Porque todo mundo merece um lugar para chamar de lar

O mundo está em movimento
Vivemos um tempo de grandes deslocamentos.
Milhões de pessoas deixam suas casas, suas terras e lembranças em busca de algo essencial: segurança, paz e a chance de recomeçar.
Alguns partem por escolha.
Muitos, por necessidade.
Mas todos carregam o mesmo desejo: pertencer, ser acolhidos, viver com dignidade.

O que mostram os números
- Mais de 280 milhões vivem fora do país onde nasceram (ONU, 2023).
- Quase 120 milhões foram forçados a deixar seus lares por guerras, fome ou perseguições (ACNUR, 2024).
- A cada dois segundos, uma pessoa é obrigada a migrar.
Síria, Afeganistão, Sudão do Sul, Venezuela, Ucrânia… são nomes que hoje representam milhões de histórias interrompidas.
Histórias que pedem recomeço e esperança.

No Brasil
- Acolhe cerca de 2 milhões de imigrantes.
- Entre 2011 e 2023, mais de 675 mil pessoas pediram refúgio (Ministério da Justiça, 2024).
- A maioria vem de países como Venezuela, Haiti, Bolívia, Senegal, Angola e Síria, e enfrenta desafios como preconceito, xenofobia e dificuldades para recomeçar a vida.
Mas também encontram aqui mãos estendidas e corações abertos que mostram que a caridade não tem fronteiras.

Imigrantes e Refugiados: qual a diferença?
- Imigrantes: buscam novas oportunidades, melhores condições de vida e crescimento pessoal.
- Refugiados: são forçados a sair, fugindo de guerras, perseguições ou desastres — e precisam de proteção.
Imigrar é uma escolha. Refugiar-se é uma urgência.
Mas ambos merecem o mesmo: respeito, acolhimento e amor.

O verdadeiro desafio
O problema não é o movimento das pessoas — é a falta de empatia de quem escolhe não enxergar.
Cada vez que acolhemos alguém, o mundo se torna um pouco mais humano.
E o acolhimento, quando nasce do coração, é sempre recíproco: quem acolhe também é transformado.

Bora quebrar uns mitos?
| Mito | Realidade |
|---|---|
| “Eles vêm porque querem.” | Muitas vezes, vêm porque precisam sobreviver — fome, guerra, perseguição. |
| “Só querem usar nossos serviços.” | A maioria trabalha duro, paga impostos e tem pouco ou nenhum acesso a benefícios públicos. |
| “Imigrantes aumentam a criminalidade.” | Não há relação comprovada entre imigração e violência. Muitos vivem com medo de serem injustamente criminalizados. |
| “Eles não querem se adaptar.” | Querem aprender a língua e contribuir, mas precisam de apoio para isso. |
| “Refugiados são todos iguais.” | Cada pessoa tem sua história, habilidades e sonhos. Não existe perfil único. |

As dores e os caminhos
Migrar não é simples.
Muitos enfrentam travessias perigosas, falta de documentos, exploração no trabalho, moradias precárias e o peso do preconceito.
Mas mesmo assim, não desistem de acreditar.
E é essa força que inspira o mundo — a coragem de quem recomeça com o que tem, confiando no que virá.

Por que acolher faz bem para todos
- Economia: ajudam a movimentar setores essenciais e abrir novos negócios.
- Conhecimento: trazem experiências, soluções e saberes diversos.
- Cultura: enriquecem com novas tradições, músicas e sabores.
- Humanidade: nos lembram que o amor não conhece bandeiras.
Acolher é um gesto que multiplica o bem.
Quando abrimos espaço para o outro, ampliamos também o nosso próprio mundo interior.

Como acolher de verdade?
- Use palavras que respeitam: “pessoa”, “imigrante”, “refugiado”.
- Escute com atenção e ofereça apoio.
- Combata desinformação e preconceito.
- Participe de ações de voluntariado e campanhas de acolhimento.
- Incentive políticas públicas que garantam dignidade.
- Inclua e compartilhe o tema nas escolas, lares, comunidades e Casas Espíritas.

E se fosse você?
Imagine ter que deixar tudo para trás e começar do zero.
Você gostaria de ser recebido com desconfiança ou com amor?
Toda alma que chega traz consigo histórias, sonhos e o desejo de ser vista.
Acolher é mais que um gesto — é um ato de fé na humanidade.

O que o Espiritismo nos ensina?
Somos todos viajores da eternidade, passando por terras, línguas e culturas diferentes, mas guiados pela mesma lei divina: o amor.
“A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola: abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes.” — Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 886.
Acolher o que vem de fora é, no fundo, reconhecer um irmão.
Porque ninguém é estrangeiro aos olhos de Deus.

Fontes
ONU Migração (IOM) — World Migration Report 2024
ACNUR — Global Trends: Forced Displacement in 2023
OBMigra — Relatório Anual de Imigração e Refúgio no Brasil 2023
Ministério da Justiça e Segurança Pública (Brasil) — Painel de Migração e Refúgio 2023
Banco Mundial — Migration and Remittances Data 2024
Allan Kardec — O Evangelho segundo o Espiritismo (FEB, 2020)

Tem mais
Esta campanha nasceu das conversas, dúvidas e inquietações dos jovens — e da inspiração da espiritualidade amiga. Hoje, é acessada por pessoas de diferentes países e culturas, tratando de temas que fazem parte da realidade do mundo inteiro. Cada campanha conecta seu tema principal à visão espírita de modo simples e acolhedor, tornando-se, para muitos, o primeiro contato com o conteúdo espírita.
Para visualizar todas as campanhas, Clique Aqui.



