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Corrupção e educação

Autor: Marcus De Mario

A corrupção, acompanhada da dissolução dos costumes, sempre existiu, é uma marca histórica em todos os tempos da humanidade, e de tal ordem, que derrubou impérios e fez ruir povos e nações que pouco vestígio deixara.

Após a libertação do jugo egípcio e sob o comando de Moisés. O povo judeu se bandeou para as festas, o culto ao bezerro de ouro e outras práticas que levaram o legislador hebreu a ter que sancionar a lei de talião, do olho por olho e dente por dente, única maneira de exercer controle.

O Império Romano, glorificado e considerado invencível, afundou num mar de lama de defecções morais, favores políticos, libertinagens, desvios de conduta, lutas pelo poder, levando a águia erguida nos estandartes e encerrar melancolicamente seu voo sobre o ocidente e o oriente do mundo então conhecido.

E assim teríamos outros tantos exemplos do poder da corrupção.

Dizem que no Brasil a corrupção é uma instituição, trazida e erguida em nossas terras pelo próprio Pedro Álvares Cabral, nosso descobridor português, e que, assim, não é possível viver sem os escândalos da corrupção. Todo governo precisa ter seu quinhão, a honestidade não parece fazer parte da índole do brasileiro. É o que dizem…

Hora, toda peste, e toda praga, tem seus remédios, seu controle, e não pode ser diferente com a corrupção, que empesteia e enodoa nossa sociedade. Onde, então, está esse remédio? Como ele não foi descoberto até agora?

Na verdade, nós temos o remédio há muito tempo, mas não queremos aplicá-lo. São poderosas as forças mantenedoras da corrupção, com seus interesses mesquinhos, egoístas. Forças tão poderosas que diluíram o remédio até torná-lo ineficaz, desviado de sua finalidade.

O remédio é a educação

Educação no sentido de desenvolver a ética, a solidariedade, o caráter, os valores humanos, a honestidade, os bons hábitos e o pensar nos outros, numa visão espiritualista e futurista da vida.

Educação que também desenvolve a aquisição de conhecimentos, mas para que as pessoas aprendam a colocar esses conhecimentos a bem da coletividade, e não para se servir deles a benefício próprio e em prejuízo dos outros.

Mas qual, hoje entendemos e aplicamos a educação somente do ponto de vista da instrução, da aquisição de saberes, do desenvolvimento cognitivo, deixando-a afastada, na família e na escola, da formação do caráter, da correção das más tendências. Professores só sabem dar aula de suas especialidades. Pais só sabem listar os certificados conquistados pelos filhos.

É assim, desviando a educação do que ela é e de suas finalidades, que a corrupção é mantida.

A corrupção é um mal moral. A educação é um bem moral

Vamos minimizar e acabar com a corrupção, de todos os tipos e de todos os níveis, quando tivermos a coragem de combatê-la com a educação das novas gerações, porque não serão as leis o antídoto, mas sim a educação moral.

Pessoas moralizadas serão incorruptíveis, eis o que é líquido e certo para deixar a corrupção no passado histórico da humanidade.

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