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A consciência e o dever moral

Autora: Teresinha Olivier

O dever é o conjunto de leis morais que regem a conduta do homem primeiramente em relação à sua própria consciência, nas suas relações com seus semelhantes, com a natureza em geral e com o universo, do qual faz parte.

Portanto, o dever moral é a harmonização do nosso modo de pensar, de sentir e de agir às leis universais criadas por Deus, tendo em vista o nosso crescimento como espíritos imortais que somos.

Pelas leis universais, o dever é uno e imutável, é o cumprimento da lei divina, e envolve um conjunto de procedimentos: é o bem, é a prática da justiça, da benevolência, do amor, da solidariedade, porém, é cultivado de acordo com o nível de despertamento da consciência, da capacidade de compreensão, enfim, do grau de elevação moral.

 Quanto mais elevado é o espírito, encarnado ou desencarnado, mais feliz ele se sente em cumprir com seus deveres morais, mesmo que sacrifícios sejam exigidos dele, porque entende que a felicidade verdadeira está intimamente relacionada com a paz de consciência e está intimamente ligada ao cumprimento do dever, principalmente do dever moral.

Quanto mais atrasado moralmente é o espírito, mais pesado e desagradável é para ele o dever, porque, no seu entendimento ainda bastante deficiente das leis universais criadas por Deus, ou a sua má vontade em se ajustar a essas leis, o que mais tem valor para ele é o seu direito ao prazer e às facilidades, é a satisfação dos seus interesses imediatistas, enquanto o sacrifício que o dever muitas vezes impõe, é difícil e indesejado.

Somos espíritos imortais, reencarnados e em evolução, cada passo que damos em direção ao crescimento espiritual, nossa consciência vai se tornando mais desperta, nossas responsabilidades vão ficando mais patentes, nossos deveres mais claros.

Quanto mais conscientes, mais responsáveis diante do dever.

“Onde começa ele? Onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais que ninguém transponha com relação a vós.” – (Evangelho segundo o Espiritismo – cap. XVII – O dever)

Sempre que agimos no mundo cumprindo com os nossos deveres morais, mantendo nossa consciência pacificada, irradiamos em torno de nós, naturalmente, reflexos benéficos, que beneficiarão a muitos e, por outro lado, receberemos também os reflexos daqueles caminham na mesma direção.

Quando relaxamos no cumprimento do dever, provocamos em nós mesmos distúrbios e desequilíbrios físicos e espirituais, envolvendo também aqueles que compartilham da nossa existência na caminhada evolutiva, atraindo para nós as irradiações daqueles que comungam com os mesmos desvios. As consequências são sempre desequilibrantes.

O sentimento de culpa chega, mais cedo ou mais tarde. O inexorável tribunal da consciência nos alerta e nos oprime, provocando alterações no nosso comportamento, nos tornando pessoas de difícil convivência, pessoas amargas, ou irritadas, ou deprimidas, ou tristes, enfim, insatisfeitas consigo mesmas.

Da mesma forma que o cumprimento do dever traz, como consequência natural, o sentimento de bem-estar e de felicidade, a fuga ao dever provoca o oposto, necessitando de todo um trabalho de reparação, de mudança de rumo, de renovação no modo de ser.

É por esses e outros motivos que os ensinamentos de Jesus e dos espíritos superiores nos inspiram e nos orientam no caminho do bem, do justo, do nobre, porque é desse modo que alcançaremos a paz interior, a serenidade que pacifica a alma, que leva o espírito a encontrar a harmonia, a certeza de estar dentro daquilo que Deus, através de suas leis, projetou para cada um dos seus filhos: a perfeição e a consequente felicidade.

Dica

A autora participa semanalmente dos grupos de estudos online, abaixo. Se tiver interesse em participar também, são abertos para todos os públicos.

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