sobre o mesmo assunto.

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Nota Juventude Espírita

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