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Algumas considerações sobre educação dos filhos

Autor: Marcus De Mario

A Patrícia é mãe de dois filhos na faixa de 6 a 8 anos de idade, e em conversa queixava-se de ter dois furacões dentro de casa, com os garotos sendo muito ativos e desobedientes, brigando entre si e fazendo do lar verdadeira zona de guerra, tudo isso aliado a mau comportamento na escola e nas festas da família. Em suas queixas, ela dizia não entender por que os filhos eram assim, pois tanto ela quanto o pai tudo faziam por eles, nada lhes faltava, e mesmo assim não demonstravam gratidão e carinho. Ameaças e castigos não surtiam o efeito desejado, e ela se sentia desiludida com a escola, pois acreditava que as professoras dariam um jeito nos meninos, mas isso não aconteceu.

Vamos então a algumas considerações muito importantes e úteis para os pais conseguirem melhor educar os filhos, procurando auxilia a mãe Patrícia e tantas outras mães e pais.

Desconsiderar a importância dos bons exemplos no lar e outros lugares, é correr riscos desnecessários. Os filhos tendem a copiar os pais.

Transformar os filhos em bibelôs, dando de tudo, mas deixando em segundo plano a formação do caráter, é criar monstros ou recalcados.

Ajudar os filhos em tudo, chegando mesmo a fazer por eles, é fazer com que não deem importância às coisas e comportamentos, afinal os pais ali estão para acobertar.

Por outro lado, sobrecarregar os filhos com obrigações e responsabilidades incompatíveis, é gerar revolta e prejudicar a saúde orgânica e o bom desenvolvimento da personalidade.

A presença junto aos filhos não pode ser substituída por babás ou mesmo pelos avós, pois nada é mais importante na formação dos filhos do que o afeto, a dedicação, os exemplos e a corrigenda dos pais.

Na educação, os pais não podem desconsiderar que os filhos são individualidades diferentes com personalidade diferenciada, ou seja, não são iguais, portanto a educação não pode ser a mesma.

Os pais devem dar autonomia, liberdade para o desenvolvimento dos filhos, não tomando decisões por eles, nem os protegendo em demasia do mundo, pois os filhos precisam ter espaço para seus próprios pensamentos e atitudes.

No trajeto escolar, os pais devem se manter presentes, acompanhando os estudos realizados pelos filhos, auxiliando-os sempre que necessário, mas nunca fazendo as tarefas no lugar deles.

Em tudo, evitar superstições, crendices sem fundamento, fantasias, dando aos filhos explicações honestas sobre a vida e a humanidade, fazendo-os pensar.

Solicitar aos filhos a cooperação nas tarefas domésticas, na medida de suas possibilidades, habituando-os ao trabalho para o bem coletivo.

Cuidado, muito cuidado, com mesadas e facilidades, sem levar em consideração os méritos e a justiça.

Temos que essas considerações sejam úteis aos pais para educarem os filhos de forma mais equilibrada, lembrando que o mais importante é o trabalho na formação do caráter, na correção de más tendências, pois é isso que os fará serem ou não bons cidadãos, boas pessoas.

Alguns filhos necessitam de maior atenção e exercício da autoridade sobre eles. Os pais devem ficar atentos e não deixar o tempo passar para corrigi-los, dar-lhes limites, fazer com que assumam as consequências dos seus atos.

Essa é a verdadeira arte da educação. 

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