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Depois da festa

Autor: Álvaro Teixeira de Macedo (espírito)

*

Não te entregues na Terra à vil mentira,

Desfaze a teia da filáucia humana,

Que a Morte, em breve, humilha e desengana

A demência da carne que delira…

*

O gozo desfalece à própria gana,

Toda vaidade ao báratro se atira,

Sob a ilusão mendaz chameja a pira

Da verdade, celeste, soberana.

*

Finda a festa de baldo riso infando,

A alma transpõe o túmulo chorando,

Qual folha solta ao furacão violento.

*

E quem da luz não fez templo e guarida,

Desce gemendo, de alma consumida,

Ao turbilhão de cinza e esquecimento.

Nota

A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo

Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo

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