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Escola investe em livros e participação

Autor: Marcus De Mario

Transcrevemos abaixo parte de reportagem do G1, com mais um exemplo de escola de qualidade. Quando direção e professores querem, é possível acontecer.

“A escola pública municipal Ana Araújo, localizada no município de Alfredo Chaves, na região Litoral Sul do Espírito Santo, foi a que apresentou a nota mais alta entre as instituições do estado, segundo a avaliação feita pelo Ministério da Educação (Mec), por meio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011. Mesmo sem equipamentos tecnológicos, a nota da escola ficou acima da média nacional, com 7,1 pontos até a 4ª série e 5,2 pontos até a 8ª série. Os professores usam a criatividade para levar os estudantes ao bom desempenho.

Para a professora de português Ana Claret, o segredo do sucesso da instituição está no tamanho das turmas, com um máximo de 30 alunos, e na participação em sala de aula. “Eu deixo que eles construam e depois faço minhas inferências. Conhecendo bem cada um, consigo trabalhar de forma diferente com os alunos e aproveitar ao máximo aquilo que eu sei e encontrar um caminho para alcançar esse estudante”, disse.

Segundo os próprios alunos, a interação e o interesse durante as aulas são bastante proveitosos. “A gente lê muito, a professora cobra isso da gente. Se a gente não entende alguma coisa, ela explica de novo, ela é muito legal”, disse o estudante Rodrigo Piccoli, de 11 anos.

Sem o auxílio de equipamentos tecnológicos, o que há de sobra na escola Ana Araújo é a criatividade. De acordo com a instituição, 100% dos alunos até 8 anos de idade sabem ler, escrever e interpretar. O resultado satisfatório vem de ideias simples, como o “Cantinho da Leitura” e a “Maleta Viajante”.

“No caso da maleta viajante, os alunos são sorteados e todos os dias alguém leva a maleta para casa, junto com um livro de história e o caderno de registros. Eles fazem esse registro e apresentam na aula no dia seguinte”, explicou a professora Cibele Destefani.

Alguns alunos já têm até mesmo livros publicados. “Foi um trabalho final, e eles se sentiram importantes, verdadeiros ‘Jorge Amado’ da vida. Espalhamos esses livros pelas bibliotecas e eles também puderam levar para casa”, disse a professora Silvia Piccoli”.

Nessa escola, a matemática não é um bicho-papão. Segundo os educadores, a média das notas é acima de 8,0 pontos. “A minha aula não é forçada, dou aula em um clima de amizade. Primeiro escuto as dúvidas dos alunos para depois desenvolver a aula em cima disso”, explicou a professora Priscila Costa, frisando que o clima das aulas ficou melhor depois que a barreira aluno/professor foi quebrada.

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