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Mily Alexeievitch Balakirev

No ano de 1837, nasceu em Nijni-Novgorod, na Rússia, Nily Alexeiévitch, Balakirev, que, embora muito jovem, era tido como músico e compositor de grandes méritos. Foi um verdadeiro gênio. 

Balakirev é um exemplo típico dessa verdade sobre a qual hoje já se não pode mais duvidar, isto é, das vidas múltiplas e do mediunismo. 

Os primeiros conhecimentos musicais foram-lhe ministrados por um amador. Seu desenvolvimento artístico, porém, foi fruto exclusivo de si mesmo. Foi um autêntico autodidata. Mostrou-se sempre espírito fogoso e extraordinàriamente independente. Suas ideias, no campo da música, fizeram dele um reformador e chefe de pequena escola da qual participaram Borodine, Moussorgsky, César Cui e Rimsky-Korssakov. 

Balakirev, apesar de jovem, sonhava revolucionar a música dramática. Suas críticas eram prontas e desassombradas e delas não poupou, por exemplo, um Rubinstein e um Tchaikowsky.

Em escrito de autoria de Merkévitch, colhemos vários informes acerca de Balakirev, por meio dos quais ressalta, magnificamente, que ele sempre agiu apoiado em conhecimentos hauridos em existências pregressas de um lado, e na força medianímica, de que era detentor, de outro. Tanto assim que sua memória era quase sobrenatural, dando a muitos a impressão de ser onisciente.  

Como pianista executava de cor qualquer música. 

Era assombrosa a sua facilidade de improvisação, e, quando improvisava, tocava horas a fio. E como geralmente não escrevia depois essas maravilhosas páginas improvisadas, natural por isso é que dele só se conheçam poucas obras.

Quando lhe submetiam um ensaio de composição, imediatamente descobria o defeito, o ponto fraco da produção, assinalando quais as correções e alterações que conviria fossem feitas. Às vezes, com seu espírito mordaz, tocava ao piano a “caricatura” do que se lhe propunha; só restava então, para o autor, atirar na cesta, envergonhado, a obra que ele havia desaprovado. 

“Adivinhava as vocações musicais com verdadeiro talento mágico. Apesar de nunca ter estudado sistemática e metodicamente, conhecia contraponto e tinha noção e colorido das orquestras.”

O prestígio de Balakirev, a influência que exercia sobre os que o rodeavam, como conselheiro, censor, redator e crítico é, sem dúvida alguma, uma surpreendente demonstração de seu patrimônio musical, obtido por meio de várias encarnações passadas. 

Rimsky-Korsakov teve oportunidade de dizer, clara e positivamente, que essa sua ascendência era de natureza “mediúnica”.

Não há a menor dúvida de que a vida e a obra dos grandes homens estão sempre pontilhadas de fatos positivos de mediunidade. Sim, porque precisamos considerar que “a mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos”, assim nos esclarece André Luiz.

E se essa força mediúnica – que bem poderemos denominar de 6° sentido – sempre existiu, é porque a sabedoria divina no-la deu a fim de que a usássemos, não apenas em nosso benefício particular, mas, especialmente, para o bem geral. Deus jamais dotou seus filhos com poderes, faculdades, órgãos e aptidões inúteis ou perniciosos. Tudo se circunscreve, portanto, no seu bom ou mau uso.

O abuso da saúde, o abuso da inteligência, o abuso de qualquer faculdade ou órgão é sempre nocivo tanto para aquele que assim procede como para a coletividade.

A mediunidade, quando exerci, dentro de normas sadias, será sempre vantajosa, e quem dela se aproveitar, com honestidade, estará, evidentemente, lançando mão de um direito que Deus lhe outorgou. Não estará, absolutamente, infringindo, como pensam alguns, as santas leis de nosso Pai Celestial.

Fonte: Grandes vultos da humanidade e o Espiritismo.

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