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Esclarecer o público não espírita

Autor: Wellington Balbo

O mundo todo passa por transformações e a sede por assuntos transcendentais vem transbordando a cada dia.

Reencarnação, comunicabilidade com os chamados mortos, vida fora do planeta Terra são questões que estão na crista da onda, suscitando curiosidade e interesse de muita gente.

Portanto, eis que, nessa fase, o espírita e a equipe de trabalho do Centro Espírita têm papel de relevante importância, em que o seu abordar e a maneira com que tratará os assuntos acima citados irão colaborar ou não para uma melhor compreensão das pessoas em torno dessas questões que estão agora chegando ao conhecimento do público não espírita.

Mas há que questionar

Será que a equipe de trabalho do Centro Espírita está preparada para receber a demanda de pessoas que têm pouco ou nenhum conhecimento de temas como Reencarnação, Mediunidade e Lei de Causa e Efeito?

Sim, porque sendo o Centro Espírita um local onde esses assuntos são estudados e tratados com a maior seriedade, é natural que seja, a partir de agora, mais procurado, e, assim sendo, se faz necessário um preparo prévio da equipe que trabalha no Centro Espírita, ou mesmo do espírita frequentador, a fim de receberem com qualidade esse número de visitas que certamente aumentará.

E que bela oportunidade temos nós espíritas de divulgar os postulados da Doutrina, porque o público não espírita estará com sua casa mental receptiva e acolhedora para essas questões transcendentais.

Por isso, importante ressaltar dois pontos:

1. Esclarecer e não complicar

Temos que esclarecer o público não espírita que está sequioso por informações racionais. Termos técnicos, que requerem um conhecimento mais acurado, devem ser evitados.

Devemos, sim, explicar a reencarnação de maneira simples e inteligível. A mediunidade também merece atenção e ser tratada sem sensacionalismo, sem estardalhaço, como um fenômeno natural que é, descrito dentro das leis que regem o universo, para, sobretudo, convidar ao estudo, de modo que a curiosidade dê lugar à pesquisa e à compreensão.

Isso é esclarecer e não complicar, porque, se quisermos complicar, basta entrar em polêmica sobre religiões, em que poderemos trazer a antipatia de nosso visitante, transmitindo uma mensagem negativa e fechando sua casa mental às informações que ali veio colher.

Há alguns dias, um amigo estava chateado, e contou-me o que ocorreu no Centro Espírita que frequenta. Um visitante, motivado pela repercussão das novelas globais, foi até o Centro Espírita esclarecer algumas questões em que ficou em dúvida. Após 15 minutos de prosa, o dirigente que o atendeu entrou em uma polêmica religiosa, o que desagradou o ouvinte, que ali fora colher informações e não críticas quanto a essa ou àquela crença religiosa. Ele educadamente agradeceu a atenção dispensada e retirou-se, sem ao menos assistir à palestra da noite.

2. Dar atenção a quem procura

Pode até parecer inútil essa afirmação. Poderemos pensar: “Claro que darei atenção a quem me procura no Centro Espírita”. Contudo, a atenção vai além de bem recepcionar o visitante. A atenção é calar nossos ruídos interiores e nos conectarmos ao nosso interlocutor, transformando a sua presença ali como um acontecimento importante e transmitindo, assim, a mensagem de que a Doutrina Espírita se faz cristã e comunga as máximas do Cristo.

Dia desses, amigo não espírita comentou:

Gostei de ir ao Centro Espírita. Fui bem recebido, demonstraram satisfação em ver-me ali, todavia, não pude conversar com ninguém, porquanto todos estavam atarefados e não puderam responder às minhas indagações.

Veja, caro leitor, como a atenção vai além do abraço e do sorriso. Perdeu-se aí excelente oportunidade de divulgar os postulados da Doutrina.

Nós espíritas ficamos enclausurados dentro das paredes do Centro e não mantemos contato com o mundo exterior; conversamos muito entre nós e negligenciamos com relação à divulgação da Doutrina, que deve ser feita a todos.

Poderíamos ser um pouco mais ousados!

Contudo, a espiritualidade que trabalha para a comunhão universal tratou de tecer uma forma de fazer essa mensagem invadir infinitos lares: trouxe a mídia para fazer o trabalho de divulgação, o que vem por meio principalmente das novelas e filmes, trazendo à baila leis universais e já conhecidas por nós espíritas.

Portanto, cabe-nos dar continuidade a essa tarefa e receber com atenção e carinho, simplicidade e bom senso, o semelhante que até nós chegar movido por essa mão da espiritualidade.

Dica

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