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Ensaio sobre a Morte

Autor: Marcos Paulo de Oliveira Santos

Quereis conhecer o segredo da morte. Mas como podereis descobri-lo se não o procurardes no coração da vida?
A coruja, cujos olhos, feitos para a noite, são velados ao dia, não pode descortinar o mistério da luz.
Se quereis realmente contemplar o espírito da morte, abri amplamente as portas de vosso coração ao corpo da vida.
Pois a vida e a morte são uma e a mesma coisa, como o rio e o mar são uma e a mesma coisa.
Na profundeza de vossas esperanças e aspirações dorme vosso silencioso conhecimento do além; e como sementes sonhando sob a neve, assim vosso coração sonha com a primavera.
Confiai nos sonhos, pois neles se ocultam as portas da eternidade.
Vosso temor da morte é semelhante ao temor do camponês quando comparece diante do rei, e este lhe estende a mão em sinal de consideração.
Não se regozija o camponês, apesar do seu temor, de receber as insígnias do rei?
Contudo, não está ele mais atento ao seu temor do que à distinção recebida?
Pois, que é morrer senão expor-se, desnudo, aos ventos e dissolver-se no sol?
E que é cessar de respirar senão libertar o hálito de suas marés agitadas, a fim de que se levante e se expanda e procure a Deus livremente?
É somente quando beberdes do rio do silêncio que podereis realmente cantar.
É somente quando atingirdes o cume da montanha que começareis a subir.
É quando a terra reivindicar vossos membros que podereis verdadeiramente dançar

Gibran Khalil Gibran

Chega um determinado momento da existência do ser humano que lhe parece não haver mais pressão psicológica do coração e do pensamento. Os sonhos são deixados de lado. As novas esperanças são empanadas pela idade madura. A vida parece estacionar… Os filhos já estão mais ou menos encaminhados, já não se têm desafios naturais da vida familiar, as horas, semanas, meses e anos passam uniformes e indiferentes. Esse quadro de apatia é comum em muitos de nós, que ainda não aprendemos a cultivar o tempo precioso no labor do bem individual e coletivo. E nas valiosas conquistas do Espírito.   

Lendo a obra Obreiros da Vida Eterna, de André Luiz, ditada ao saudoso Chico Xavier, encontramos: “Nossos amigos da esfera carnal são ainda muito ignorantes para o trato com a morte. (…) É por isso que, por enquanto, os mortos que entregam despojos aos solitários necrotérios da indigência são muito mais felizes” . (Obra citada, pág. 224.)

Tal assertiva provocou-nos grande impacto e fez com que refletíssemos.

Estamos suficientemente educados para a morte?

A magna questão nos inquietava dia após dia. Concluímos que não, a despeito dos valorosos ensinamentos espíritas.

Por isso resolvemos contribuir, modestamente, com o pensamento espírita cristão através deste singelo ensaio.

Chegará o dia, inexorável, em que deixaremos o ninho planetário. Refletir sobre essa transição natural é de suma importância.   

O que é a morte? 

Deste modo, fizemos um recorte de algumas obras do Espiritismo e breves comentários acerca da temática que não se esgotam! Ao contrário, fomentam o debate fraterno nos estudos sistematizados da doutrina espírita. É necessário que o amigo leitor compreenda que não se encontram elencadas diretrizes jactanciosas com a presunção de ensinar um fenômeno que será ímpar para cada um de nós. É importante saber o que está descrito ricamente na literatura espírita para que no momento da crise da morte não nos desesperemos. Mas todas as nuances do momento dependerão do nosso modus vivendi enquanto ainda encarnados… A morte não é nenhuma mensageira de transformações. Cada um morre conforme vive.

Durante um largo período da história terrestre, a morte era considerada a cessação do funcionamento cardíaco e respiratório.

De fato, o cérebro sofre danos irreversíveis se privado de oxigênio por mais de quatro minutos. Deste modo, na antiguidade, o critério utilizado era somente analisar essa função (a respiração) para constatar a morte de uma pessoa.

Com o advento científico-tecnológico, particularmente os aparelhos de ventilação mecânica, foi possível reverter um quadro de parada respiratória. De tal modo, que as pessoas que antes eram consideradas mortas, graças aos aparelhos e medicamentos, voltavam à vida orgânica.

A partir da década de 1960 tornou-se mais importante ainda estabelecer o momento da morte, visto ser exequível já naquele momento o transplante de órgãos.  

A partir disso, as autoridades médicas do mundo estabeleceram que a morte orgânica ocorre quando há “perda completa e irreversível do tronco cerebral”. Ou seja, quando o órgão cerebral não mais apresenta atividades (que são detectadas por aparelhos específicos) tem-se a morte, ainda que os outros órgãos possam estar em pleno funcionamento.  

Temor da morte 

O preclaro Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, na obra O Céu e o Inferno teve ensejo de refletir e escrever sobre o temor da morte. Ele inicia sua explicação asseverando-nos que é intuitiva a certeza da imortalidade da alma em todos os seres humanos, independente do contexto cultural em que se vive. Do silvícola ao ser humano considerado mais civilizado, a crença da vida após a desagregação molecular é uma certeza inconteste.

A despeito dessa sentinela interior a cantar a imortalidade em nossas mentes e corações, ainda perdura o sentimento de temor ao fenômeno da morte. Por que isso ocorre?

Vejamos o que nos diz o egrégio Codificador na obra referida:

1. Efeito da sabedoria divina.

Há em toda criatura, notadamente no ser humano, um instinto de conservação. Esse instinto é um efeito da sabedoria divina, porque tem por objetivo evitar que nos retiremos prematuramente da existência material. O fragor das lutas cotidianas, a sobrevivência, os “caprichos” da vida, o trabalho, a família e a esperança no porvir, entre outros fatores, dão sentido psicológico à existência terrestre e fazem com que não a abandonemos.

2. Noção insuficiente da Vida Futura.

Refletir e tentar compreender o porvir são de fundamental importância para aqueles que se dedicam aos estudos espiritistas. Muitas vezes, realizamos uma leitura superficial dos fenômenos de desencarnação na literatura sem nos atentarmos para as entrelinhas. Um sem-número de vezes não conseguimos adestrar a nossa mente à verdade inconteste do Espírito imortal, porque damos mais valor às coisas que nos afetam as impressões sensoriais do que aos fatos espirituais que acompanham o ser humano desde que o primeiro homem habitou a Terra. Dar mais valor ao espírito é a meta do ser humano hodierno. Não se pode mais olvidar essa questão.

3. Educação.

Historicamente o ser humano tem recebido uma educação não muito confortadora a respeito do porvir. Foi-lhe apresentado um paraíso ocioso e entediante, calcado em uma beatitude contemplativa; um inferno eterno e repleto de torturas terríveis; um Deus punitivo, vingativo…, entre outros fatos. Allan Kardec assevera ainda: “Os séculos sucedem-se aos séculos e não há para tais desgraçados sequer o lenitivo de uma esperança e, o que mais atroz é, em nada lhes aproveita o arrependimento. De outro lado, as almas combalidas e aflitas do purgatório aguardam a intercessão dos vivos que orarão ou farão orar por elas, sem nada fazerem de esforço próprio para progredirem”. (Obra citada, pág. 23.)

As práticas exteriores, o batismo para ser salvo, a “compra” de induções que servem de intermédio para gozos eternos etc. correspondem ao que nos foi passado historicamente. Trata-se de uma educação obtusa que nos castra a razão.  E o menor raciocínio leva-nos a crer que não passam de questiúnculas da moralidade inferior do ser humano. Não se coadunam com a prática da caridade pelo indivíduo, com sua transformação moral, com sua contribuição para a edificação de um mundo melhor…

4. Apego aos bens materiais.

O apego aos bens materiais é um reflexo da histórica educação equivocada que temos recebido. Vivemos em um mundo “coisificado”. É mais atrativo ter coisas do que sermos pessoas melhores. Buscamos incessantemente a fortuna, os prazeres sensoriais, a graxa da comida pesada, o álcool etc. Damos valor a coisas tão insignificantes que, sob a nossa ótica errônea, é difícil delimitar a fronteira entre o supérfluo e o necessário.

Gostaríamos de abrir um parêntese para reproduzir a poesia de Fernando Correia Pina que reflete essa situação que vivemos no mundo.

Vejamos: 

Saldo Negativo 

Dói muito mais arrancar um cabelo de um europeu que amputar uma perna, a frio, de um africano. Passa mais fome um francês com três refeições por dia que um sudanês com um rato por semana.
É muito mais doente um alemão com gripe que um indiano com lepra. Sofre muito mais uma americana com caspa que uma iraquiana sem leite para os filhos.
É mais perverso cancelar o cartão de crédito de um belga que roubar o pão da boca de um tailandês. É muito mais grave jogar um papel ao chão na Suíça que queimar uma floresta inteira no Brasil.
É muito mais intolerável o xador de uma muçulmana que o drama de mil desempregados em Espanha. É mais obscena a falta de papel higiênico num lar sueco que a de água potável em dez aldeias do Sudão.
É mais inconcebível a escassez de gasolina na Holanda que a de insulina nas Honduras. É mais revoltante um português sem celular que um moçambicano sem livros para estudar.
É mais triste uma laranjeira seca num kibutz hebreu que a demolição de um lar na Palestina.
Traumatiza mais a falta de uma Barbie de uma menina inglesa que a visão do assassínio dos pais de um menino ugandês e isto não são versos; isto são débitos numa conta sem provisão do Ocidente. 

O canto do poeta português reflete o mundo caótico em que vivemos e a inversão dos valores que cultuamos. O apego aos bens materiais é de tal natureza que somos incapazes (com raras e honrosas exceções) de nos sensibilizar com os nossos irmãos desafortunados. Desde que a situação negativa não nos atinja, tudo está muito bem. Só conhecemos o drama do outro, quando o vivenciamos. E a coisificação da vida terrestre é um óbice a uma melhor compreensão da vida futura.  

Treino para a morte 

O fenômeno da morte é encarado mais negativamente do que com esperança. As cerimônias que a envolvem são repletas de cenas tristes e que de certo modo causam pavor. A ideia de perda rodeia-nos a todo o momento; porém, faz-se mister que essa lúgubre ideia desapareça. A perda não existe. Mas apenas uma breve saudade que acabará tão logo chegue o momento do reencontro ensejado pela morte.

O capítulo “Treino para a morte” presente na obra Cartas e Crônicas, psicografada por Francisco Cândido Xavier, de autoria do Espírito Irmão X, é uma síntese da nossa conduta antes da grande viagem.

Primeiramente, o ínclito comentarista do Além se vê incapacitado para a tarefa de trazer algumas informações importantes para o nosso comportamento antes da desencarnação. Porém, devido aos seus inúmeros textos de beleza incomum, somos inclinados a seguir as suas seguras orientações que apresentamos mais abaixo.

O que almeja Irmão X no texto mencionado é sugerir mudanças ainda cristalizadas em nós e que, de certa maneira, são obstáculos difíceis quando nos encontramos na erraticidade.

Diz-nos ele: “Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros. Os excitantes largamente ingeridos constituem outra perigosa obsessão”. (Obra citada, pág. 22.)

A temática sobre a ingestão ou não de carne já é velha conhecida daqueles que se dedicam aos estudos espiritualistas (1). Todas as nossas idiossincrasias são levadas conosco para o mundo espiritual. Refletir sobre a nossa alimentação e tentar modificá-la, tornando-a melhor, é uma tarefa que não podemos mais postergar.

Afirma com muita propriedade o Espírito Irmão X que nós devemos modificar a nossa alimentação paulatinamente. Quando fazemos apontamentos sobre essa questão da alimentação carnívora em nossos estudos e/ou artigos publicados, recebemos as críticas dos confrades espíritas de que o importante é a transformação moral. É óbvio que os valores morais têm prioridade! Nem discutimos tal questão, mas não podemos ignorar os ensinamentos e recomendações sobejamente divulgados pelos Espíritos benfeitores que fazem tais afirmativas para a nossa própria evolução e melhoria. (Continua na próxima edição.)

Além do que escreveu o Espírito Irmão X, temos ainda, sobre o tema alimentação, a sábia recomendação de Emmanuel, que foi mentor do saudoso Chico Xavier, o qual, na obra “O Consolador”, afirma: “A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes consequências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos”. (Obra citada, questão 129.)

Acreditamos que a assertiva de Emmanuel é bastante clara e objetiva. Os recursos de que necessitamos podem ser encontrados em produtos vegetais. O advento científico e tecnológico propicia ao ser humano hodierno a capacidade de extrair tais recursos da natureza, de onde se segue que não são mais necessárias as terríveis mortes a que são submetidos os pobres animais. Por fim, o Espírito André Luiz, também pela sublime mediunidade de Chico Xavier, na obra “Nosso Lar”, narra-nos os problemas causados pela alimentação no mundo espiritual. Afirma-nos esse Espírito que em um determinado período da história da colônia “Nosso Lar” os recém-desencarnados “queriam mesas lautas, bebidas excitantes, dilatando velhos vícios terrenos”. (Nosso Lar, pág. 55.) Somente um ministério, o denominado “Ministério da União Divina”, manteve-se incólume às tentações das viciações que os Espíritos recém-libertos da indumentária carnal para lá levavam. Em suma, foi preciso um trabalho hercúleo do governador da colônia para organizá-la ante o caos. Houve diversos protestos, tentativa de invasões dos irmãos infelizes que habitavam o Umbral etc. Houve, também, a necessidade da convocação de Espíritos benfeitores que ensinaram os Espíritos recalcitrantes a se alimentarem corretamente e com equilíbrio. 

Desapegar-se dos bens materiais é medida também valiosa 

Alguns amigos já tiveram ensejo de dizer-nos quando exemplificamos o caso de “Nosso Lar”: “Quando eu estiver do outro lado, eu vou me preocupar com isso”. Mas é imperioso entendermos que a morte não traz mudanças extraordinárias. Ao contrário, continuamos a ser o que sempre fomos, só que em outra vibração energética.

Por isso, o alerta desses Espíritos para que tenhamos força de vontade para modificarmos vícios lamentáveis que ainda carregamos, caso contrário teremos grandes dificuldades na erraticidade. Assim, o alcoolismo, o tabagismo, a ingestão carnívora, a sexolatria, a drogadição, os excessos de toda ordem constituem graves obstáculos para evolvimento do recém-liberto.   

Outro apontamento relevante de Irmão X é este: “Se você possui algum dinheiro ou detém alguma posse terrestre, não adie doações, caso esteja realmente inclinado a fazê-las. Grandes homens, que admirávamos no mundo pela habilidade e poder com que concretizavam importantes negócios, aparecem, junto de nós, em muitas ocasiões, à maneira de crianças desesperadas por não mais conseguirem manobrar os talões de cheque”. (Obra citada, pág. 23.)

Trata-se de um alerta importantíssimo, porque nada levaremos de material ao mundo espiritual. Apenas os conhecimentos adquiridos, as amizades ou desafetos, os valores morais, enfim.  Então, por que tanto egoísmo de nossa parte? Enquanto tantos irmãos se debatem com a fome, a sede, o frio na noite caliginosa do mundo, nós nos empanturramos com os nossos excessos; consumimos cada vez mais e mais; acumulamos objetos materiais que muitas vezes não usamos e que ficam esquecidos em nossos armários fadados à destruição do tempo ou das traças…

É um forte apelo desse Espírito para que comecemos a nos desfazer das coisas materiais. E é preferível mesmo que as doações, para aqueles que possuem altas somas em dinheiro ou bens materiais, sejam feitas ainda em vida material, sem consciência de culpa, com desprendimento e amor, para que não haja contratempos desagradáveis quando da grande viagem.

Até mesmo o amor deve ser com moderação. Ele nos diz: “… não se apegue demasiado aos laços consanguíneos. Ame sua esposa, seus filhos e seus parentes com moderação, na certeza de que, um dia, você estará ausente deles e de que, por isso mesmo, agirão quase sempre em desacordo com a sua vontade, embora lhe respeitem a memória”. (Obra citada, pág. 23.)

Este é um ensinamento de difícil execução porque muitas vezes o nosso “amor” é recheado pelo egoísmo. Mas devemos compreender que quem ama verdadeiramente liberta e é capaz de renunciar para a felicidade alheia. Deste modo, o nosso amor deve ser comedido, na certeza de que um dia nos reencontraremos e que também pertencemos a uma família muito maior, sob a égide do Criador.

Por fim, Irmão X nos insta a vivenciarmos a religião que abraçamos, seja ela qual for. A responsabilidade de quem já conhece o caminho do bem é maior e, do outro lado, a consciência será a grande juíza de nossos atos. Ademais, não poderemos alegar falta de conhecimento, porque todas as religiões levam ao Pai, ensinam o amor. Vivenciá-lo na prática constante do bem é a nossa função aqui na Terra. Devemos praticar o bem sem a presunção de querer agradar a todos, porque nem o mestre Nazareno logrou fazê-lo. O trabalho edificante apaga qualquer mágoa, qualquer problema e nos ensina a servir na obra da Criação. Não foi, pois, sem motivo que o preclaro Codificador estabeleceu que “fora da caridade não há salvação!”. 

Inumação ou Cremação? 

Perde-se nas páginas do tempo da Humanidade a origem da cremação. As antigas civilizações realizavam-na respeitando seus respectivos costumes e crenças.

É uma problemática complexa para a sociedade ocidental ainda caracterizada historicamente pela pusilanimidade e o materialismo.

Discussões à parte, compete ao próprio interessado, em vida, realizar o seu pedido avisando formalmente a família e, se possível, registrando-o em cartório. Porém, se não for possível, cabe à vontade familiar o destino dos despojos, respeitando os princípios religiosos, éticos e morais do desencarnado.

No entendimento espírita, sabe-se que se deve dar um tempo considerável nos casos de cremação. No mínimo 72 horas. Porque nem todos os Espíritos se desvencilham facilmente do corpo, o que pode acarretar tormentos no além para a alma ainda pouco evolvida, como se dá com a maioria de nós.

Chegará um dia na evolução terrestre que não mais ocuparemos espaços gigantescos com cadáveres, sob pena de sofrermos os efeitos de tal procedimento (contaminações do solo e dos lençóis freáticos, ocupação de vasta área que poderia ser utilizada para outro fim etc.). Cultuaremos o respeito e o carinho aos que partiram, na intimidade do coração, enviando-lhes bons pensamentos. E eles – os desencarnados – em contrapartida sentir-se-ão bastante felizes em nos verem resignados e compelidos à caridade, porque doaríamos seus pertences aos mais necessitados materialmente, desvencilhando-nos dos atavismos.  

Apontamentos de Elisabeth Kübler-Ross 

A notável psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross foi a precursora do tratamento humanizado aos pacientes terminais. Nasceu ela em 1926, na Suíça. E enveredou-se no campo da Medicina. Foi a partir dela que se começou a pensar sobre a dignidade dos doentes que devassariam o invisível. A sua missão foi dar dignidade aos pacientes e, também, cantar a imortalidade da vida ao meio acadêmico.  

Na obra “A Roda da Vida” encontramos curiosa passagem narrada por ela mesma. Vejamos:

(…) “O mistério logo se esclareceu. Minha amiga e seu marido, um arquiteto conhecido, moravam numa linda casa em estilo espanhol. Assim que entrei, abraçaram-me e demonstraram alívio por eu ter conseguido chegar. Havia alguma possibilidade de que não conseguisse? Antes que tivesse tempo de perguntar qual era o problema, levaram-me para a sala e fizeram-me sentar numa cadeira. O marido de minha amiga sentou-se diante de mim e balançou o corpo para frente e para trás até entrar em transe. Lancei um olhar indagador para minha amiga.

 Ele é médium – disse.

Ao ouvir isso, tive certeza de que a confusão logo se esclareceria e voltei minha atenção para o marido dela. Seus olhos estavam fechados, tinha uma expressão muito séria no rosto e, quando o Espírito tomou conta dele, parecia que tinha envelhecido cem anos.

 Deu certo trazer você até aqui – disse, com uma voz agora estranha, de uma pessoa mais velha, e carregada de urgência.  É fundamental que você não protele mais. Seu trabalho sobre a morte e o morrer está terminado. Agora, está na hora de iniciar sua segunda tarefa.

Escutar pacientes ou médiuns nunca fora problema para mim, mas compreender o que diziam às vezes levava algum tempo.

 O que está querendo dizer, qual é a minha segunda tarefa? – perguntei.

 Está na hora de você dizer ao mundo que a morte não existe – afirmou.

Apesar de saber que a função dos guias é unicamente nos ajudar a cumprir nosso destino e as promessas que fizemos a Deus, eu protestei. Precisava de mais explicações. Precisava saber por que tinham me escolhido. Afinal de contas, era conhecida em todo o mundo como a Mulher da Morte e do Morrer. De que jeito voltaria atrás e diria a todos que a morte não existe?

 Por que eu? – perguntei.  Por que não escolheram um pastor ou alguém assim?

O Espírito demonstrou sinais de impaciência. Observou que tinha sido eu mesma quem escolhera o trabalho que realizaria nesta vida na Terra.

 Estou apenas dizendo a você que está na hora – disse. E em seguida enumerou uma lista enorme de razões pelas quais eu era a pessoa destinada a realizar aquela tarefa: Teria de ser uma pessoa ligada à medicina e à ciência, não à teologia ou à religião, pois estas não fizeram o que deveriam apesar de terem tido oportunidades mais do que suficientes nos últimos dois mil anos. Teria de ser uma mulher e não um homem. E alguém que não tivesse medo. E alguém que tivesse acesso a muita gente e fosse capaz de transmitir a sensação de estar falando pessoalmente com cada um.

 É tudo. Está na hora – concluiu.  Você tem muito o que assimilar.

Isto era indiscutível. Depois de uma xícara de chá, minha amiga, seu marido e eu, esgotados física e emocionalmente, fomos para nossos quartos. Ao ficar só, vi que tinha sido chamada ali por aquela razão específica. Nada acontece por acaso”. (Obra citada, pp. 233 a 235.) 

Os cinco estágios da dor da morte 

A doutora Kübler-Ross estabeleceu em suas pesquisas um modelo que ficou denominado de Modelo Kübler-Ross ou os Cinco Estágios da Dor da Morte:  

  1. Primeiro estágio – Negação ou Isolamento: É um mecanismo de defesa da mente diante da dor da morte. Variam de indivíduo para indivíduo a duração e a intensidade dessa dor e, também, como as pessoas ao seu redor encaram tal situação. É uma defesa do ego. Trata-se de um momento muito delicado que exige uma educação espiritual de todos nós, para que aprendamos a aceitar os Desígnios do Sempiterno.
  2. Segundo estágio – Raiva: É um momento em que o instinto de preservação da vida nos arma, muitas vezes sem sabermos. É um reflexo da nossa educação basal deficiente. É, pois, a agressão com aqueles que estão próximos de nós. É a agressão contra nós mesmos e contra o Criador. É a impotência diante de uma situação inexorável. É o questionamento muitas vezes doentio: “Por que comigo, se tem tanta gente ruim pra morrer?”. É um momento que exige bastante paciência dos familiares e amigos. E, também, varia em sua durabilidade de pessoa para pessoa.  
  3. Terceiro estágio – Barganha: Devido à insegurança psicológica, a pessoa que se encontra às portas da morte deixa-se contaminar pela barganha. Tenta fazer uma “troca” com o Criador. Diante da incapacidade de oferecer-Lhe algo melhor, a pessoa promete dedicar-se à caridade, aos asilos, às crianças carentes, hospitais, igrejas, templos religiosos, abandonar vícios etc. A pessoa implora a Deus para que lhe dê tempo maior sobre a Terra e em troca dar-Lhe-ia uma vida reta na prática do bem.  
  4. Quarto estágio – Depressão: O desânimo, o desinteresse, o choro e outros são reflexos do quadro psicológico denominado depressão. Todos nós sentimos alguma vez em maior ou menor grau esses sintomas diante de uma “perda”. A pessoa que se vê impotente diante da verdade inequívoca da morte passa por esse estágio, que perdura conforme a sua conduta mental e os ensinamentos que porventura tenha recebido.  
  5. Quinto estágio – Aceitação: É um momento de serenidade ante a verdade. A Medicina hodierna vem destinando a sua atenção aos cuidados desses pacientes e seus familiares, para que tenham um momento de tranquilidade e paz; sem desesperação.  (Este artigo continua na próxima edição.)

Em suas pesquisas, Elisabeth Kübler-Ross pôde comprovar também as diversas fases que compõem o fenômeno da morte, a saber: 

  1. Fase um: “As pessoas flutuavam para fora de seus corpos.” (Obra cit., pág. 211.) Nessa fase, as pessoas têm consciência de tudo o que ocorre ao redor. Conseguem descrever os comentários a seu respeito e todos os detalhes da transição; têm uma forma etérea; sentem-se plenas, ou seja, mesmo aquelas que têm algum problema físico (exemplo: paralíticos) conseguem se estabelecer alegremente.   
  2. Fase dois: “Nesse ponto, as pessoas já haviam deixado seus corpos para trás e diziam que se encontravam em um estado de vida depois da morte que só pode ser definido como espírito e energia. Sentiam-se reconfortadas ao descobrir que nenhum ser humano jamais morre sozinho.” (Obra cit., pág. 212.) Essa fase caracteriza-se pela alegria da imortalidade da alma. Pela certeza de que não se morre sozinho, ou seja, sempre temos a companhia a que fizermos jus durante o nosso estágio terrestre. A doutora Ross também afirma nessa passagem que muitos, ao pensarem em seus familiares, viam-se junto deles. Eram transportados com a rapidez do pensamento, o que nos insta a pensarmos com harmonia e amor sobre aqueles que partem e, também, a policiarmos os nossos comentários.  
  3. Fase três: “Guiados por seu anjo da guarda, meus pacientes passavam então para a terceira fase, entrando no que costumava ser descrito como um túnel, ou um portão intermediário, embora as pessoas mencionassem uma grande variedade de outras imagens: uma ponte, um desfiladeiro em uma montanha, um bonito riacho – basicamente o que era mais confortador para cada um. Criavam essas imagens com energia psíquica e, no final, viam uma luz brilhante.” (Obra cit., pág. 213.) A força do nosso pensamento esconde mistérios que ainda não logramos conhecer. Nessa fase, a doutora Ross mostra-nos a importância da nossa casa mental, de almejarmos construções mentais positivas, edificantes. O que nos é confortador é que em suas pesquisas muitos de seus pacientes viram-se diante de seus mentores ou guias espirituais que muito os amavam, demonstrando-lhes a imensidão do Infinito e um amor incondicional, que cada um interpretava à sua maneira, conforme a experiência religiosa que tinha vivenciado na Terra (uns diziam ser esse amor de Buda, outros de Jesus Cristo, outros de Deus etc.). Nessa fase também ocorrem as primeiras visualizações do mundo espiritual, de suas colônias, hábitos, costumes, funcionamento, enfim, sobejamente descritas na literatura espírita. 
  4. Fase quatro: “Nesse estágio, as pessoas passavam por uma revisão de suas vidas, um processo no qual se viam diante da totalidade de suas vidas. Repassavam cada ação, palavra e pensamento. As razões de cada uma de suas decisões, pensamentos e ações tornava-se compreensíveis.” (Obra cit., pág. 214.) Nessa fase, ocorre uma retrospectiva das nossas ações, o que nos faz refletir sobre a relevância de bem utilizarmos o nosso livre-arbítrio. Ou seja, que contribuição podemos dar para o meio em que vivemos? É um momento de pensarmos sobre o tempo de que dispomos aqui na Terra, para quando devassarmos o Infinito termos boas recordações da vida planetária e não criarmos remorsos… O tribunal divino está em nossas consciências. Quando morremos no plano terrestre e adentramos o mundo espiritual somos convidados por essa mesma consciência, onde jazem as leis de Deus, para uma reflexão sobre o tempo que passamos na Terra. Não é, pois, sem sentido a assertiva: “A cada um será dado segundo suas obras”.   

A contribuição de Elisabeth Kübler-Ross ao mundo acadêmico é inegável. Trata-se de experiências belíssimas no contato com seus pacientes e que ficaram legadas em narrativas nos seus diversos livros. Sugerimos a leitura atenciosa de todas as obras dessa mulher extraordinária, para que o leitor tenha uma boa noção do magnífico trabalho por ela realizado, que por questões óbvias não pudemos dissecar da forma que gostaríamos.  

Apontamentos de Raymond Moody 

Raymond Moody, renomado pesquisador norte-americano, trouxe valorosas contribuições para o pensamento acadêmico. Suas principais ideias estão nos livros “A Vida Depois da Vida” e “A Luz que vem do Além”. O primeiro tornou-se best-seller bastante premiado. Suas pesquisas recaíram sobre as pessoas que estiveram à beira da morte, mas que por vários motivos conseguiram retornar à vida material. Ele denominou tal fenômeno de Experiência de Quase-Morte. Tal acontecimento é caracterizado por um conjunto de experiências por ele detectadas junto aos diversos pacientes que atendeu ou observou.

Uma ou mais características corroboram o fenômeno de Experiência de Quase-Morte, ou seja, não há a obrigatoriedade de acontecerem em sequência ou que todas aconteçam.

Vejamos essas sintomatologias constatadas por Raymond: 

  1. Sensação de estar morto: “Muitas pessoas não percebem que a experiência de quase-morte que estão vivenciando está ligada à morte. Elas se veem flutuando acima do seu corpo, olhando para ele a uma certa distância, e, de repente, sentem medo e/ou confusão.” (Obra citada, pág. 20.) Essa confusão ou receio é fruto do desconhecimento da existência espiritual. Ainda carecemos da educação para a imortalidade da vida. O que o Dr. Raymond detectou em suas pesquisas não são propriamente “descobertas”. Ele deu uma nova roupagem para o meio acadêmico, ainda bastante rígido. Vale, portanto, considerar que, devido à sensibilidade maior ou menor de diversas pessoas, elas podem, sim, desdobrar-se e ver-se fora do corpo, e até mesmo dar detalhes de tudo o que se passa no ambiente.  
  2. Paz e Ausência de Dor: “Enquanto o paciente está encarnado, frequentemente pode haver dor intensa. Mas quando os ‘fios são cortados’ há uma sensação real de paz e ausência de dor.” (Obra cit., pág. 22.) Os fios energéticos que unem o corpo material e o perispírito não são “cortados”, caso contrário teríamos a morte de fato. Esses fios são “afrouxados” e o ser que passa por tal experiência sente-se com maior lucidez e liberdade, porque vivencia ainda que palidamente as delícias do espírito. Desse modo, e levando-se em consideração a bagagem moral de cada um, tem-se a ausência de dor. Porque a dor ocorre, predominantemente, na matéria. A dor do Espírito é moral.  
  3. A Experiência de sentir-se fora do corpo: “Frequentemente, quando o médico diz ‘Nós o perdemos’, o paciente passa por uma mudança completa de perspectiva. Ele se sente levantar e pode ver o próprio corpo abaixo dele.” (Obra cit., pág. 22.) Já mencionamos no item 1 o porquê disso. Reforçamos ainda que devido à força de vontade do paciente é possível deslocar-se para qualquer lugar. Assim, há experiências de pessoas que desejavam muitíssimo ir para a sala de espera, onde estavam os familiares, e eram capazes de descrever tudo o que ocorria, com impressionante riqueza de detalhes.   
  4. A Experiência do Túnel: “A experiência do túnel geralmente acontece depois da separação do corpo. (…) as pessoas passam pelo ‘corte das amarras’ e pela ‘experiência de estar fora do corpo’ antes de realmente perceberem que isso tudo está relacionado à morte.” (Obra cit., pág. 23.) Essa experiência é a mais famosa descrita por Raymond Moody. Grande parte daqueles que passaram pela EQM afirma experimentar tal sensação, que se configura não só como um túnel, mas também de outras formas, como escadas, pontes etc.  
  5. Pessoas de Luz: “Depois de atravessar o túnel, a pessoa geralmente encontra Seres de Luz. Esses seres não são feitos de luz comum. Eles brilham com uma luminosidade linda e intensa, que parece permear tudo e encher a pessoa de amor.” (Obra cit., pág. 24.) A luz dessas pessoas, característica dos Espíritos benevolentes, não causa constrangimento ao ser que sofre uma EQM e tem oportunidade de encontrá-los. Ao contrário, essa luz é confundida com o amor. São seres que se preocupam com a harmonia interior do indivíduo e o infundem de alegria e paz.   
  6. O Ser de Luz: “Depois de encontrar vários Seres de Luz, a pessoa que passa por uma EQM encontra um Ser Supremo de Luz.” (Obra cit., pág. 25.) Dependendo da formação religiosa do indivíduo, esse Ser de Luz recebe uma denominação, por exemplo, Jesus, Deus, Buda, Alá etc. O fato é que esse Ser de Luz transmite uma paz e um amor totais. Todos os que têm a oportunidade de vê-lo não querem mais sair do seu lado. Poderíamos dizer que esse Ser de Luz é o mentor da pessoa, a qual, afinizada por recônditos laços de fraternidade e amor, sente-se muito querida. Esse mentor é o responsável por dar direcionamento à vida dessa pessoa, como, por exemplo, retornar ou não ao corpo físico, realizar uma revisão da romagem terrestre etc.   
  7. A Revisão da Vida: “Quando a revisão da vida acontece, não há mais nenhuma ambientação física. No lugar, há uma revisão panorâmica da vida num plano tridimensional, totalmente colorido, onde a pessoa pode rever cada uma das coisas que fez em sua vida.” (Obra cit., pág. 25.) Além dessa revisão mental dos fatos da vida, a pessoa é capaz de sentir os efeitos de suas ações. Se realizou o bem para alguém, sente a alegria e a paz interior. Se causou o mal por meio de uma palavra, de um gesto ou atitude, tem a mesma sensação da pessoa ofendida. Assim, encontramos um juiz dentro de nós mesmos chamado de consciência. Essas análises causam significativas mudanças nas pessoas que sofreram uma EQM.  
  8. Ascensão Rápida ao Céu: “Devo dizer que nem todas as pessoas que têm uma EQM passam pela experiência do túnel. Algumas relatam uma sensação de ‘flutuar’ na qual elas sobem rapidamente aos céus, vendo o universo de uma perspectiva possível apenas para satélites e astronautas.” (Obra cit., pág. 26.) Cada experiência é “sui generis” e a sensação de ascensão rápida ao céu é o resultado natural das propriedades do perispírito, que, devido à sua textura fluídica, torna exequível a volitação, ainda que a pessoa que passa pela EQM não saiba dizer como se processa tal fenômeno. Muitas vezes ela encontra o suporte de benfeitores amigos que a transportam para regiões elevadas, fora do orbe terrestre.  
  9. Relutância em Voltar: “Para muitas pessoas, a EQM é tão agradável que elas não querem voltar. Como consequência, costumam ficar muito bravas com seus médicos por trazê-las de volta.” (Obra cit., pág. 27.) Após conhecerem, ainda que palidamente, as belezas do mundo espiritual e a fraternidade que reina entre seus habitantes, as pessoas não querem mais voltar ao mundo de dor, lutas e sofrimentos que é a Terra. São, porém, movidas por uma estranha energia no sentido de modificar comportamentos para melhor acertarem e conquistarem novamente esse Eldorado do espaço. 
  10. Tempo e Espaço Diferentes: “… as pessoas que passaram por uma EQM dizem que o tempo é altamente comprimido e nada semelhante ao tempo que observamos em nossos relógios. Essas pessoas o descrevem como ‘estar na eternidade’.” (Obra cit., pág. 28.) Por devassarem outra dimensão, diferente em diversos aspectos da nossa, a questão da temporalidade também é diferente. Cada dimensão espiritual apresenta o seu tempo específico.  

Considerações finais sobre Raymond Moody.

Ele constatou que em alguns casos, muito menos frequentes, algumas pessoas que sofreram EQM puderam visualizar o futuro. Assim, seriam capazes de dizer tudo o que aconteceria consigo mesmas ou ainda teriam a sensação de já terem vivenciado determinadas situações (déjà vu). Esses casos são bastante raros, mas já foram registrados na literatura desse pesquisador e de outros que estudaram a mesma temática.

Outro fato importante é a mudança profunda que a EQM causa nas pessoas que a vivenciaram. As pessoas voltam com valores renovados, procuram amar incondicionalmente todas as manifestações de vida e, também, procuram conhecer ao máximo, ou seja, matriculam-se em cursos, procuram ler avidamente (mesmo que não gostassem antes da leitura), enfim.

Afirmam que somente o amor e o conhecimento são o que verdadeiramente levamos para a outra dimensão. Corroboram, portanto, as assertivas do Espírito de Verdade quando disse para amar-nos e instruir-nos. Bem como Emmanuel e outros que afirmam que o sentimento e a razão são as duas asas que nos levarão ao Criador.  

A contribuição de Raymond Moody ao mundo acadêmico foi e continua sendo bastante preciosa. Ele foi, juntamente com Kübler-Ross, um dos responsáveis pela disseminação da imortalidade da vida no mundo científico. Graças a ambos e outros tantos a ciência começa a atentar para tais verdades. Quem desejar estudar mais a respeito da temática deve lê-lo, porque ele nos traz ensinamentos valorosos.

O consolador – Especial

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