Chegou o inverno no Brasil e, junto com ele, aquele friozinho que alguns amam, outros odeiam… mas que, infelizmente, pra muita gente e pros animais de rua, não tem nada de charme, nem de aconchego. E olha, não é só um friozinho, não. A previsão pros próximos dias tá pedindo atenção total. Em São Paulo, por exemplo, o Instituto Nacional de Meteorologia já soltou alerta: a partir de terça-feira, as temperaturas vão despencar, podendo chegar a 6 graus durante a madrugada. E não é só isso — além do frio, tem previsão de chuva, ventos fortes e até risco de granizo em algumas regiões. Ou seja: frio, molhado e perigoso.
Parece exagero? Não é. A gente às vezes esquece, mas frio mata. Literalmente. Quando a temperatura do corpo cai abaixo dos 35 graus, começa um processo chamado hipotermia. No começo, vem aquele tremor constante — que, na real, é o corpo tentando gerar calor. Só que se o frio continua e não tem como se proteger, a coisa fica feia: confusão mental, fala enrolada, dificuldade pra se mexer e, nos casos mais graves, pode levar à inconsciência, parada cardíaca e morte. E pra quem vive nas ruas — tanto pessoas quanto animais — isso pode acontecer muito mais rápido do que a gente imagina. Abaixo de 5 graus, sem abrigo, o risco de morte é real.
E aí vem aquele papo que todo mundo já conhece, mas que precisa ser dito de novo e de novo: tá na hora de ajudar. É aquele momento em que cada cobertor esquecido no fundo do armário vira salvação. Sabe aquela blusa que você não usa mais? Aquele edredom meio velho, mas que ainda esquenta? Tudo isso faz diferença. As Casas Espíritas, assim como qualquer espaço comunitário, podem e DEVEM pensar com carinho em abrir seus salões pra acolher moradores de rua nas noites mais geladas. Nem que seja pra oferecer um cantinho seco, com um chá quentinho, um lanche e um cobertor. Pra quem tá na rua, isso é luxo, é vida, é esperança.
Aliás, não são só as pessoas que sofrem. Os animais de rua também sentem frio — e muito. Eles tremem, ficam sem energia e, se não tiverem um abrigo improvisado, podem simplesmente não resistir. Dá pra ajudar fácil: caixas de papelão forradas com plástico e jornal já fazem uma baita diferença. Aquela toalha velha, aquela coberta furada, pros bichinhos é conforto puro.
O inverno tá só começando, e a previsão é clara: essa semana já chega derrubando temperatura e deixando claro que solidariedade não é opção, é necessidade. Então, bora agir. Bora organizar campanhas, divulgar nas redes, se juntar com os vizinhos, com a galera do Centro, do futebol, da ONG, da escola. Se der pra abrir o salão da Casa Espírita, abra. Se não der, organize um ponto de arrecadação, prepare kits de inverno — com roupas, meias, luvas, gorros, alimentos quentes e água.
E se você topar ajudar na rua, vale aprender a reconhecer os sinais de alguém em risco. Se a pessoa tá muito quieta, com fala arrastada, meio confusa, tremendo sem parar ou até parou de tremer (sim, isso acontece), é sinal de que ela tá entrando em hipotermia. E aí é urgente: aqueça a pessoa, proteja do vento, ofereça algo quente pra beber e acione o SAMU (192) ou a Defesa Civil (199). O mesmo vale pra animais: se tá encolhido, tremendo, apático, precisa de abrigo agora.
A gente não controla o frio que vem de fora, mas pode espalhar o calor que vem de dentro. Bora fazer esse inverno ser menos cruel pra quem não tem onde se proteger. Ajudar não esquenta só quem recebe — esquenta o coração de quem faz também.

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