Informação, atitude e respeito — juntos na evolução

Por que ainda falamos de racismo?
Porque o racismo não morreu com a escravidão.
Ele só mudou de roupa, mas continua sendo tóxico.
- Tá no olhar que julga.
- Na piada “sem maldade”.
- Na diferença de salário.
- Na escola que não inclui.
- Na polícia que aborda só um tipo de pessoa.
- No mundo digital, nos currículos e nas séries de TV também.
Se você acha que racismo não existe, talvez você nunca tenha sentido na pele.
Mas quem sente, sente todo dia.
E sentir dói, mas também chama pra ação.

Racismo é tipo vírus: mas o antídoto é consciência
Racismo não é opinião — é um comportamento aprendido. E tudo o que é aprendido pode — e precisa — ser reeducado.
Ele se espalha quando a gente normaliza pequenas exclusões:
- Quando uma vaga “exige boa aparência”, mas só contrata um tipo de rosto;
- Quando a piada vira ofensa e o silêncio vira cumplicidade;
- Quando um nome africano recebe menos retorno em um currículo;
- Quando a mídia mostra diversidade só em datas comemorativas;
- Quando a pessoa negra é vista como ameaça, não como talento.
Essas atitudes não são “detalhes”, são sintomas de uma doença social.
Mas há cura — e começa em cada um de nós.
O antídoto é consciência, empatia e ação: entender, acolher, reparar e incluir.
Transformar o olhar, a fala e o espaço que a gente ocupa.
O racismo se multiplica no silêncio, mas desaparece quando a gente escolhe enxergar o outro como espírito, não como cor.

Dados que despertam — e pedem transformação
- Mais de 1 bilhão de pessoas sofrem algum tipo de discriminação racial. (ONU)
- Pessoas negras representam 80% das vítimas de violência policial nos Estados Unidos. (Mapping Police Violence, 2023)
- Na Europa, 1 em cada 3 pessoas negras relata ter sofrido racismo em serviços públicos, escolas ou ambientes de trabalho. (Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais, 2022)
- Povos indígenas e comunidades africanas sofrem os piores impactos de desmatamento, pobreza e mudanças climáticas, apesar de contribuírem menos para a crise ambiental. (UNESCO, 2024)

Agora, no Brasil
- 75% das vítimas de homicídio são negras. (IPEA)
- 8 em cada 10 jovens presos são pretos ou pardos.
- Pessoas negras ganham, em média, 40% a menos que pessoas brancas no mesmo cargo. (IBGE)
- Mulheres negras têm duas vezes mais chances de morrer em parto do que mulheres brancas. (Ministério da Saúde, 2023)
- Apenas 5% dos executivos em grandes empresas são negros. (Instituto Ethos, 2022)
Esses números mostram que o racismo é estrutural — e não “opinião”.
Mas também mostram onde precisamos agir: na educação, nas políticas públicas, nas oportunidades, no diálogo.
Cada passo consciente muda a estatística — e muda vidas.

Racismo não se combate com silêncio — se combate com amor em ação
Dá pra combater racismo na vida real, sim.
E cada pequena atitude importa — mesmo que pareça só um gesto.
- Se ouviu piada racista? Sem desculpa, sem “tô brincando”.
- Se viu uma marca excluir? Cobra. Com firmeza e educação.
- Se o amigo falou “sem querer”? Mostra que não colou. Seja exemplo, não só crítico.
- Se sua timeline é toda branca? Começa a seguir vozes negras. Amplie a escuta e o conhecimento.
- Se você não entende muito do assunto? Bora estudar. Aprender é parte da luta.
Racismo não se resolve com filtro preto no Instagram.
Se resolve com ação constante. Sempre. Todo dia.

Bora quebrar uns mitos?
| Mito | Realidade |
|---|---|
| “Todo mundo sofre preconceito.” | Sim, mas racismo é sobre poder e estrutura. |
| “Ah, isso é vitimismo.” | Não. É só a realidade de quem vive o BO todo dia. |
| “Mas e o racismo reverso?” | Não existe. Racismo é uma via de opressão histórica. |

O racismo muda de roupa, mas continua aí
Ele já foi escravidão.
Depois virou segregação.
Hoje, se chama “falta de representatividade”, “violência seletiva”, “humor sem noção”, “oportunidade que não chega”.
Mas pode virar história se a gente agir junto — cada ação conta, cada voz importa.

E o que o Espiritismo tem a ver com isso?
A Doutrina Espírita nos lembra que as almas encarnam em corpos de diversas origens e cores para aprender a superar o egoísmo e as desigualdades. O racismo é uma manifestação desse egoísmo, e precisamos trabalhar para vencê-lo, dia após dia, com atitudes que reflitam a fraternidade e o amor universal.
Cada ser humano é um espírito em evolução, com as mesmas potencialidades e dignidade. Combater o racismo é um ato de amor e responsabilidade moral.
A verdadeira justiça só será alcançada quando todos puderem viver com igualdade, respeito e paz.

Fontes
ONU — International Day for the Elimination of Racial Discrimination
IBGE — Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil
IPEA — Atlas da Violência 2023
Human Rights Watch, UNESCO, UNHCR

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