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Desafios do voluntariado no século XXI: Comece pela família

Autor: Maurício Moura

Frequentemente encontramos irmãos em pleno exercício do trabalho voluntário que nos afirmam passar muito tempo na ação, porque não suportam ficar em casa. Os familiares lhes são um peso.

Trabalham visitando doentes nos hospitais, servem a sopa aos necessitados, cuidam da limpeza da casa espírita, realizam atendimento fraterno, dentre muitas outras tarefas.

Observando nosso próprio comportamento, bem como o de nossos companheiros, a nos servirem de preciosas lições, temos concluído que, ao realizarmos o trabalho junto às comunidades, não somos de fato completamente responsáveis. Pois “o doente, o faminto, o problemático não são nossos”. Podemos nos livrar deles, tão logo se tornem um fardo pesado.

Como sabemos que em breves minutos estaremos livres de sua presença, suportamos às vezes a ingratidão e a falta de educação, com um sorriso no rosto e a maior paciência.

Fato é que, mesmo no decorrer de anos ou décadas, acabamos por vezes não aplicando as valiosas lições do trabalho voluntário em nossa vida pessoal. Assim, não levamos esse comportamento para dentro do núcleo familiar. Não exemplificamos.

Em casa, ao menor sinal de contrariedade, nos revelamos. Não somos capazes de servir com generosidade um prato de sopa ao cônjuge adoecido. De preparar um lanche, sem reclamar, para o filho que trabalhou o dia todo, foi direto para a Universidade e chegou tarde da noite faminto. Ao contrário, reclamamos! Contudo, a eles estamos ligados por laços de família, com quem podemos ser nós mesmos, pois eles nos são íntimos e a separação seria difícil, dolorosa e constituiria uma atitude extrema. Sendo assim, dessa relação não há como fugir.

Escolhemos, então, exercitar a benevolência fora de casa por meio de trabalhos voluntários.

Em casa, somos responsáveis. Não há como fugir.

Ainda por vezes, nos perguntamos: por que, depois de tanto tempo na doutrina espírita, não conseguimos que nenhum dos parentes próximos nos seguisse?

Não são loucos! Olham-nos e não encontram nada de bom. Se essa é a ideia que passamos, não poderemos esperar que nos sigam.

Ainda corremos o risco de ouvir: “Antes ele era somente chato. Agora também é arrogante”. Portanto, sejamos voluntários! Comecemos pela família.

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