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Se o amor fosse ensinado

Autor: Marcus De Mario

Viajando pelo mundo para divulgar sua sensacional ideia dos Doutores da Alegria e a humanização dos hospitais, o médico Patch Adams, que ficou famoso graças ao filme biográfico estrelado pelo ator Robin Williams, em entrevista fez uma declaração sobre a escola e a educação, nos seguintes termos: “Todo mundo fala que o amor é a base da educação, mas nunca encontrei uma escola que ensinasse o amor”.

Refletindo sobre essa frase, deparamo-nos num ônibus com alunos da rede pública de ensino fundamental deslocando-se para a escola. Entraram numa grande algazarra, muitos pela porta de trás, sem passar pela roleta, ou seja, sem utilizar o cartão que todos deveriam possuir e utilizar; ficaram “zoando” os passageiros e pedestres; amontoaram-se na parte de trás, dificultando a saída dos passageiros; falavam alto, com palavrões e insinuações de duplo sentido, enfim, fizeram da viagem um verdadeiro inferno, testando a paciência dos que se deslocavam para seus compromissos. Estão na escola, possuem família, mas parece que não sabem respeitar o próximo e, portanto, não sabem amá-lo.

Se vamos falar com eles, mesmo que educadamente, com todo o respeito, somos recebidos com indiferença e indolência, isso quando não recebemos ameaças por estarmos incomodando-os, entrando no espaço deles. Arrogam-se o direito de fazer o que querem, afinal o espaço é público. Não estão nem aí com os outros, pois importam-se apenas consigo mesmos. Em tudo assistimos o individualismo exacerbado, o egoísmo predominando. Elegem direitos, mas não cumprem com os deveres de civilidade. Arrogam liberdade, mas não assumem as responsabilidades da convivência social. Então, perguntamos, o que a educação está fazendo? Quem está falhando: a família ou a escola?

Os pais dirão que a falha está na escola da atualidade, pois essa escola, seja ela pública ou privada, não educa, apenas instrui, e muito mal. Os professores dirão que a falha está na família dos dias de hoje, que dá liberdade demais aos filhos, não dá bons exemplos e joga toda a responsabilidade da educação para a escola. Afinal, quem está com a razão?

Nossa experiência e os estudos feitos a respeito mostram que o problema está em duas questões: primeiro, que família e escola devem ser parceiras, pois a responsabilidade de educar pertence a ambas, não é mais possível ficarem cada uma de um lado e em plena guerra; segundo, que educação é muito mais que instrução, e vai muito, muito além, de trabalhar conteúdos curriculares e formar profissionais disso ou daquilo.

É por tudo isso que imaginamos o quanto seria bom se a escola e a família se preocupassem com as regras de ouro da educação, ou seja, com fazer com que a criança, desde cedo, aprendesse a fazer ao outro somente o que gostaria que o outro lhe fizesse, e aprendesse a se amar e amar ao próximo.

O doutor Patch Adams detectou isso no contexto da escola, que ampliamos igualmente para o contexto da família. Podemos imaginar como seria nossa sociedade se ensinássemos o amor às novas gerações?

Se o amor fosse ensinado, e não se trata apenas de teoria, como tudo seria diferente!

Nota Juventude Espírita

O autor deste artigo é consultor educacional, divulgador espírita e escritor, com mais de 35 livros publicados. Para se aprofundar na temática educação, recomendamos a leitura dos livros abaixo:

Escola do Sentimento:

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Pedagogia da Sensibilidade:

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