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Tipos de Espíritas

Autora: Claudia Schmidt

Em O Livro dos Médiuns (1), há importantes informações sobre os tipos de espíritas, de acordo com o grau de entendimento e a vivência dos princípios espiritistas:

Espíritas sem o saberem

Embora nunca tenham ouvido falar da Doutrina Espírita, têm o sentimento inato de seus postulados, expresso em palavras e pensamentos; nesses indivíduos, o Espiritismo está presente e, embora não o reconheçam, crêem em Deus, na imortalidade da alma, na reencarnação, na pluralidade dos mundos habitados, na lei de causa e efeito, entre outros princípios espíritas.

Espíritas experimentadores

Para esses o Espiritismo é uma ciência de observação de fatos curiosos, que são as manifestações mediúnicas. Interessam-se apenas pelos fenômenos científicos, sem se aterem à parte filosófica e religiosa da Doutrina. Muitas vezes, por ignorância de dirigentes espíritas, participam de sessões mediúnicas, em completo despreparo espiritual e intelectual.

Espíritas imperfeitos

Creem nos postulados espíritas; compreendem e admiram a parte filosófica e moral, mas continuam orgulhosos, materialistas e egoístas. Muitos são trabalhadores das Casas Espíritas. Não são, porém, engajados e comprometidos com sua própria reforma moral.

Espíritas exaltados

Entusiastas, deslumbram-se com a Doutrina Espírita, esquecendo-se de que a fé deve ser raciocinada. São presas fáceis dos mistificadores (encarnados e desencarnados), que deles se aproveitam para denegrir e ridicularizar a Doutrina e seus adeptos. Aqui também se encontram aqueles que, iniciantes na crença espírita, tentam “converter” todos os parentes e amigos, esquecendo-se de que cada Espírito tem o seu momento e modo de despertamento espiritual.

Espíritas cristãos (ou verdadeiros espíritas)

Estudam e vivenciam os postulados espíritas em sua plenitude. Cientes da transitoriedade da vida terrena aproveitam a encarnação atual como alavanca para a evolução espiritual. Esforçam-se para reprimir suas más tendências, realizando sua reforma íntima. A caridade é a expressão de sua crença, embasada nos ensinamentos do Mestre Jesus.

A partir da aceitação dos postulados espíritas como ciência, religião e filosofia de vida, não cabe mais a afirmativa: Estou tentando ser espírita. É preciso coragem e determinação para assumir perante si mesmo e os outros: Sou espírita. Um espírita cristão, que vivencia os preceitos espíritas, demonstrando que a crença na Doutrina Espírita elucida o sentido e a razão da existência espiritual.

Referências

(1) KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 35 ed. Araras, SP. IDE. Primeira parte. Capítulo III, itens 27 e 28.

O consolador – Ano 2 – N 85 – Artigos

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