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Religião de nossos filhos

Autor: Thiago Rosa

Falar de Jesus dá vergonha?  Mostrar que tem fé e acreditar em Deus é estranho? Mostrar que tem religião ou faz parte de alguma crença é fora da moda?

Pode parecer estranho estes questionamentos, ainda mais por falarmos diretamente de uma revista de jovem espírita, mas não acreditar em religião ou crenças por de trás do nome Jesus, por exemplo, tem sido cada vez mais contínuo entre os jovens e pré-adolescentes que questionam a verdadeira função das religiões.

A fé raciocinada, criando um cenário de dúvidas advindas dos problemas atuais pelo mundo com relação direta aos diversos segmentos religiosos, gera grande desconforto e credibilidade entre as pessoas. Jovens, rodeados da modernidade, mídias sociais, internet e sites de relacionamento, acabam por criar um clima de desconfiança maior. Falar de Jesus, além de ser piegas, virou uma situação cômica. Por mais que acreditem, façam parte de algum grupo religioso ou a família ser adepta a alguma doutrina, situações de embaraço e vergonha fazem parte do cotidiano da vida dos meninos e meninas. Acreditar em Deus, para alguns, pode parecer acreditar em papai-noel.

Fatos como pedofilia de padres, dúvidas do passado da igreja católica, desvio de dinheiro de líderes religiosos, dirigentes de movimentos espíritas de palavras aveludadas acompanhadas de corações gelados, guerras e matança criadas por conflitos religiosos, um leque variado de situações vivenciadas pelas pessoas que acabam denegrindo o verdadeiro significado da palavra religião. Por conta disso, mostrar crença por algum seguimento religioso, como a doutrina espírita, as igrejas católicas e protestantes, não é mais um simples sinônimo de fé, mas apenas um sinônimo de fraqueza.

Diante de uma situação como esta, fica a dúvida: “Como mostrar para as crianças e jovens a importância da religião em suas vidas?”.

A maior dificuldade também está em retirar a cortina que tapa os olhos de quem observa apenas as ações negativas desempenhadas pelos homens, líderes ou apenas frequentadores de determinado grupo religioso. Sabendo-se que toda doutrina ou religião prega o amor ao próximo, a si mesmo e a Deus, podemos concluir que todas elas buscam religar o homem ao Criador, buscando a transformação íntima de cada indivíduo, através da conduta moral, disciplina e fé.

O maior exemplo que pode ser dado aos jovens, é de nós mesmos que acreditamos e praticamos a doutrina espírita em nossos corações e na vida diária. Mostrar que nós também podemos mudar para melhor e que a espiritualidade, a religião, também nos transforma de alguma forma. Somos responsáveis pelos exemplos que passamos aos mais novos ou aos demais colegas, pois está em nós o espelho de suas condutas futuras.

Não precisamos falar a todo instante de Jesus, de ressaltar a todo instante a sua beleza e enfatizar os seus maiores exemplos. Isso é importante. Mas a maior forma de ajudarmos o Mestre e alcançarmos os ouvidos atentos das crianças e jovens do mundo moderno é mostrar o quanto nós conseguimos aprender com ele, e o quanto conseguimos colocar estas lições em prática diária. O maior exemplo começa em casa.

Não somos perfeitos como nenhum líder religioso assim o é. Podemos no máximo buscar em Chico Xavier o exemplo de liderança natural exemplificada pela sua história de vida, de amor ao próximo e fé em Deus. Este sim é um bom exemplo de dedicação. É uma fagulha de esperança em acreditar que podemos ser melhores.

Para o jovem conhecer o significado da religião, precisamos primeiro mostrar que ela tem alguma benfeitoria a nós mesmos. Só assim, podemos mostrar que os homens erram, têm imperfeições, mas que as palavras evangélicas, ditadas por qualquer doutrina ou grupo religioso, faz com que nos liguemos com a verdadeira vida. Faz com que nos liguemos à Deus.

Fala MEU! Edição 86, ano 2012

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