Feminicídio, agressão, controle, abuso… Nada disso é amor.
Tem coisa que parece ciúme, mas é controle
Tem coisa que parece cuidado, mas é violência.
Tem coisa que parece amor, mas é medo.
- A cada 11 minutos, uma mulher é morta no mundo por alguém da própria família.
- Em 2022, mais de 48 mil mulheres foram assassinadas por parceiros ou parentes.
- O lugar mais perigoso para muitas mulheres ainda é dentro de casa.
Violência doméstica não começa no tapa. Começa no silêncio
Antes do grito, vem o olhar ameaçador.
Antes da surra, vem a chantagem.
Antes da morte, vem o medo diário.
- Violência física
- Violência psicológica
- Violência financeira
- Violência digital
- Violência moral
- Violência sexual
E sim: tudo isso é violência doméstica.
Não é exagero. É sobrevivência
- No Brasil, mais de 1 milhão de mulheres denunciaram algum tipo de violência em 2023.
- A cada 4 minutos, uma mulher liga para o 180.
- Mais de 70% das vítimas de feminicídio tinham filhos.
- 1 em cada 2 feminicídios deixa uma criança órfã.
No mundo inteiro, o problema é grave — e global
- México: 10 mulheres são assassinadas por dia.
- Turquia: aumento de 1400% nos feminicídios em 10 anos.
- Itália: o caso de Giulia Cecchettin chocou o país.
- Argentina: “Ni Una Menos” virou grito de guerra.
- África do Sul: o país com uma das maiores taxas de feminicídio do mundo.
Amor de verdade não controla, não isola, não violenta
Você merece:
- Relacionamentos com respeito.
- Ter liberdade para sair, estudar, trabalhar.
- Não ter medo de dizer “não”.
- Viver sem ser vigiada, ameaçada ou agredida.
Frases como:
“Você só vai sair se eu deixar.”
“Sem mim, você não é nada.”
“Se terminar comigo, eu acabo com sua vida.”
Não são paixão. São alerta vermelho.
Quebrando Mitos
Mito | Realidade |
---|---|
“Se apanhou e ficou, é porque gosta.” | Muitas mulheres permanecem por medo, dependência financeira, filhos ou por estarem psicologicamente abaladas. Culpar a vítima só agrava o problema. |
“Feminicídio é coisa de país pobre.” | A violência contra a mulher é global. Acontece na América Latina, Europa, África, Ásia e EUA. Ninguém está imune. |
“Briga de casal, ninguém mete a colher.” | Se você se cala, o agressor ganha força. Denunciar salva vidas. Violência não é assunto privado. É crime. |
“Ela provocou.” | Ninguém provoca agressão. A culpa nunca é da roupa, do comportamento ou da escolha da mulher. |
“Ele era tão calmo, ninguém imaginava.” | Muitos agressores mantêm uma imagem pública tranquila. A violência costuma ser escondida, mas constante em casa. |
“Violência é só quando tem agressão física.” | A violência começa no psicológico, no controle, no isolamento, nas ameaças. A agressão física é só a ponta do iceberg. |
“Foi um crime passional.” | Não romantize. Foi feminicídio. Não foi por amor, foi por posse, controle e misoginia. |
“Homem também sofre violência.” | Sim, mas o feminicídio é uma epidemia de gênero: 89% das vítimas são mulheres assassinadas por serem mulheres. |
Se você vive isso, não tá sozinha
- Ligue 180 no Brasil (Central de Atendimento à Mulher).
- Procure uma Delegacia da Mulher.
- Fale com alguém de confiança.
- Denuncie, mesmo que seja só uma suspeita.
Fora do Brasil:
- Espanha: 016
- Portugal: 800 202 148
- México: 911
- Argentina: 144
- Itália: 1522
- Turquia: 183
- França: 3919
- Estados Unidos: 1-800-799-7233
A culpa nunca é da vítima. A culpa nunca é da roupa. A culpa nunca é do medo
- A culpa é de quem violenta.
- E de quem se cala quando poderia ajudar.
Viver não é privilégio. É direito
Ela quer viver. Ela merece viver. Todas merecem.
E o que o Espiritismo tem a ver com isso?
Tudo. Porque violência nunca foi amor — e jamais será evolução.
O Espiritismo nos ensina que o amor verdadeiro é libertador, respeitoso e baseado na igualdade. Submissão, controle ou agressão não fazem parte da lei de Deus.
“Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.” (Jesus — João 13:34 / citado em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 11)
Quem ama cuida sem ferir. Orienta sem dominar. Protege sem aprisionar.
A espiritualidade superior nos chama a construir lares de paz — e não prisões disfarçadas de afeto.
Denunciar não é falta de fé. É um ato de coragem e amor-próprio.
E ajudar quem sofre violência também é caridade.
Fontes
UNODC (United Nations Office on Drugs and Crime) — Relatórios globais sobre homicídios de mulheres por parceiros íntimos e familiares.
ONU Mulheres (UN Women) — Estatísticas mundiais de violência baseada em gênero.
CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) — Dados sobre feminicídio e violência contra a mulher.
Observatório de Igualdade de Gênero — Perfil das vítimas e dados de orfandade por feminicídio.
Ministério das Mulheres (Brasil) — Canais de denúncia e sinais de violência.
OMV (Observatório da Mulher contra a Violência — Senado Federal) — Indicadores nacionais sobre feminicídio.
Reuters — Caso Giulia Cecchettin (Itália).
News.com.au — Casos de feminicídio na Turquia.
The Guardian — Relatórios sobre violência contra a mulher na Irlanda do Norte.
OMS (Organização Mundial da Saúde) — Diretrizes sobre saúde e violência de gênero.
Allan Kardec — O Evangelho segundo o Espiritismo (FEB, 2020)
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