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Alcoolismo: Organizando grupos de apoio nas casas espíritas

Autor: Damião B. Marins

Para se implantar os grupos de apoio nas casas espíritas há a necessidade de se criar um departamento ligado à diretoria da casa, com um “Coordenador”, que ficará responsável pelo departamento, mantendo um elo entre a Diretoria e o Grupo de Apoio. É preciso que a casa espírita esteja consciente de sua responsabilidade, pois o exemplo deve partir desde a Diretoria até aquele mais simples tarefeiro da casa. Note bem, é através do exemplo que se adquire a autoridade moral. Infelizmente, ainda existem muitos companheiros, “médiuns”, que ainda fazem uso do seu “aperitivinho”; são médiuns passistas, médiuns de psicofonia ou incorporação, que depois de tomarem seu aperitivinho antes do almoço, ou mesmo a cervejinha à noite vão para a tarefa na casa espírita servir como médium, esquecendo-se de que todos vivemos em sintonia e estaremos nos ligando a irmãozinhos menos felizes que vivem a se locupletar a quem se ligam. O plano maior, nesses casos, tem que suprir todo o trabalho que nosso irmão “médium” faria.

Não queremos aqui interferir no livre-arbítrio de qualquer irmão, mas se o companheiro, está ligado ainda a seus aperitivos, existem outras frentes de trabalho na Casa Espírita, que nosso irmão poderá desempenhar com muita propriedade. Como dissemos acima, a autoridade moral se dá pelo exemplo, é condição “sine qua non” que o companheiro, que vai trabalhar no grupo, não beba, não fume, ou seja, procure trabalhar os vícios visíveis, pois os invisíveis são muito mais difíceis.

Objetivo

Trabalhar pela recuperação do alcoólatra, do drogado procurando levantar a Autoestima do Ser, atuando da seguinte forma:

  1. Colaborar para o equilíbrio físico, psíquico e espiritual dos participantes, através da fluidoterapia;
  2. Despertar o assistido para a reforma íntima através da evangelização (ensinamentos cristãos à luz da Doutrina Espírita);
  3. Conscientizá-lo da necessidade do autorreerguimento, alertando-o e orientando-o sobre a importância da fé, do cultivo da oração e do hábito de servir para o bem próprio, contribuindo para o bem de todos.

Atividades e funções

Entrevistas Individuais: Buscar atender ao assistido em particular, procurando ouvi-lo, informando-o da realidade na qual está envolvido.

Assistência espiritual (fluidoterapia): Ela deverá ser aplicada a todos os assistidos e familiares. O grupo de tarefeiros deverá ser constituído de um coordenador, um substituto e de um mínimo de 4 (quatro) médiuns passistas com um encaminhador.

Atribuições e responsabilidades

Divisão de tarefas e responsabilidades com o objetivo de tornar mais organizados e efetivo os trabalhos.

Direção geral do grupo (coordenador)

  • Coordenar e dirigir as atividades em perfeita interligação com a diretoria da casa.
  • Manter a pureza doutrinária dentro das atividades do departamento.
  • Manter unida a equipe num sentimento de fraternidade, colaborando para o equilíbrio moral do departamento e dos participantes.
  • Dirigir a preparação dos tarefeiros, interpretando a mensagem segundo as necessidades do grupo, buscando união, reforma interior, bem como a elevação do padrão vibratório.
  • Disciplinar o tempo determinado para execução das tarefas.
  • Congregar os tarefeiros para avaliações rápidas no final de cada atividade.

Coordenador da assistência espiritual fluidoterapia

  • Preparar os tarefeiros se ligando ao plano maior, bem como elevando o padrão vibratório para que se possa alcançar os objetivos.
  • Cuidar para não fugirem aos padrões e técnicas de passes, conforme orientação da casa, lembrando que o nosso mestre JESUS somente impunha as mãos para curar.

Coordenador da terapia de grupo

  • Deverá ser coordenado por um alcoólatra ou drogado em recuperação.
  • Seguir o horário estipulado pelo departamento.
  • Procurar coordenar os depoimentos, de forma que todos os companheiros que derem depoimentos possam falar pelo menos de 5 (cinco) a 10 (dez) minutos.

Expositores evangélicos

  • Seguir o tema programado pela direção.
  • Buscar nas exposições o conteúdo evangélico, lembrando que a palavra está influenciando e contribuindo para a fluidoterapia e preparando o campo de ação para a terceira parte da reunião, a terapia de Grupo.
  • Avisar com antecedência, quando não puder comparecer, para que a direção possa substituí-lo.
  • Atentar para o racional e objetivo dos 20 (vinte) minutos de moral evangélica.

Roteiro para o desenvolvimento da tarefa

As reuniões terão duração de uma hora e meia, com início às 20 horas e término às 21h30, tendo sido previamente escolhido um dia da semana.

A reunião será composta de três partes básicas a saber: Parte Evangélica, com duração de no máximo de 20 minutos; Fluidoterapia que deverá ter o tempo necessário ao atendimento dos assistidos e Terapia de Grupo, que terá o tempo necessário para os depoimentos, procurando o Coordenador da Terapia de Grupo terminar sua parte às 21h20, ficando os outros 10 minutos para o Coordenador Geral fazer o encerramento.

Detalhando as partes

Parte evangélica: Expositores devidamente treinados trazem temas evangélicos voltados para a moral do homem, sempre tendo como exemplo maior o mestre dos mestres, “JESUS”.

Fluidoterapia: Mais conhecido na casa espírita como Passe Espiritual. Trata-se de transfusão de energias espirituais por meio dos fluidos, de fundamental importância no tratamento do alcoólatra e drogado.

(Observação: a fluidoterapia é opcional.)

Terapia de grupo: É o momento do companheiro, que está em tratamento, falar e ouvir sobre o alcoolismo; é o momento de ele expor suas mazelas, suas ansiedades, chamamos este momento mágico de espelhoterapia, pois é se espelhando nos erros e acertos do seu companheiro de grupo que ele estará conquistando sua liberdade perante o álcool.

Dica

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