Assédio não é charme. É invasão.
E sério: ninguém tá curtindo isso.
Já deu, né?
Chegar junto com respeito é top.
Agora, forçar, encostar, insistir ou comentar o corpo alheio sem convite…
Isso não é paquera, é assédio.
E não tem nada de engraçado nisso.
O bagulho é sério, sim. Olha os números
Brasil:
- 75% das mulheres nas grandes cidades já sofreram assédio sexual.
- 41% foram assediadas na rua.
- 19%, no trampo.
- 7%, em apps de transporte.
- No ambiente de trabalho, 81% das vítimas que denunciaram eram mulheres.
- E o mais chocante? 92% não denunciam. Medo e vergonha ainda falam mais alto.
No mundo:
- Quase 50% das médicas relataram assédio por pacientes.
- Na política, 60% das parlamentares enfrentam discurso de ódio e ataques online.
- Na Ásia-Pacífico, 76% das deputadas já sofreram violência psicológica.
E não é mimimi. É realidade.
Entenda de uma vez por todas: o que é assédio?
É quando você:
- Encosta sem permissão
- Comenta o corpo de alguém sem intimidade
- Manda nude sem ser pedido
- Fica seguindo ou cercando alguém
- Insiste mesmo depois do “não”
Se rolou desconforto, medo ou vergonha – já foi longe demais.
“Mas era só um elogio…”
A real: se a pessoa não pediu, não curtiu ou não respondeu,
não é elogio — é assédio.
Dica de respeito
Quer elogiar? Pergunta antes:
“Posso te fazer um elogio?”
Simples assim. Se rolar, beleza. Se não, segue o baile.
Respeito é chave. Paquera boa é com consentimento
- Se o interesse é recíproco, a vibe flui.
- Se só você tá insistindo, já virou pressão.
Aliás, insistir depois do “não” não é persistência. É abuso.
“Mas eu nunca fiz isso…”
Show! Mas você já viu? Já ficou calado?
Ser aliado é cortar o amigo machista, ajudar quem tá em apuros,
e entender que respeito se pratica junto.
Bora quebrar uns mitos?
| Mito | Realidade |
|---|---|
| “Se ela tá com roupa curta, tá pedindo” | Roupa nunca é convite. Respeito sempre. |
| “Se eu elogiar educado, tá tudo certo” | Nem sempre. Se ela não quiser, você para. |
| “Na internet vale tudo” | Assédio online também é crime. Print existe. |
| “Mas foi só uma piada” | Piada que machuca não tem graça. |
Tutorial do respeito no rolê
- Leia os sinais. (Se ela se afastou, não tá afim.)
- Não insista. (Um “não” não precisa de explicação.)
- Não encoste. (Corpo alheio não é público.)
- Elogio só com abertura.
- Respeite o espaço — físico e virtual.
Como puxar o papo sem ser invasivo?
- “Oi, posso conversar um pouco com você?”
- “Tudo bem? Achei seu estilo legal.”
- “Curte estar aqui ou veio arrastado(a)?”
É leve, é respeitoso, e abre espaço sem pressão.
Por que isso importa?
- Porque toda mulher tem o direito de existir sem medo.
- Porque assédio mina a autoestima e liberdade.
- Porque respeito não é moda: é base de qualquer relação.
Bora espalhar a mensagem?
- Compartilha atitudes boas.
- Marca os brothers que dão exemplo.
- Faz seu rolê virar zona de segurança.
E o que o Espiritismo tem a ver com isso?
O Espiritismo nos lembra que o respeito ao próximo é base essencial para uma sociedade mais justa e fraterna. Quando falamos de assédio, falamos de uma quebra grave desse respeito — algo que fere os princípios de amor e empatia que a doutrina nos ensina.
Cada pessoa, como espírito em jornada de crescimento, merece ser tratada com dignidade. O assédio é uma agressão direta a essa dignidade. Por isso, é nosso dever cultivar o respeito, valorizar o consentimento e promover relações baseadas no entendimento e no cuidado mútuo.
Fontes
ONU Mulheres
IBGE – Estatísticas de Gênero
KPMG – Mapa do Assédio 2024
UOL Universa – Relatório sobre assédio no trabalho
OMS – Dados globais sobre violência de gênero
Inter-Parliamentary Union Report (2025)
Allan Kardec — O Evangelho segundo o Espiritismo (FEB, 2020)
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