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6 – O tríplice aspecto do Espiritismo

Noções Gerais – Aula: 6

Sumário

  • Como Kardec define o Espiritismo
  • Os aspectos sob os quais o Espiritismo se apresenta
  • Em seu aspecto filosófico, quais as características apresentadas pelo Espiritismo
  • O Espiritismo é ou não uma religião?
  • Os fatos espíritas e sua importância na validação do ensino espírita

O Espiritismo é a ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos

1. São de Allan Kardec estas palavras que definem com clareza o que é o Espiritismo:

“O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações. Podemos defini-lo assim: O Espiritismo é a ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”. (“O que é o Espiritismo”, Preâmbulo.)

2. Em vista disso, constituindo a Doutrina Espírita um corpo de princípios filosóficos e éticos, apoiados na experimentação científica, apresenta ela três notórios aspectos: o científico, o filosófico e o moral ou religioso.

3. Sabe-se que a filosofia nasce quando o homem pergunta, interroga, cogita, deseja saber o “como” e o “porquê” das coisas, dos fatos, dos acontecimentos. O caráter filosófico do Espiritismo está, portanto, no estudo que ele faz do homem, de seus problemas, de sua origem e de sua destinação. Que somos? Donde viemos? Para onde vamos? – eis as clássicas perguntas que a filosofia espírita responde com notável clareza.

4. Esse estudo leva ao conhecimento do mecanismo da vida e das relações dos homens com aqueles que já se despediram deste mundo, estabelecendo as bases desse relacionamento permanente e demonstrando a existência inquestionável de Deus, a Inteligência Suprema e Causa Primária de todas as coisas, que a tudo comanda inteligentemente.

5. Definindo as responsabilidades dos Espíritos, quando encarnados ou na vida espiritual, o Espiritismo é filosofia, uma regra moral de vida e de comportamento para os seres inteligentes da Criação.

É o Espiritismo uma religião?

6. O Espiritismo é, no sentido filosófico, uma religião. Assim o disse Kardec em memorável discurso publicado na “Revista Espírita” de dezembro de 1868; mas não se constitui, no sentido comum, em mais uma religião, visto que não possui cultos instituídos, igrejas, rituais, dogmas, mitos ou crendices, nem tampouco hierarquia sacerdotal. Eis o trecho do discurso a que nos referimos:

“Se assim é, dir-se-á, o Espiritismo é, pois, uma religião? Pois bem, sim! sem dúvida, Senhores; no sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e disto nos glorificamos, porque é a doutrina que fundamenta os laços da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre as bases mais sólidas: as próprias leis da Natureza.

Por que, pois, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Pela razão de que não há senão uma palavra para expressar duas ideias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; que ela desperta exclusivamente uma ideia de forma, e que o Espiritismo não a tem. Se o Espiritismo se dissesse religião, o público não veria nele senão uma nova edição, uma variante, querendo-se, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com um cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das ideias de misticismo, e dos abusos contra os quais a opinião frequentemente é levantada.

O Espiritismo, não tendo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não se poderia, nem deveria se ornar de um título sobre o valor do qual, inevitavelmente, seria desprezado; eis porque ele se diz simplesmente: doutrina filosófica e moral.” (Revista Espírita de dezembro de 1868.)

Os fenômenos espíritas são a substância mesma da ciência espírita

7. No entendimento de Emmanuel, é no aspecto religioso do Espiritismo que repousa sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus, estabelecendo a necessidade da renovação definitiva do homem, em face do seu imenso futuro espiritual.

8. O Espiritismo passa da filosofia à ciência quando confirma, pela experimentação, os conhecimentos filosóficos que prega e dissemina. Se, como filosofia, trata do conhecimento ante a razão, indaga dos princípios e perscruta o Espírito, como Ciência ele os prova.

9. Os fatos ou fenômenos espíritas são a substância mesma da ciência espírita, cujo objeto é o estudo e o conhecimento desses fenômenos, para fixação das leis que os regem. Em seu aspecto científico, ele demonstra experimentalmente a existência da alma e sua imortalidade, principalmente por meio do intercâmbio mediúnico entre os encarnados e os desencarnados.

10. No seu aspecto científico e filosófico – diz Emmanuel – a Doutrina Espírita será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos de natureza intelectual, que visam ao progresso da Humanidade.

Questões para fixação da leitura

1. Como Kardec define o Espiritismo?

O Espiritismo é a ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.

2. Quantos e quais são os aspectos sob os quais o Espiritismo se apresenta?

Três são os aspectos: científico, filosófico e moral ou religioso.

3. Em seu aspecto filosófico, quais as características apresentadas pelo Espiritismo?

O caráter filosófico do Espiritismo deriva do estudo que ele faz do homem, de seus problemas, de sua origem e de sua destinação. Que somos? Donde viemos? Para onde vamos? Eis as clássicas perguntas que a filosofia tradicional sempre formulou e a filosofia espírita responde com notável clareza.

4. É correto dizer que o Espiritismo é uma religião? Como Kardec se posicionou ante essa pergunta?

Sim. O Espiritismo é, no sentido filosófico, uma religião. Assim o disse Kardec em memorável discurso publicado na “Revista Espírita” de dezembro de 1868; mas não se constitui, no sentido comum, em mais uma religião, visto que não possui cultos instituídos, igrejas, rituais, dogmas, mitos ou crendices, nem tampouco hierarquia sacerdotal. Consideramo-lo religião, quando estabelece um laço moral entre os homens, conduzindo-os em direção ao Criador, mediante a vivência dos ensinamentos morais do Cristo.

5. Os fatos ou fenômenos espíritas têm alguma importância no estudo do aspecto científico do Espiritismo?

Evidentemente. Os fatos ou fenômenos espíritas são a substância mesma da ciência espírita, e seu objeto é o estudo e o conhecimento desses fenômenos, para fixação das leis que os regem. Em seu aspecto científico, ele demonstra experimentalmente a existência da alma e sua imortalidade, principalmente por meio do intercâmbio mediúnico entre os encarnados e os desencarnados.

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Nota Juventude Espírita

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