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11 – Provas da sobrevivência da alma

Noções Gerais – Aula: 11

Sumário

  • As primeiras manifestações de Espíritos
  • O advento do Moderno Espiritualismo
  • Os fenômenos de Hydesville
  • Apports e raps
  • As mesas girantes e falantes
  • Circunstância especial que levou Kardec a estudar os fenômenos espíritas

O homem e o Espírito

1. No homem existe algo mais que matéria e princípio vital. O homem pensa e tem consciência plena de sua existência; relaciona ideias, estabelece conceitos, elabora juízos, constrói raciocínios, tira conclusões e, servindo-se do instrumento maravilhoso da linguagem, comunica tudo isso aos seus semelhantes.

2. “Cogito, ergo sum”, escreveu Descartes (“Penso, logo existo”). Eis o que Descartes quis dizer: – Penso; ora, a matéria por si mesma não pensa; logo, existe em mim, além do corpo material, algo mais, que é o agente do meu pensamento, em virtude do qual existo como ser inteligente. Esse é um raciocínio perfeitamente lógico e conforme à mais pura razão humana. Deveria bastar para que nenhuma dúvida existisse no homem a respeito de que nele vive um Espírito, isto é, um ser imaterial, porém real, independente do corpo e a ele sobrevivente.

3. Outras faculdades existem ainda no homem, que nada têm a ver com a matéria, e que são funções de uma consciência individual superior, sobrelevando sobre todas o senso moral. Há, contudo, indivíduos descrentes que vivem na negação ou apenas em dúvida, pois no fundo do seu ser hão de ter a mesma aspiração, natural em toda criatura: não morrer. Deus, então, em sua infinita bondade e amor, como Divina Providência que é, concedeu ao homem, com as manifestações espíritas, a prova de que nele vive um Espírito e que esse Espírito sobrevive à morte.

As manifestações espíritas

4. Manifestações de Espíritos ocorreram em todos os tempos, desde a mais remota antiguidade. A sua verdadeira causa só era conhecida dos iniciados. Os profetas serviam de intermediários entre os Espíritos e os homens e muitas coisas anunciavam como expressões da vontade de Deus. Uma das coisas anunciadas foi que viria o tempo em que essa faculdade de intermediação se generalizaria, dando lugar a manifestações que ocorreriam por toda a parte, a sacudir as consciências e os corações dos homens, despertando-os para a realidade do mundo espiritual. Foi o profeta Joel o intermediário dessa predição.

5. A história do Moderno Espiritualismo – denominação pela qual o Espiritismo foi inicialmente conhecido na América do Norte – começou por fatos dessa natureza, ocorridos em Hydesville a partir de 1848, sendo médiuns duas adolescentes da família Fox, as jovens Kate e Margareth Fox.

Os “apports”

6. Os fenômenos físicos se apresentam sob as mais variadas formas. A força que serve para produzi-los presta-se a todas as combinações. Ela penetra todos os corpos, atravessa todos os obstáculos, transpõe todas as distâncias. Sob a ação de uma vontade poderosa, consegue decompor e recompor a matéria compacta. É o que demonstram os fenômenos de “apports”, ou transportes de flores, frutos e outros objetos através de paredes, em aposentos fechados.

7. Zöllner, o astrônomo alemão, verificou a penetração da matéria por uma outra matéria. Com o auxílio da força psíquica, as entidades a que são devidas as manifestações chegam a imitar os mais estranhos ruídos. Ao traduzir um dos clássicos do Espiritismo sobre o fenômeno de transporte, escrito por Ernesto Bozzano, Francisco Klörs Werneck diz que dois termos técnicos se aplicam ao assunto: apport e asport. Apport quando o objeto é levado de fora para dentro. Asport quando levado de dentro para fora, de tal modo que o vocábulo trazimento não tem razão de ser. Transporte é, assim, o termo já consagrado e abarca ambos os casos.

8. A levitação é outro fenômeno de efeitos físicos extraordinário. Um desses fenômenos se deu em memorável sessão realizada em 16 de dezembro de 1868, em Londres, quando o médium Daniel D. Home, em transe mediúnico, foi levantado e projetado da parte de fora de uma janela e, suspenso no ar, entrou por uma outra janela.

Os “raps”

9. Os “raps” são fenômenos que consistem em efeitos físicos diversos, como ruídos, estalidos, pancadas e imitação de passos, produzidos em portas, paredes, móveis e assoalhos, tudo isso sem causa física conhecida. A simples produção desses efeitos físicos nada provaria quanto à existência dos Espíritos, porquanto poderiam ser produzidos por forças outras, naturais e desconhecidas, mas a esses fatos singulares se revelou associada uma inteligência capaz de dirigir a ação e que, quando provocada, deu provas iniludíveis de ser o Espírito de um morto a verdadeira causa do fenômeno. No caso da família Fox, o Espírito produtor dos fenômenos revelou ter sido um mascate que se chamara Charles Rosma em sua última encarnação.

10. Hoje a sobrevivência da alma humana encontra-se perfeitamente demonstrada por fatos que têm sido investigados com todo o rigor científico por numerosos e eminentes sábios dos séculos 19 e 20. A tal ponto chegou o resultado dessas experimentações que Alfred Russel Wallace, um dos mais eminentes investigadores dos fatos espíritas, fez esta afirmativa categórica: “O Espiritismo está tão bem demonstrado como a lei da gravitação”.

Allan Kardec e as mesas girantes

11. As mesas girantes foram também chamadas de mesas falantes, porque, valendo-se das pancadas que nelas soavam, podiam responder inteligentemente às perguntas das pessoas presentes às sessões. Foi exatamente esse caráter inteligente assumido pelo fenômeno que levou o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail a interessar-se e, logo depois, dedicar-se profundamente ao seu estudo, bem como ao dos demais fenômenos espíritas, deduzindo deles, com o auxílio dos próprios Espíritos, todas as consequências filosóficas, morais e religiosas que eles comportam.

12. Os ensinos por ele reunidos e ordenados constituíram o admirável corpo da Doutrina Espírita iniciado com “O Livro dos Espíritos”, ao qual se seguiu “O Livro dos Médiuns”, que é a primeira obra de Kardec que se deve consultar sobre o tema mediunidade.

13. Seguem-se-lhes numerosas obras, quer gerais, tratando de toda a fenomenologia espírita, quer particulares, ou seja, que tratam de determinados fenômenos. Sob este último aspecto, vale citar “No Invisível”, de Léon Denis, os livros de William Crookes (“Fatos Espíritas”), Friedrich Zöllner (“Provas Científicas da Sobrevivência”), Arthur Findlay (“No Limiar do Etéreo”), Oliver Lodge (“Raymond”), Ernesto Bozzano (“Fenômenos de Transporte”) e Gabriel Delanne (“O Fenômeno Espírita”), dentre muitos outros.

Questões para fixação da leitura

1. Que é que Descartes quis dizer com a frase: “Cogito, ergo sum” (Penso, logo existo)?

Com esta frase Descartes quis dizer: – Penso; ora, a matéria por si mesma não pensa; logo, existe em mim, além do corpo material, algo mais, que é o agente do meu pensamento, em virtude do qual, portanto, existo como ser inteligente.

2. Quando se deram as primeiras manifestações de Espíritos?

As manifestações de Espíritos ocorreram em todos os tempos, desde a mais remota antiguidade, mas sua verdadeira causa só era conhecida dos iniciados.

3. Que importância têm na história do Moderno Espiritualismo os fenômenos de Hydesville?

Importância muito grande, visto que a história do Moderno Espiritualismo – denominação pela qual o Espiritismo foi inicialmente conhecido na América do Norte – começou pelos fatos de natureza mediúnica ocorridos em Hydesville a partir de 1848, sendo médiuns duas adolescentes da família Fox, as jovens Kate e Margareth Fox.

4. Que são os “apports”? Podemos dizer que “apports” e “raps” são a mesma coisa?

Os fenômenos de “apports” são aqueles em que os objetos são trazidos de fora para dentro do recinto da sessão. Quando o objeto é levado de dentro para fora, o fenômeno é chamado de “asport”. No idioma falado no Brasil, o termo já consagrado para ambos os casos é transporte. Os “raps” são outra coisa. Trata-se de fenômenos que consistem em efeitos físicos diversos, como ruídos, estalidos, pancadas e imitação de passos, produzidos em portas, paredes, móveis e assoalhos.

5. Por que as mesas girantes foram também chamadas de mesas falantes? E que circunstância especial ligada a esse fenômeno levou Kardec a estudálo?

As mesas girantes foram também chamadas de mesas falantes porque, valendo-se das pancadas que nelas soavam, podiam responder inteligentemente às perguntas das pessoas presentes às sessões. Foi exatamente esse caráter inteligente assumido pelo fenômeno que levou o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail a interessar-se e, logo depois, dedicar-se profundamente ao assunto.

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Nota Juventude Espírita

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