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Alcoolismo “cura” através da conscientização

Autor: Damião Borges Marins

A Organização Mundial de Saúde afirma ser o Alcoolismo uma doença incurável, mas com todo o respeito à OMS queremos defender a tese de que se o alcoólatra se conscientizar que é um doente alcoólatra, e seguir algumas regras básicas que passaremos a estudar, ele estará “curado”.

Ei-las:

1 – Conscientização

Quando falamos em conscientização, estamos falando que o alcoólatra tem que entender que é efetivamente alcoólatra, ou seja, um doente. Mas se ele é um doente, ele pode ser tratado, respeitando as características de sua doença. Por exemplo, um diabético tem que estar consciente de que não pode estar em contato com o açúcar; o obeso tem que estar consciente de que não pode comer em demasia; os que têm problemas com hipertensão devem sempre cuidar de sua pressão, sujeitos a um enfarte se não se cuidarem. O alcoólatra não poderia fugir à regra, tendo, então, através da conscientização, de evitar o fatídico primeiro gole, que desencadeia todo o processo alcoólico.

Entender, por exemplo, por que há pessoas que podem beber e outras que não podem. Verificamos pessoas que vão a uma festa e passam a festa toda sem tomar uma gota de álcool, nem tomam conhecimento se existe bebida alcoólica naquela festa, ou não. Todavia, existem pessoas chamadas de compulsivas, ou seja, pessoas que têm uma vontade incontrolável e vão às festas e, ao ingerirem o primeiro gole, perdem a noção de quantidade; é aquela pessoa que quer saber quanto tem de bebida alcoólica na festa, se a bebida será suficiente para ela beber, é a primeira a chegar à festa e a última a sair; torna-se, muitas vezes, desagradável, estragando muitas festas.

Quando nosso irmão começa a entender todo esse processo, ele começa a tomar consciência de que é um “doente alcoólatra”, o primeiro passo para sua “cura”.

2 – Evitar o primeiro gole

Segunda condição para o seu processo de “cura”. Se a pessoa está consciente de que é um doente alcoólatra, o segundo passo é “evitar o primeiro gole”, pois a Conscientização e o evitar o primeiro gole estão, intrinsecamente, ligados, ou seja, um depende do outro. Estar consciente, evitará o primeiro gole.

3 – Mudanças de hábitos

O alcoólatra faz sempre a mesma coisa. Vamos tomar como exemplo aquele que levanta de manhã, toma o seu primeiro gole, sai para rua e procura o primeiro bar para beber, depois continua sua peregrinação, de bar em bar, geralmente sem comer, pois o álcool lhe dá sensação de estar com o estômago cheio e, assim, ele passa o dia, voltando para casa tarde da noite, muitas vezes, nem voltando. Existe a necessidade de mudanças radicais em sua vida, se ele já está consciente de que é um doente alcoólatra, já está evitando o primeiro gole, é fundamental as Mudanças de Hábitos, ou seja, procurar dar uma guinada em sua vida de 360 graus, deixando aquele homem velho para trás, surgindo um novo homem, com nova mentalidade, procurando coisas novas e novas amizades, criando novos hábitos saudáveis como: leituras edificantes, filmes com mensagens positivas, frequentar grupos de apoio.

4 – Grupos de apoio

De fundamental importância no tratamento do alcoólatra, bem como, dos drogados de um modo geral. O Grupo de Apoio funciona como um remédio que o doente toma pelo menos uma vez por semana, que chamaremos de “antialcoólico”.

Quando vamos a um médico para uma consulta, ele nos examina e, através de um diagnóstico, nos dá um antibiótico, que devemos tomar de 6 em 6 horas, ou 8 em 8 horas, ou 12 em 12 horas, conforme o caso. Pois bem, o nosso Antialcoólico deverá ser tomado uma vez por semana.

Este remédio é composto de três elementos básicos:

Evangelho

O nosso irmão, quando vem para o grupo, está totalmente desacreditado de tudo e de todos, é nesse momento que lhe mostramos que é a pessoa mais importante do grupo; que existe um Ser superior a quem chamamos Deus, nosso Pai, que jamais esquece seus filhos; que existe Jesus, nosso Mestre maior, que nos deixou alguns preceitos importantes tais como a caridade, o amor, o perdão, a fraternidade, a humildade entre outros preceitos que o alcoólatra perde, pois ele só tem vista para o álcool, ele está preso à teia da droga, bem como dos obsessores.

Fluidoterapia

Mais conhecido nas casas espíritas como Passe Espiritual ou Passe. A fluidoterapia nada mais é do que uma transfusão de energias. Vivemos em contato com o Fluido Universal, fluido este que emana de Deus. Quando entramos na câmara de Passe para tomarmos o passe, entramos em sintonia com espíritos bons, mensageiros de Jesus, que vêm em nosso socorro por meio da sintonia.

Se nos sintonizamos com coisas boas, atraímos coisas boas para nós. É nesse momento que médicos, enfermeiros, amigos e mesmo entes queridos, desencarnados, vêm em nosso auxílio.

O alcoólatra quando vem para a casa espírita (para o grupo de apoio), ele está totalmente desequilibrado, tanto do ponto de vista físico como espiritual e é pelos passes ou fluidoterapia que ele passa a se equilibrar.

Terapia de grupo

Item fundamental no tratamento do alcoólatra, pois é nesse momento que o nosso companheiro sobe até a tribuna, de livre e espontânea vontade, pois dentro do grupo nada é obrigado. Para falar sobre suas mazelas, colocando para fora o que se tem dentro, com relação à sua vivência com o álcool, nós chamamos de Espelhoterapia, pois tudo que ele coloca para fora é refletido em seu companheiro de grupo. É esse falar e ouvir sobre o alcoolismo que lhe vai dando sustentação para sua “cura‟. Não adianta internamento em hospitais, não adianta tomar vacina, não adianta remédio na comida, se não houver a “vontade” de nosso irmão em querer se libertar.

Do momento que nosso companheiro começar a tomar consciência de que é um doente alcoólatra, evitando o primeiro gole, mudando de hábitos e frequentando um grupo de apoio, ele estará “curado”, ou seja, se ele jamais voltar a beber, ele estará “curado”, por isso afirmamos que o alcoolismo tem “cura” através da conscientização; todavia, se nosso companheiro tomar o fatídico primeiro gole, cai por terra toda a nossa tese, motivo pelo qual, toda vez que nos referimos à “cura”, colocamos a palavra com aspas e sublinhada.

Dica

Material extraído do livro abaixo. Leia o ebook de forma gratuita:

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