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O Espiritismo e o futuro

Autor: Altamirando Carneiro

Quando me iniciei no Espiritismo, era muito comum citar-se a frase: “O Espiritismo vencerá com os homens, sem os homens e apesar dos homens”. Eu dizia de mim, para mim mesmo: “Vou esperar para ver”. E realmente, de lá para cá, a aceitação e consequentemente o progresso da Doutrina Espírita aconteceu, a olhos vistos.

No capítulo VIII – Lei do Progresso de O Livro dos Espíritos, questão 798, Allan Kardec pergunta: “O Espiritismo se tornará uma crença comum ou será apenas a de algumas pessoas?”
A resposta dos Espíritos: “Certamente ele se tornará uma crença comum e marcará uma nova era na História da Humanidade, porque pertence à Natureza e chegou o tempo em que deve tomar lugar nos conhecimentos humanos. Haverá, entretanto, grandes lutas a sustentar, mais contra os interesses do que contra a convicção, porque não se pode dissimular que há pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor próprio e outras por motivos puramente materiais. Mas os seus contraditores, ficando cada vez mais isolados, serão afinal forçados a pensar como todos os outros sob pena de se tornarem ridículos”. 
Após esta resposta, Allan Kardec faz um comentário a respeito, onde diz que as ideias se transformam com o tempo e não repentinamente. Assim acontece com o Espiritismo. Mas sua marcha é mais rápida que o Cristianismo, porque é o próprio Cristianismo que lhe abre as vias sobre as quais ele se desenvolve. Assim, o Cristianismo tinha de destruir e o Espiritismo só tem de construir. 

O livro Obras Póstumas, editado após a desencarnação de Allan Kardec, que aconteceu em 31 de março de 1869, há a comunicação assinada por UM ESPÍRITO, que diz que “O Espiritismo está destinado a representar importante papel na Terra; cabe-lhe reformar a legislação, por via de regra contrária às leis divinas, cabe-lhe retificar os erros da história e apurar a religião do Cristo, transformada, nas mãos dos padres, em comércio e em vil tráfico. Instituirá a verdadeira religião, a religião natural, a que parte do coração e vai, diretamente a Deus, sem dependência das obras da sotaina ou dos degraus do altar. Extinguirá para sempre o ateísmo e o materialismo, a quem tem sido arrastados certos homens pelos abusos constantes dos que se dizem ministros de Deus e pregam a caridade com uma espada em cada mão sacrificando à sua cobiça e ao espírito de denominação os mais sagrados direitos da humanidade”.

Allan Kardec anotou seis períodos para  o Espiritismo:  período da curiosidade, como  aparecimento das mesas girantes, na França, por volta de 1850; período filosófico, que teve início com o aparecimento de O Livro dos Espíritos, em Paris, França, em 18 de abril de 1857; período da luta, com o auto de fé de Barcelona, em 9 de outubro de 1861, quando trezentos livros espíritas foram queimados em praça pública, em Barcelona, Espanha; período religioso, que surge do enfrentamento dessa luta; período intermediário,  como consequência natural do período anterior; e, por fim, o período da renovação social.

Revista Espírita de junho de 1863 – O futuro do Espiritismo -, mensagem ditada por um filósofo do outro mundo, recebida em Lyon, em 21 de setembro de 1862, (médium Sra. B…), fala da situação da Terra e do grau dos seus habitantes, num período de grande adiantamento. Diz a mensagem que, quando os homens estiverem conscientes das leis imutáveis de Deus e das leis de causa e efeito, pensarão duas vezes antes de cometerem um ato censurável; quando, pelos conhecimentos espíritas, o criminoso tiver consciência da sorte que o espera, recuará ante a ideia do crime, certo de que Deus tudo vê e que o crime, ainda que fique impune na Terra, ele o terá, pelas leis espirituais, que pagar um dia. Então todas as falhas odiosas, que vêm, vez por outra, trazer a sua marca indelével à fronte da humanidade, desaparecerão para dar lugar à concórdia e à fraternidade que há séculos são pregadas. A legislação humana será abrandada na proporção do melhoramento moral. Assim regenerado, o homem poderá se ocupar mais com seu progresso intelectual.  Não mais existindo o egoísmo, as descobertas científicas se desenvolverão rapidamente.

O consolador – Ano 15 – N 753 – Artigos

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