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AIDS: (IN)Justiça?

Autor: Eurípedes Kuhl

Primeira notícia

AIDS é uma sigla inglesa: Acquired Immune Deficiency Syndrom = Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.

É uma doença relativamente recente: 1952. Nesse ano, há famoso registro de um norte-americano de 28 anos que, sofrendo grave imunodepressão, morreu com as seguintes doenças simultâneas:

  • Sarcoma de Kaposi
  • Linfoma maligno não-Hodgkins
  • Pneumonia
  • Hiperplasia linfoide
  • Retinite e citomegalovírus
  • Candidose difusa bucal e do esôfago
  • Herpes
  • Leucoencefalopatia
  • Meningite
  • Enterocolite crônica.

Origem

A origem física da AIDS é o que menos importa no momento. Não obstante, apenas como informação, hipóteses prováveis:

  • Ruptura do sutil equilíbrio viral orgânico, em face do uso inadequado de antibióticos (essa hipótese coloca, indiretamente, a Medicina no banco dos réus): a expressiva diminuição das moléstias infecciosas, pela ação dos antibióticos, teria aberto a porta ao agente da AIDS, até então contido pelo sistema imunitário);
  • Erro científico: pesquisadores dos EUA e Bélgica, estudando a malária no continente africano, verificaram que os macacos eram imunes a ela; recolheram amostras do sangue desses animais e, acidentalmente, injetaram em pacientes africanos (essa hipótese, igualmente, não lisonjeia a Medicina: a ser verdadeira, absolve sofridos segmentos do povo africano, injustamente acusados de relacionamento sexual entre eles e macacos).

Agentes transmissores

Se só existem hipóteses pare a origem da AIDS (mais precisamente seu vírus: o HIV − Human Immunodeficiency Virus = vírus da imunodeficiência humana), para a sua transmissão já existem algumas certezas científicas.

Sobre o contágio, ele se deve a causas biológicas e sociais:

Esperma e secreção vaginal:

  • Relações sexuais promíscuas − homo e heterossexuais;
  • Inseminação artificial − bancos de esperma, sem controle;
  • Miscigenação populacional, face à intensa migração, praticamente em todos os continentes e países.

Sangue:

  • Instalação generalizada e descuidada de bancos de sangue e hemoderivados;
  • Uso coletivo de seringas pelos toxicômanos.

Leite materno:

  • O bebê amamentado pela mãe aidética pode contrair o vírus.

AIDS – Estatísticas globais sobre HIV – 2017 – Resumo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que desde o início da epidemia, em 1981, até atualmente (2017), aproximadamente 35 milhões de pessoas morreram de AIDS.

Em 2017, esse é o número aproximado de pessoas que vivem com HIV, cujas estimativas chegam a quase 37 milhões de soropositivos, em todo o mundo.

Atualmente a AIDS é tida como uma pandemia (epidemia generalizada), e com a chegada dos antirretrovirais e das intensas políticas públicas de conscientização, prevenção e incentivo ao tratamento dos que já têm o vírus, isso evita o aparecimento de novos casos.

Embora esse cenário seja animador, poderia ser melhor, tendo em vista que em 2016 foram identificados 1,8 milhões de novas infecções pelo vírus (um novo caso a cada 17 segundos), e um total de um milhão de mortes decorrentes de complicações com a AIDS.

Para dados completos mais recentes disponíveis, visite a página de publicações do UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS) e consulte também a UNAIDS Brasil, na página aids.gov.br para os dados oficiais do Ministério da Saúde.

(Fonte: Estatísticas – UNAIDS Brasil)

(https://unaids.org.br/estatisticas/)

O risco de infecção pelo HIV é

  • 27 vezes maior entre homens que fazem sexo com homens;
  • 23 vezes maior entre pessoas que usam drogas injetáveis;
  • 13 vezes maior entre profissionais do sexo;
  • 13 vezes maior entre mulheres trans.

HIV/Tuberculose (TB)

A tuberculose continua a ser a principal causa de morte entre pessoas vivendo com HIV.

  • A tuberculose é responsável por cerca de uma, a cada três mortes por causas relacionadas à AIDS;
  • Em 2016, 10,4 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose, incluindo 1,2 milhão de pessoas vivendo com HIV;
  • Pessoas vivendo com HIV sem sintomas de TB precisam de terapia preventiva contra TB, que contribui para diminuir o risco de desenvolver TB e reduz as taxas de mortalidade por TB/HIV em cerca de 40%;
  • Estima-se que 49% das pessoas que vivem com HIV e tuberculose desconhecem sua coinfecção e, portanto, não estão recebendo cuidados.

A Estratégia UNAIDS (2016-2021) é uma das primeiras no sistema das Nações Unidas, a ser alinhada às Metas de Desenvolvimento Sustentável, que estabeleceram o marco para a política de desenvolvimento global nos próximos 15 anos, incluindo o fim da epidemia da AIDS até 2030.

(Fonte: Estatísticas – UNAIDS Brasil)

(https://unaids.org.br/estatisticas/)

HIV e AIDS: mesma coisa?

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, que tem a capacidade de atacar as células de defesa do corpo e causar doenças graves, caso o diagnóstico e tratamento não sejam realizados.

As principais formas de transmissão são: através de relação sexual, transfusão de sangue, compartilhamento de agulhas, acidente com material biológico, gravidez e amamentação.

HIV e AIDS: diferente, uma coisa, da outra.

A AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) é uma condição de doença causada pela queda importante da imunidade, que a infecção pelo HIV acarreta ao longo dos anos.

A AIDS não costuma ocorrer quando o paciente faz o diagnóstico precoce e inicia o tratamento medicamentoso.

Como ocorre a transmissão vertical do HIV?

Uma mulher soropositiva pode ter filhos?

A transmissão vertical é a infecção pelo HIV passada da mãe para o filho, que pode ocorrer durante a gestação, na amamentação ou no parto.

Uma mulher soropositiva pode engravidar e ter filho sem transmitir o vírus a ele.

Para isso, ela deve fazer um acompanhamento médico rigoroso e o uso correto das medicações. A gestante fica com a quantidade de vírus circulando no sangue em uma dose tão baixa, que protege o bebê de uma possível infecção. Além disso, cuidados especiais são realizados na hora do parto.

Os avanços na prevenção e no tratamento do HIV/AIDS possibilitaram às mulheres vivendo com HIV/AIDS (MVHA) levar a termo uma gestação com risco bastante diminuído de transmissão do vírus ao feto.

Na ausência do uso de antirretroviral, as chances de infectar a criança podem chegar a 45%. Essas chances podem ser reduzidas quase a zero caso o protocolo seja cumprido de forma total.

O sucesso deste protocolo na redução das infecções por transmissão vertical é resultado não apenas das medicações disponíveis, mas também de políticas de rastreamento do HIV e acompanhamento do pré-natal.

(Notas da internet – site: Aborto pós-diagnóstico em mulheres vivendo com HIV/AIDS no sul do Brasil)

Cura da AIDS pela Medicina

Para o tratamento do HIV é necessário o uso de três tipos de medicamentos diferentes diariamente. Um avanço nesse quesito foi a criação de um remédio 3 em 1, que junta os 3 medicamentos numa única cápsula;

O tratamento com uma combinação de sete substâncias diferentes tem tido mais resultados positivos porque atuam em conjunto eliminando o vírus HIV do corpo. Essas substâncias conseguem eliminar os vírus que existem no corpo, forçam os vírus que se esconderam em locais como cérebro, ovários e testículos a aparecerem novamente, e forçam as células infectadas com HIV ao suicídio.

Existem pesquisas em humanos sendo realizadas nesse sentido, mas os estudos ainda não foram concluídos. Apesar de terem eliminados muitos vírus remanescentes, não foi possível eliminar completamente os vírus HIV.

Nota Juventude Espírita: Em pesquisas mais recentes já conseguiram eliminar completamente o vírus em alguns pacientes. Leia mais em: Cura do HIV: homem é o quarto paciente curado no mundo

(https://exame.com/ciencia/cura-do-hiv-homem-e-confirmado-como-quarto-caso-no-mundo/)

As doenças e o Espiritismo

Historicamente, a humanidade vem convivendo com doenças terríveis, as quais aparecem, dizimam e desaparecem.

Quando uma doença é erradicada, logo surge outra.

Essa outra, ao ser debelada, não demora muito é substituída por outra.

Isso é cíclico e vem sendo inescapável.

Essa triste realidade leva-nos a pensar que deva existir uma causa permanente para essas doenças.

Causa essa, intangível, encoberta, desconhecida − de efeitos episódicos e diferenciados −, cuja nascente extrapola as fronteiras conhecidas.

A bordo dessas ideias, somos arremetidos para o sobrenatural.

Com efeito, a Psicossomática está arranhando essa pesquisa, quando situa a mente no limiar de todas as doenças.

Caro leitor,

Muito antes dos modernos conceitos psicossomáticos, Jesus asseverava: “a cada um, segundo suas obras”.

Numa tradução simplista dessa incomparável verdade, resumo da Lei de Justiça, no caso em foco − o das doenças −, não pode restar nenhuma dúvida de que doenças e doentes são termos de uma única equação.

Com singeleza, o Espiritismo tira do sobrenatural as doenças, ao afirmar que elas são efeito, e não causa.

A causa se deve ao ambiente mental do mundo, que é a somatória de todos os pensamentos dos Espíritos encarnados e desencarnados. Acontece que há mais infelicidade do que alegrias. Sendo o pensamento a mais poderosa força humana, o clima terreno propicia o surgimento de doenças graves, endêmicas ou epidêmicas.

No livro “Missionários da Luz”, do Espírito ANDRÉ LUIZ, FEB, 1945, cap. “Vampirismo”, temos notícias de germes psíquicos advindos de desvarios do sexo, dentre outras causas. Existem, ainda, nesses casos, bacilos psíquicos, quais larvas, portadores de vigoroso magnetismo animal.

Não é difícil apropriar esse fato e dele extrair a probabilidade de que tais espectros mentais, negativamente energizados, dão origem a elementos similares, materiais.

Aceita essa premissa, nem que seja apenas como hipótese, teremos que:

  • Quanto mais iniquidade, mais devastadora será a doença resultante;
  • Sua duração será proporcional ao tempo de aprendizado, arrependimento e correção, já que a dor funciona como mestra;
  • Quando muitos são acometidos por um determinado mal, chegando a desencarnações em massa, há sempre uma reação natural de ajuda: milhares e milhares de Espíritos (familiares, amigos, religiosos etc.) oram em favor desses doentes;
  • Essas preces, somadas igualmente à caridade de Espíritos protetores, formam poderosa contracepção à doença e, de uma forma ou de outra, ela é dominada;
  • Colocada nessa moldura, a AIDS terá cura, sim, mas só quando for alijada da atmosfera terrestre a poluição sexual que a provocou e a mantém (não podemos desconsiderar que, após a Segunda Guerra Mundial, o mundo mergulhou em desatinos: “amor livre”, toxicomania, alcoolismo, os quais, acoplados, foram derramados por toda parte, mercê do fabuloso progresso dos meios de comunicação).

Finalizando, temos que colocar a fé frente a frente com a razão e, respeitosamente, perguntarmos:

Sendo Deus a Justiça Suprema, Criador de todas as coisas − Nosso Pai, todo Amor e Bondade −, como entender que criaturas, mesmo antes de nascer, e criancinhas, em tenra idade, além de pessoas de conduta irrepreensível, mas hemofílicas, contraem a AIDS?

E ainda: se não existe efeito sem causa, como aceitar que essas inocentes criaturas sejam injustamente atingidas por moléstia tão cruel?

Só encontraremos resposta lógica na reencarnação, quando nos diz que a causa dos males presentes, aparentemente injustos, reside no passado, em vidas anteriores, nas quais plantamos aquilo que hoje colhemos.

Por isso, podemos agora responder à pergunta inicial:

A AIDS não é injustiça.

Mas, também, afirmamos que não é justiça (no sentido legal): é colheita de infeliz plantação.

Dica

Material extraído do livro abaixo. Leia o ebook de forma gratuita:

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