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Ecologia: Ecossistemas

Autor: Eurípedes Kuhl

Ecologia é a parte da biologia que tem por objeto o estudo das relações dos seres vivos com o seu meio natural e da sua adaptação ao ambiente físico.

Ecossistema é um sistema formado por um biótipo (grupo de características fundamentais comuns ou semelhantes de uma série de indivíduos) e pelo conjunto das espécies que nele vivem, alimentam-se e reproduzem-se.

(Des)equilíbrio ecológico mundial

O homem ‒ maior predador dentre todos os demais seres vivos ‒, desde seu advento no planeta Terra, vem desrespeitando o equilíbrio natural, promovendo mudanças drásticas nos ecossistemas de praticamente todo o mundo ‒ no ar, em terra e na água.

É verdade que os seres vivos sofrem influência do meio ambiente, não sendo menos verdade, porém, que este, reciprocamente, também os influencia, transformando-os consideravelmente. O caso das lavouras é típico de transformação do meio ambiente, em salutar proveito da espécie humana. Barragens de rios em prol de hidrelétricas, formação de pastagens, escavação de túneis, estradas rodoviárias e ferroviárias etc. são também exemplos de influência necessária e útil do homem sobre o meio. O importante, nesses e em quaisquer outros casos de mudanças na paisagem original, é o controle das ações, estas que deverão sempre ser precedidas de estudos de impacto ambiental. Pois, conhecendo-se previamente as consequências dessas obras, seus eventuais efeitos negativos poderão ser inteiramente evitados ou minimizados.

Seria por demais cansativo dissertar aqui sobre:

  • Os milhares de perigosíssimos objetos na ativa e alguns já aposentados, que orbitam sobre nossas cabeças, pondo em risco até mesmo novas missões espaciais;
  • As toneladas e toneladas de lixo atômico cujo destino ainda não foi definido.

Nota: Em março de 1997, na Alemanha, ativistas antinucleares tentaram impedir que o trem carregado de lixo atômico chegasse ao depósito de Gorleben (norte do país); a Alemanha necessitou deslocar seu maior efetivo de segurança desde a 2ª Guerra Mundial para conter aqueles ativistas.

  • Os derramamentos nos rios e nos oceanos, de detritos, dejetos, produtos químicos etc.;
  • Os desastrosos derramamentos de petróleo nos oceanos;
  • O efeito estufa (aquecimento global, em parte causado pelas incontáveis e permanentes queimadas, com excesso de gases na atmosfera), mudando o clima em várias regiões; a recente epidemia de malária no centro da África, por exemplo, com perigo de se espalhar para quase todo o mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), pois a doença é típica das regiões quentes; o parasita também poderá se desenvolver em regiões normalmente muito frias, que se aquecerão, como as partes altas da Tailândia, Paquistão, Nepal e Afeganistão;
  • A destruição parcial e progressiva da camada de ozônio (que bloqueia, na atmosfera, a maior parte dos raios ultravioleta do Sol), pela emissão do gás CFC (clorofluorcarboneto) ‒ fato esse objeto de ardentes discussões mundiais;
  • Desmatamentos, uso indiscriminado e maciço de agrotóxicos, incêndios criminosos em poços de petróleo (Kuwait em 1991, por exemplo) etc.

Danos às espécies animais

Quando o homem prejudica indiretamente os animais, comprometendo ou danificando seus ecossistemas, comete um crime contra a natureza. E quando ele polui o mundo, agindo irracional, irresponsável e gananciosamente, com isso prejudicando a vida humana e a vida dos demais seres vivos, das gerações presente e futuras? Como nomear tal atitude?

Crueldade, pelo desamor ao próximo, e ignorância, pelo desconhecimento da Lei Divina de ação e reação, segundo a qual a natureza devolve tudo que recebe.

Superpopulação de espécies animais

A conceituada Revista VEJA, em seus números de 20.nov.96 e 12.março.97, informou:

  • “Botsuana, país pobre da África, está às voltas com grande quantidade de elefantes (70.000). Juntos, esses paquidermes consomem quatro vezes mais alimentos que a população do país inteiro, de 1,4 milhão de habitantes. Esse problema existe porque a venda de produtos do marfim sempre foi um atraente quanto ilegal comércio, que em 1989, graças à grita mundial, foi proibido em todo o Planeta. Então, livres de predadores e confinados em parques e reservas nacionais, os elefantes vêm se procriando mais rapidamente do que o previsto. Botsuana, com apoio do Zimbábue e Namíbia, países africanos com o mesmo problema, estuda a volta da autorização do comércio de presas de marfim, como meio de reduzir o número dos elefantes. Ao invés de matança generalizada de elefantes, ambientalistas propõem a alternativa do uso de anticoncepcionais, para impedir sua procriação;
  • Na Austrália, fato semelhante aconteceu com os cangurus; e também na América do Norte, com ursos e lobos;
  • Na Finlândia, foi liberado o extermínio de 20.000 alces, considerando que se multiplicaram exageradamente, pelo desaparecimento dos seus predadores naturais ‒ os lobos e os tigres siberianos;
  • O problema dos grandes índices populacionais das espécies animais tem outra causa, além das leis de proteção natural: recambiamento de animais em habitats estranhos a eles. Como exemplo, javalis foram trazidos da Europa por fazendeiros do Uruguai. Resultado: estão destruindo arrozais no Rio Grande do Sul;
  • Na Base Militar norte-americana de Guam, no Oceano Pacífico, os militares importaram serpentes do Havaí, para acabar com um roedor local. As cobras fizeram isso, mas quando acabaram os ratos, comeram os passarinhos, que também acabaram. Agora, aos milhares, ameaçam os próprios soldados;
  • Na Flórida (EUA), com a proibição da caça aos crocodilos, eles começam a aparecer nos quintais;
  • No Alasca, os gigantescos ursos cinza já rondam vilarejos;
  • No Colorado (EUA), extintos os lobos, houve crescimento exagerado da população dos veados, que comeram até a raiz do capim, após o que, também desapareceram por falta de alimento.”
  • Na Austrália, em janeiro de 1997, a existência de 12 milhões de gatos selvagens representaram um crescimento descontrolado. Levados há dois séculos por colonizadores, nunca tiveram predadores naturais na ilha. Proposta de um parlamentar australiano preconizou a extinção de todos os gatos até o ano 2020 ‒ com castração dos gatos domésticos e espalhando veneno nos habitats dos gatos selvagens.

De todos esses fatos o homem está aprendendo, a duras penas, que a natureza é sábia, porém não é inviolável. Generosa, doa todos os seus bens, desde que o usufruto seja ordenado, respeitoso às regras de conservação.

Crescem, no mundo todo, movimentos ambientalistas de preservação dos meios naturais. Ninguém é contra às dádivas ofertadas pela natureza, mas, sim, contra a insensatez que provoca a ruína do meio ambiente. Apenas isso: respeito.

Afeto para as plantas

Talvez, a primeira das formas de respeitar a natureza, seja o trato humano para com as plantas em geral. Elas, as plantas, constituem o sustentáculo alimentar da vida de todos os seres. Por isso, abrimos aqui esse pequeno tópico.

Quando, hipoteticamente, há mais ou menos 65 milhões de anos um grande meteoro atingiu o México, formando espessas nuvens de poeira que durante muito tempo barraram os raios solares, as plantas deixaram de se reproduzir. Com isso, os animais herbívoros morreram; morrendo, deixaram de se constituir em alimento para os carnívoros que, por sua vez, igualmente morreram; a ser verdadeira a hipótese, terá sido incalculável a dizimação compulsória de outros seres vivos, menores, inclusive aves e insetos.

Se isso realmente aconteceu, não poderíamos de forma alguma taxar a natureza de predadora, antes de mais nada, cumpre respeitar tudo o que vem de Deus, pois aquilo que não compreendemos não nos autoriza direito de crítica. E, além do mais, não há a menor possibilidade, a menor chance, de o homem atual integralizar o conhecimento das Leis Naturais.

Voltando às plantas: embrionariamente, sentem emoções, fato já comprovado cientificamente, em experiências de radiação de aura.

Como gratidão a Deus, não seria demais que todos nós dispensássemos afeto para elas: além de fornecer alimento e remédios, além de purificar a atmosfera, além de atrair chuvas, além de ofertar sombra e ninhos, além de fornecer madeira e celulose, além disso e de muito mais, ainda nos oferecem as flores.

Das flores, é de se imaginar que artistas geniais teriam elaborado seus traços e suas cores e seus perfumes?

Sugestão de um pesquisador italiano está contida no seguinte decálogo, cuja observância fará as plantas viverem mais felizes, por sentirem nosso afeto:

  1. Regá-las diariamente, ou segundo orientação de botânicos, para algumas espécies;
  2. Evitar-lhes solidão: devem ter companheiras por perto, favorecendo a passagem de umidade, pela transpiração;
  3. Não fumar perto delas, nem no jardim;
  4. Acariciar suas folhas e falar-lhes com ternura, crescerão mais, sentindo-se queridas;
  5. Transplantes, só com delicadeza, evitando traumas nas raízes, que seriam fatais;
  6. Cuidado com adubos: alimentação, só natural;
  7. Limpá-las periodicamente, retirando as folhas secas, deixando ervas próximas, pois a convivência é sempre pacífica, em espaços suficientes;
  8. Pensar nelas, quando ausentar-se, supri-las de água;
  9. São inteligentes (especialmente a peperômia e o gerânio), decidem se crescem para cima, para baixo ou para os lados, após exame acurado do ambiente (buscando máxima exposição à luz);
  10. Fazê-las ouvir música clássica ou simplesmente relaxante; isso evitará o estresse ‒ sensação mortal para elas.

ECO-92

Reunidos no Rio de Janeiro-RJ, em junho de 1992, 178 países produziram montanhas de papel, transformados com sinceras intenções em tratados de:

  • Convenção do clima: redução dos gases poluentes;
  • Convenção de biodiversidade: proteção das espécies naturais do planeta (acesso pago às florestas ‒ fontes de biodiversidade);
  • Agenda 21: plano de ações ambientais;
  • Declaração do Rio (antes chamada Carta da Terra): foi o documento mais simbólico da ECO-92, o equivalente, para o meio ambiente, à Declaração Universal dos Direitos do Homem (aprovada em 1948 pela ONU ‒ Organização das Nações Unidas).

Quem mais se beneficiou com a ECO-92 foi justamente o anfitrião ‒ o Brasil ‒, que saiu fortalecido ao término da conferência, dissolvida que foi a pecha de vilão ecológico.

Como saldo da ECO-92, o tom de decepção marcou seu encerramento em 14 de junho de 1992, pois a cúpula da Terra, ali reunida por doze dias, não conseguiu, afinal, definir responsabilidades financeiras para a execução de tantos projetos; ao certo, não se disse quando, onde, quanto, nem por quem as coisas deveriam ser feitas.

Rio+5

Em março de 1997, nova conferência aconteceu no Rio de Janeiro (a Rio+5), destinada a um balanço de como 80 países estavam implementando, na prática, as ações propostas na Agenda 21, acima citada. Por essa agenda, foram estabelecidas recomendações para que os países adotassem práticas de desenvolvimento econômico que respeitassem a preservação ambiental. Uma dessas recomendações foi a criação de conselhos municipais, formados por representantes do governo e da sociedade, para decidirem políticas de desenvolvimento sustentável. Em 64 países do mundo estão registradas, até agora, (desde março de 1997) 1.800 cidades que já adotam políticas de desenvolvimento sustentável, dentro dos preceitos da Agenda 21.

Por outro lado, estima-se que pelo menos 2.000 empresas em todo o mundo estejam engajadas em procedimentos produtivos visando o desenvolvimento sustentável. Como exemplo, temos no Brasil o PROÁLCOOL que, infelizmente, por falta de subsídios, sinaliza pouco tempo de vida.

O principal executivo do encontro não acreditou que o balanço geral da Rio+5 viesse a se tornar positivo.

Desse modo, sentimentalismos, boas intenções e pieguismos não resultam em ações efetivas. Aliás, boatos astrais dão conta de que há um lugar, do lado de lá, que está cheio de gente que não fez absolutamente nada a não ser ter boas intenções.

Uma cidade contamina o Planeta

É isso mesmo. Nos mangues de Cubatão-SP, segundo dados da CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), são despejadas anualmente mais de 9.000 toneladas de esgoto, chumbo, mercúrio, cádmio, níquel, manganês e outros metais pesados.

Resultado:

  • Em 1983 (ano que marcou o início da implantação do projeto de controle da poluição do parque industrial de Cubatão), biólogos encontraram um quadro macabro: 75% das rãs analisadas apresentavam lesões nos rins, fígado e intestinos;
  • A dragagem dos mangues, para instalação de indústrias, ao longo dos anos, transformou as margens dos canais em depósito da lama retirada do leito dos rios, sufocando a vegetação, formando um grande banco de lodo. Em consequência, na maré baixa, o lodo exposto ao sol favoreceu o aparecimento de algas que alimentam os moluscos, vermes e crustáceos, base da alimentação das aves. Em 1996, aquela área era uma das regiões ambientalmente mais degradadas do país, promovendo proliferação de espécies de aves, cinco vezes maior do que o notado na década de 1910. O que poderia ser uma boa notícia, na verdade não o é: tais aves, alimentando-se do que encontram, muitas delas com habitat a milhares de quilômetros, constituem, no refluxo migratório, poderoso vetor de contaminação, para seus predadores naturais.

Só para efeito de comparação quanto à fantástica proliferação de aves em Cubatão, considere-se que no Pantanal mato-grossense, 2.800 vezes maior do que a área dos manguezais de Cubatão, são encontradas 50 espécies. E em Cubatão?

Consequências funestas da poluição ambiental

São incontáveis. Vamos resumi-las:

  • A OMS (Organização Mundial de Saúde), órgão da ONU, revelou os danos provocados pelos agentes químicos ou biológicos produzidos pelo ser humano:
  • Morte de milhões de pessoas/ano ‒ especialmente crianças;
  • Centenas de milhões de pessoas/ano ficam doentes;
  • Morrem 4 milhões de crianças/ano de diarreia (alimentação/ águas poluídas);
  • Morrem 2,7 milhões de pessoas/ano de malária;
  • Morrem 20 mil pessoas/ano, só nos EUA, contaminadas por amianto;
  • Morrem 27 mil pessoas/ano no Sudão, por tuberculose ou meningite;
  • 20% de toda a água do mundo está contaminada por elementos tóxicos;
  • A cada dia, 300 espécies vivas desaparecem da Terra e um milhão de toneladas de dejetos são lançados nos oceanos;
  • Ovelhas e outros animais ficaram cegos e morreram de fome porque não conseguiram achar comida; plantas sadias definharam de uma hora para outra ‒ tudo isso em Punta Arenas, cidade no extremo sul da Patagônia, no Chile; causa: menor nível de ozônio na região, detectado por satélites.
  • (O buraco de ozônio no Ártico, Norte da Europa, do Canadá e Rússia, nos dois invernos anteriores, foi de 10% a 20%, sendo essa redução mais preocupante do que pensavam os cientistas)(Fonte: Folha de S. Paulo, 17.jan.93 e 18.abr.93).

Chuvas ácidas

No mundo inteiro estão aumentando a intensidade e a frequência das chuvas ácidas, resultantes da queima de combustíveis fósseis (petróleo e carvão); os gases liberados são óxidos de enxofre e de nitrogênio, os quais, em contato com a atmosfera, se combinam formando ácido nítrico e sulfúrico (altamente corrosivos), que voltam à terra em forma de chuva; as chuvas ácidas são consideradas pelo Departamento de Agricultura dos EUA como o mais sério problema ambiental deste século, pois as nuvens carregadas de ácido podem ser levadas pelos ventos e cair a centenas de quilômetros da origem, ameaçando florestas, plantações, animais e contaminando a água pura.

Nota: Segundo a Revista VEJA de 04.out.95 ‒ Dia dos animais ‒, ficamos sabendo que um estudo da agência espacial dos EUA (NASA) esclareceu o misterioso aumento das chuvas ácidas na Europa, mesmo após a redução das emissões de enxofre das fábricas europeias: o radar mostrou gigantescas nuvens de compostos de enxofre, a partir dos EUA, espalhando-se sobre o Oceano Atlântico em direção à Europa.

Sem querer fazer humor, ao contrário, com tristeza, deduzimos que a globalização mundial não se processa tão somente nos meios financeiros.

Derramamento de petróleo nos oceanos

Eis alguns causados por desastres:

  • O navio Exxon Valdez derramou 38 mil toneladas de óleo no Alasca-EUA, em 1989, provocando:
  • Morte de focas, com danos cerebrais (ou nascendo sem cérebro) ‒ não sabendo se estavam de cabeça para baixo ou não, nem quando deveriam subir para respirar: em 1992 ainda havia 35% menos focas na região do que antes do derrame de óleo;
  • Pássaros que não se reproduzem ou reprodução fora da época habitual, deixando os filhotes vulneráveis a predadores e tempestades de inverno;
  • Desaparecimento das baleias-assassinas;
  • Morte de quase mil das chamadas águias carecas;
  • Morte aos milhares de outros pássaros.

Nota: Em 1995, no filme futurista (ficção) O Segredo das Águas (Water World), da Universal, produção e participação artística de Kevin Costner, vemos nas cenas finais, um grande navio, desativado há décadas, todo enferrujado, ir a pique, após servir de quartel-general para malfeitores de uma hipotética futura época em que não havia terra no Planeta, ou se havia, era desconhecida. Nome do navio: Exxon Valdez.

  • O navio Braer, naufragado no litoral das Ilhas Shetland (Escócia, Reino Unido) derramou 84,5 mil toneladas de petróleo, em janeiro de 1993, provocando:
  • Prejuízos incalculáveis aos criadores de salmão e pescadores da região;
  • Focas e aves cobertas de petróleo, morrendo em grandes quantidades;
  • Comprometimento incalculável do ecossistema, povoado por patos, pinguins, gaivotas, orcas e lontras.

No caso dos derramamentos de petróleo nos oceanos por acidentes, alguns poderão objetar que isso ocorre de forma imprevisível.

Não é bem assim, pois a realidade é outra. A título de economia, ou em busca de maiores lucros, os responsáveis pelos petroleiros e superpetroleiros não imprimem rigor e responsabilidade nessas operações, tão necessárias quanto de risco.

O Braer, ao naufragar, 17 anos depois de construído, fez emergir dois crônicos problemas dos 6.800 petroleiros existentes no mundo:

  1. Muitos deles (mais da metade) estão envelhecidos pois foram construídos e estão em uso há mais de quinze anos;
  2. A frota petroleira mundial tem um terço dos navios sob bandeiras de conveniência, que são atrativos fiscais e tripulações com soldos reduzidos, oferecidos por alguns países (Libéria, Bahamas, Chipre e Panamá)(VEJA, 13.jan.93).
  3. Em janeiro de 2000, ocorreu um vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo, que foram despejados de um oleoduto da Petrobras numa área de 50 quilômetros quadrados de um trecho do mar do Rio de Janeiro (Baía da Guanabara). Dramático e pungente foi o quadro de peixes e pássaros mortos, além de centenas de pescadores impedidos de trabalhar.

Sempre é tempo para reconstruções, em todas as áreas da existência.

No caso da poluição mundial, somente com o advento do amor no coração dos homens será possível interromper o tão sinistro quadro atual.

A globalização que se desenha no quadro atual da humanidade, de início na área econômica, não tardará a propagar-se para a área social. Então, considerando que a Terra não é um barco à matroca (à deriva, sem rumo) ‒ eis que o timoneiro é Jesus ‒, estamos certos que a era do espírito será o patamar no qual se apoiarão todos os relacionamentos humanos. Assim, fazendo sua parte, o homem gozará de todas as infinitas benesses que Deus lhe oferta, graciosamente e com abundância. Sim, a natureza é pródiga. Em poucas décadas, poderá regenerar o panorama terrestre, desde que, previdentemente, a bordo da fraternidade mundial, o homem cesse a destruição dos ecossistemas.

Comparativamente, vejamos dois exemplos de previsão:

  1. Usinas atômicas, do início da construção à geração do primeiro quilowatt, levam 15 anos em média, se os trabalhos não forem interrompidos. Assim, muito mesmo, antes da primeira lâmpada ser acesa pela nucleletricidade, todo um complexo industrial e ambiental se processou;
  2. Um navio de médio porte (80 mil ton), à velocidade de 30 nós (60 km/h), ao reverter o passo da hélice para frear o deslocamento, ainda se arrastará por aproximadamente 15 milhas. Assim, as providências para uma suave aportagem têm que começar bem distante do porto.

Em boa hora somos convidados pelos ecólogos a nos engajar na luta para estancar e extinguir a poluição, pois se prosseguirem os crimes contra a natureza, o mundo do futuro (não muito distante) terá habitantes com grandes dificuldades de vida.

Nesse caso, quem viver, verá.

Quem não estiver aqui para ver, terá descendentes e não-descendentes para comprová-lo.

Já o Espiritismo, com os potentes faróis da lógica reencarnacionista ligados, ilumina o porvir, incentivando o homem a fazer agora o possível para promover a autorreforma; por dedução, é bom também se engajar na luta para estancar e extinguir a poluição, pois se prosseguirem os crimes ecológicos, de futuro, qual será o ar no berço em que a reencarnação nos situará, quando do nosso inexorável retorno à Terra?

Como vemos, a responsabilidade quanto à qualidade de vida do amanhã repousa, pois, no hoje ‒ todos nós.

Dica

Material extraído do livro abaixo. Leia o ebook de forma gratuita:

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