Porque família é onde o amor escolhe ficar — e o coração aprende a recomeçar

O que está acontecendo?
Tem milhares de crianças e adolescentes em abrigos, esperando o que todo espírito em crescimento precisa: um lar, um abraço, um “você é parte da gente”.
Enquanto isso, muita gente sonha em adotar, mas ainda se perde entre mitos e medos.
É tempo de compreender que a adoção é mais do que um gesto: é uma missão de amor, que transforma vidas — de quem acolhe e de quem é acolhido.

No Brasil
- Mais de 4.700 crianças e adolescentes esperam por adoção (CNJ, 2024).
- Tem quase 33 mil pessoas querendo adotar.
- Mas a maioria das crianças tem mais de 7 anos, faz parte de grupos de irmãos ou vive com alguma condição de saúde.
- Muitas crescem em abrigos e chegam à maioridade sem serem adotadas.

No mundo
- Nos EUA, são mais de 114 mil crianças esperando por uma família.
- No Reino Unido, quase metade delas espera há mais de 1 ano e meio.
- E todos os anos, milhares ainda aguardam nas filas da adoção internacional.
Em todo canto, o mais procurado são bebês saudáveis. Mas a maioria disponível não é assim. E é aí que o amor mostra sua verdadeira força.

E quando ninguém chega?
Alguns esperam tanto que o tempo passa — e acabam crescendo dentro dos abrigos.
Aos 18 anos, precisam seguir sozinhas.
Às vezes: sem casa, sem trabalho, sem apoio.
Mas mesmo quando o mundo esquece, Deus não esquece.
Sempre existe uma nova chance — e quem adota se torna parte desse recomeço.
No Brasil, milhares de jovens deixam os abrigos todos os anos ao completar 18 anos, sem ter pra onde ir.
A maioria enfrenta o vazio do desemprego, da solidão, da insegurança, do medo.
Mas cada história pode mudar quando um coração se abre.
Adotar é acolher o presente e semear um futuro com esperança.

Bora quebrar uns mitos?
| Mito | Realidade |
|---|---|
| “Adotar é muito difícil.” | O processo é sério, mas possível, gratuito e cada vez mais acessível. |
| “Só casais podem adotar.” | Solteiros, viúvos e casais homoafetivos também podem. |
| “Só dá pra adotar bebê.” | A maioria disponível tem mais de 7 anos. Adolescentes também precisam de família. |
| “Adotar é um ato de caridade.” | É amor, é vínculo, é escolha mútua. |
| “Não vou amar como um filho biológico.” | O amor nasce do cuidado diário. E é tão real quanto qualquer outro. |

Quem pode adotar?
Qualquer pessoa disposta a amar de verdade.
- Ter mais de 18 anos e 16 a mais que a criança.
- Ter equilíbrio emocional e condições para cuidar.
- Pode ser solteiro, casado, homoafetivo ou viver em união estável.
- Passar por entrevista, curso e avaliação.
Mais que requisitos, o essencial é ter vontade de ser o lar que alguém espera.

E quem pode ser adotado?
Crianças e adolescentes de até 18 anos, com histórias únicas e um desejo sincero de pertencer a uma família.
Alguns têm irmãos, outros enfrentam desafios de saúde. Mas todos carregam no coração a mesma esperança: ser acolhidos, cuidados e amados.
Em cada um deles existe um espírito em constante aprendizado, pronto para viver um novo começo, cercado de carinho, respeito e oportunidade.

E se for um adolescente?
São os que mais esperam — e, muitas vezes, os que mais têm amor pra oferecer.
Já passaram por muita coisa, mas também sabem valorizar cada gesto, cada cuidado, cada “bom dia” sincero.
Adotar um adolescente é dar asas a quem só precisava de um porto seguro pra aprender a voar.

Por que adotar é um gesto gigante?
- Porque é dar e receber amor real.
- Porque é ouvir histórias e responder com acolhimento.
- Porque é curar o passado e construir o futuro.
- Porque pode ser o reencontro de almas que se procuram há tempos.

Como funciona o processo no Brasil? (resumido)
- Procure a Vara da Infância da sua cidade.
- Faça o cadastro e participe das entrevistas.
- Realize o curso de preparação.
- Aguarde o cruzamento de perfil com a criança.
- Participe da aproximação e convivência assistida.
- Após a guarda provisória, sai a adoção definitiva.
Todo o processo é gratuito e acompanhado por profissionais da área da infância.

O que o Espiritismo diz sobre isso?
“Os laços espirituais são os verdadeiros laços da família.” — O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XIV
Adotar pode ser reencontrar afetos antigos e continuar histórias que começaram antes dessa vida.
É dar ao espírito uma chance de crescer, aprender e recomeçar com amor.
É a mais bela forma de caridade: a que transforma duas ou mais vidas em uma nova família.
Porque, no fundo, ninguém adota por acaso. A alma reconhece antes do abraço.

Fontes
CNJ — Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento 2024
ECA — Estatuto da Criança e do Adolescente
Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania — Cartilha da Adoção 2023
Defensoria Pública da União — Guia de Adoção Legal
Adoption Network (EUA) — Domestic US Adoption Statistics 2023
Home for Good (Reino Unido) — Adoption Statistics 2024
WIFI Talents — International Adoption Statistics 2024
Allan Kardec — O Evangelho segundo o Espiritismo (FEB, 2020)

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