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19 – Livre-arbítrio e responsabilidade

Noções Gerais – Aula: 19

Sumário

  • Liberdade e responsabilidade
  • Conceito de livre-arbítrio
  • O livre-arbítrio segundo os ensinos espíritas
  • Origem dos males que nos acometem
  • A lei de ação e reação
  • A semeadura é livre, a colheita é compulsória

Liberdade e responsabilidade

1. Se o homem goza da liberdade de pensar, goza igualmente da liberdade de obrar. O livre-arbítrio é apanágio da criatura humana. Sem ele, o homem seria uma máquina, um robô.

2. Nas primeiras fases da vida, quase nula é a liberdade, que se desenvolve e muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades do Espírito. A liberdade é a condição necessária da alma humana, que não poderia construir seu destino, caso não a desfrutasse.

3. A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com sua elevação. É a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem responsabilidade, o homem não seria mais do que um autômato, um joguete das forças ambientes. A noção de moralidade é, pois, inseparável da de liberdade.

O livre-arbítrio

4. Quando resolvemos fazer ou deixar de fazer alguma coisa, a nossa consciência sempre nos alerta a respeito, aprovando-nos ou censurando-nos. Apesar de essa voz íntima nos alertar, sempre usamos o que foi decidido pela nossa vontade ou livre-arbítrio. Nada nos coage nos momentos de decisões próprias, daí ser correto afirmar que somos responsáveis pelos nossos atos, que somos os construtores do nosso destino.

5. O livre-arbítrio pode ser, desse modo, definido como a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou seja, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais razões suficientes de querer ou de agir, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.

6. Aceitar que seja a vida guiada por um determinismo onde todos os acontecimentos estejam fatalmente preestabelecidos é raciocinar de maneira ingênua, simplória, porque, se assim fosse, o homem não seria um ser pensante, capaz de tomar resoluções e de interferir no progresso. Seria apenas uma máquina robotizada, irresponsável, à mercê dos acontecimentos.

7. O livre-arbítrio, a livre vontade que tem o Espírito de agir, exerce-se principalmente na hora em que se prepara sua futura reencarnação. Escolhendo tal família e certo meio social, ele sabe de antemão quais são as provas que o aguardam e compreende, igualmente, a necessidade delas para desenvolver suas qualidades, reduzir ou eliminar seus defeitos, despir-se de seus preconceitos e vícios.

8. As dificuldades e vicissitudes que irá suportar podem ser também consequência de um passado nefasto, que é preciso reparar, e ele as aceita com resignação e confiança. O futuro aparece-lhe, então, não em seus pormenores, mas em seus traços mais salientes, porque sabe que ele sofrerá a influência de sua conduta na vida de relação.

A origem dos males

9. A Doutrina Espírita ensina que de duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se se preferir, promanam de duas fontes bem diferentes. Umas têm sua causa na vida presente; outras têm-nas fora desta vida.

10. Remontando à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são a consequência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.

11. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! Quantos se arruínam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder ou por não saberem limitar seus desejos! Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero! Quantos pais são infelizes com seus filhos porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências!

12. A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem é, portanto, em grande número de casos, o causador de seus próprios infortúnios.

13. Existem, no entanto, males que se dão sem que ele, ao menos aparentemente, tenha qualquer culpa. São dores e vicissitudes cuja origem se encontra em atos praticados em existências pregressas, como, por exemplo, os acidentes que nenhuma previsão pode impedir, os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções ditadas pela prudência, os flagelos naturais, as enfermidades de nascença etc.

Ação e Reação

14. Os que nascem nessas condições, sem que nada tenham feito na atual existência para merecer tão triste sorte, colhem agora os efeitos de seus atos em existência pregressa, porquanto não há sofrimento sem causa e a lei de ação e reação, que rege a nossa vida, determina que, se somos livres na semeadura, somos escravos na colheita.

15. Deus nos permite, assim, pelo exercício do livre-arbítrio, a decisão de praticarmos o bem ou o mal, mas, a partir do momento que decidimos o que fazer, essa ação gera uma reação característica que virá mais tarde sob a forma de colheita.

16. Explicam-se, dessa forma, pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra, como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a distribuição da ventura e da desventura entre os bons e os maus neste planeta.

Questões para fixação da leitura

1. Que é livre-arbítrio?

O livre-arbítrio pode ser definido como a faculdade que tem o indivíduo de determinar sua própria conduta, ou seja, a possibilidade que ele tem de, entre duas ou mais opções, escolher uma delas e fazer que prevaleça sobre as outras.

2. Qual a relação entre livre-arbítrio e responsabilidade?

A liberdade e a responsabilidade são correlativas no ser e aumentam com sua elevação. É a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem responsabilidade, o homem não seria mais do que um autômato, um joguete das forças ambientes.

3. Em que momento de nossa vida o livre-arbítrio se exerce de forma mais completa?

O livre-arbítrio, a livre vontade que tem o Espírito de agir, exerce-se principalmente quando do preparo da futura reencarnação. Escolhendo tal família e certo meio social, ele sabe de antemão quais são as provas que o aguardam e compreende, igualmente, a necessidade dessas provas para desenvolver suas qualidades, reduzir ou eliminar seus defeitos, despir-se de seus preconceitos e vícios. As dificuldades e vicissitudes que irá suportar podem ser também consequência de um passado nefasto, que é preciso reparar, e ele as aceita com resignação e confiança.

4. De que fonte promanam os males, as vicissitudes, os sofrimentos que o homem suporta?

A Doutrina Espírita ensina que as vicissitudes da vida promanam de duas fontes distintas. Umas têm sua causa na vida presente; outras têm-nas fora desta vida. Remontando à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são a consequência natural do caráter e do proceder dos que os suportam. Há, no entanto, vicissitudes que se dão sem que aparentemente tenhamos qualquer culpa. Sua origem se encontra em atos praticados em existências pregressas, como, por exemplo, os acidentes que nenhuma previsão pode impedir, os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções ditadas pela prudência, os flagelos naturais, as enfermidades de nascença etc.

5. Qual é o significado da frase seguinte: “Se somos livres na semeadura, somos escravos na colheita”?

A frase citada é uma alusão à lei de ação e reação, que rege a nossa vida e nos lembra que toda ação gera uma reação característica, que virá, mais tarde, sob a forma de colheita.

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Nota Juventude Espírita

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