Feminicídio, agressão, controle, abuso… Nada disso é amor
Porque amor que aprisiona não é amor — é medo.
O amor de verdade é o que liberta, acolhe e faz florescer.

Quando o “cuidado” é controle disfarçado
- Tem coisa que parece ciúme, mas é posse.
- Tem coisa que parece zelo, mas é chantagem.
- Tem coisa que parece amor, mas é violência.
- Antes do tapa, vem o silêncio.
- Antes do grito, vem o olhar que ameaça.
- Antes da tragédia, vem o medo de todo dia.
Violência não começa na dor do corpo — começa no coração ferido pelo desrespeito.

Um problema global — mas uma mudança possível
- A cada 11 minutos, uma mulher é morta no mundo por alguém da própria família.
- Em 2022, mais de 48 mil mulheres foram assassinadas por parceiros ou parentes.
- O lugar mais perigoso para muitas mulheres ainda é dentro de casa.
- No Brasil, mais de 1 milhão de mulheres denunciaram algum tipo de violência em 2023.
- A cada 4 minutos, uma mulher liga para o 180.
- Mais de 70% das vítimas de feminicídio tinham filhos — e metade dessas mortes deixa uma criança órfã.
O amor não deveria ser uma sentença.

Violência tem muitas formas — e todas machucam
- Física
- Psicológica
- Moral
- Sexual
- Financeira
- Digital
Tudo isso é violência doméstica. E nada disso é amor.

Amor de verdade não controla, não isola, não machuca
Você merece:
- Ser respeitada.
- Ter liberdade pra sair, estudar, trabalhar.
- Poder dizer “não” sem medo.
- Ser amada sem ser vigiada ou ameaçada.

Frases como:
“Você só vai sair se eu deixar.”
“Sem mim, você não é nada.”
“Se terminar comigo, eu acabo com sua vida.”
Não são paixão. São alerta vermelho.

Quebrando Mitos
| Mito | Realidade |
|---|---|
| “Se apanhou e ficou, é porque gosta.” | Muitas mulheres permanecem por medo, dependência financeira, filhos ou por estarem psicologicamente abaladas. Culpar a vítima só agrava o problema. |
| “Feminicídio é coisa de país pobre.” | A violência contra a mulher é global. Acontece na América Latina, Europa, África, Ásia e EUA. Ninguém está imune. |
| “Briga de casal, ninguém mete a colher.” | Se você se cala, o agressor ganha força. Denunciar salva vidas. Violência não é assunto privado. É crime. |
| “Ela provocou.” | Ninguém provoca agressão. A culpa nunca é da roupa, do comportamento ou da escolha da mulher. |
| “Ele era tão calmo, ninguém imaginava.” | Muitos agressores mantêm uma imagem pública tranquila. A violência costuma ser escondida, mas constante em casa. |
| “Violência é só quando tem agressão física.” | A violência começa no psicológico, no controle, no isolamento, nas ameaças. A agressão física é só a ponta do iceberg. |
| “Foi um crime passional.” | Não romantize. Foi feminicídio. Não foi por amor, foi por posse, controle e misoginia. |
| “Homem também sofre violência.” | Sim, mas o feminicídio é uma epidemia de gênero: 89% das vítimas são mulheres assassinadas por serem mulheres. |

Se você vive isso, não está sozinha — há ajuda, há amparo, há saída
- Ligue 180 no Brasil (Central de Atendimento à Mulher).
- Procure uma Delegacia da Mulher.
- Fale com alguém de confiança.
- Denuncie, mesmo que seja só uma suspeita.
Fora do Brasil:
- Espanha: 016
- Portugal: 800 202 148
- México: 911
- Argentina: 144
- Itália: 1522
- Turquia: 183
- França: 3919
- Estados Unidos: 1-800-799-7233

E o que o Espiritismo tem a ver com isso?
Tudo. Porque, para a Doutrina Espírita, amar é cumprir a Lei Divina.
“Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.” — Jesus (João 13:34) — O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 11.
O Espiritismo nos lembra que amor não é posse, não é controle, não é sofrimento.
Amar é libertar — nunca dominar.
A violência — física, emocional ou moral — contraria diretamente a Lei de Amor, ferindo não só o corpo de alguém, mas a própria consciência de quem agride.
A Doutrina ensina que respeito é base da vida em sociedade, e que toda relação verdadeira se apoia na responsabilidade, na dignidade e na igualdade entre todos os filhos de Deus.
Apoiar quem sofre violência é praticar o bem.
Encorajar a denúncia é oferecer caminhos de libertação.
Promover igualdade é trabalhar pela paz que Jesus ensinou.
E mesmo quando a dor parece dominar um lar, Deus não abandona ninguém.
Há sempre amparo, caminhos novos e a possibilidade de recomeçar.
E cada coração ferido encontrará, em seu tempo, a cura e a paz.

Fontes
UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime) — Relatórios globais sobre homicídios de mulheres por parceiros íntimos e familiares.
ONU Mulheres (UN Women) — Estatísticas mundiais de violência baseada em gênero.
CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) — Dados sobre feminicídio e violência contra a mulher.
Observatório de Igualdade de Gênero — Perfil das vítimas e dados de orfandade por feminicídio.
Ministério das Mulheres (Brasil) — Canais de denúncia e sinais de violência.
OMV (Observatório da Mulher contra a Violência — Senado Federal) — Indicadores nacionais sobre feminicídio.
Reuters — Caso Giulia Cecchettin (Itália).
News.com.au — Casos de feminicídio na Turquia.
The Guardian — Relatórios sobre violência contra a mulher na Irlanda do Norte.
OMS (Organização Mundial da Saúde) — Diretrizes sobre saúde e violência de gênero.
Allan Kardec — O Evangelho segundo o Espiritismo (FEB, 2020)

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