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Está na hora de educar

Autor: Marcus De Mario

Diante das necessidades sociais urgentes de promoção do ser humano, face às múltiplas exigências que requerem ações das entidades públicas, dos especialistas de várias áreas e das instituições não governamentais no combate à dependência química, à prostituição sexual, à violência de toda ordem e outras situações não menos graves que atormentam a vida humana, devemos olhar com mais profundidade esses temas e ações sobre os mesmos.

Muitas vezes estamos apenas enxugando gelo, na expressão popular, pois teimamos em combater os efeitos, mantendo as causas do problema que desequilibra a sociedade.

Um exemplo é o combate às doenças sexualmente transmitidas, em especial a Aids, quando se fazem campanhas pelo sexo seguro através do uso da camisinha, com o discurso que todos podem se relacionar sexualmente à vontade, desde que usem o preservativo. Assim, estamos mantendo as relações promíscuas, a prostituição sexual do ser humano, sem respeito a si mesmo e ao outro, como se sexo fosse tudo na vida, apenas com a ressalva de se assegurar a proteção, e, em isso ocorrendo, estão todos, jovens e adultos, liberados.

O assunto é grave e requer considerações educacionais, pois esses projetos e ações carecem de fundamentação pedagógica, não adentram ao grave problema moral de desrespeito aos sentimentos do outro, e do desgaste das energias sexuais, ocasionando gravidez não planejada, aborto, desilusão afetiva, doenças sexualmente transmissíveis, vazio existencial, crianças sem pais e outras questões não menos relevantes, pelo fato de vivermos mais pelos instintos e sensações do que pela razão e sentimento, sem levar em consideração as consequências do descontrole sexual.

Um único caminho é possível para mudar esse quadro: a educação, ms não a educação intelectual, informativa através do acúmulo de conhecimentos. Estamos falando da educação moral, promovida pela família e pela escola, dando às crianças e jovens, e mesmo aos adultos, formação ética, quando aprendem a respeitar a si mesmos e aos outros, todos seres humanos, tendo uma via sadia, equilibrada, mantendo instintos e desejos sob controle.

É um processo educacional de médio e longo prazo, mas imprescindível de ser feito, de ser iniciado agora para termos no mais breve tempo possível seus resultados.

Outro exemplo é o combate à violência. Se precisamos de segurança policial e leis mais rígidas, isso ocorre porque mantemos a injustiça social e descuidamos da educação no seu viés de formação moral. Com o passar do tempo as situações se agravam, como ora estamos assistindo em nossa sociedade.

E não são operações policiais violentas nas favelas que darão solução. Se trabalhássemos a educação que desenvolve as virtudes, os valores humanos, não precisaríamos tanto de segurança pública. Onde a educação não cumpre o seu papel, a desagregação social toma conta.

Todas as ações no combate aos problemas sociais devem se transformar em ações pedagógicas preventivas. Não há como resolver os problemas humanos sem a educação. Se a família e a escola não são acionadas, não fazem parte dos programas planejados, e a educação não é cogitada, esses programas tendem ao fracasso, pois ficam trabalhando os efeitos, mantendo as causas intactas.

Se os responsáveis não se educam, não dão bons exemplos e não se preocupam com a formação do caráter das crianças, o que podemos esperar? Tão somente os diversos problemas vivenciais dolorosos que estamos enfrentando de há muito tempo.

Está nora de educar!

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