Junho chega e traz com ele mais do que bandeiras coloridas: traz memórias, lutas e, acima de tudo, um convite à reflexão.
O Mês do Orgulho LGBTQIAPN+ não é uma “moda” ou “pauta externa” — é sobre dignidade, visibilidade e reparação histórica.
E para nós, espíritas, é também sobre coerência com a caridade e fidelidade ao Evangelho.
“Eu vejo o futuro repetir o passado
Cazuza
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para…”
Essa letra não podia ser mais atual: se o tempo não para, o Espiritismo também não pode parar no tempo.
A Doutrina dos Espíritos é viva, dinâmica e profundamente conectada ao progresso moral da humanidade, como o próprio Kardec nos ensinou em A Gênese (cap. I, item 55).
O que não anda com o progresso, estagna — e tudo que estagna, adoece.
🌈 Espiritismo e Diversidade: é doutrinário, sim!
A pluralidade de expressões de gênero e sexualidade não é aberração nem acidente espiritual. É parte legítima da trajetória evolutiva do espírito. Não é opinião pessoal: é doutrina.
Veja o que dizem as obras básicas:
🧠 O Livro dos Espíritos (questões 200–202):
“Os Espíritos não têm sexo como o entendemos; os gêneros são papéis transitórios que o espírito utiliza em sua jornada evolutiva.”
💞 O Evangelho Segundo o Espiritismo (cap. XI):
“A caridade é benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas.”
Não diz “para quem pensa como eu”, nem “para quem é hétero ou cis”.
🌀 A Gênese (cap. I, item 55):
“O Espiritismo marchará sempre com o progresso, jamais será ultrapassado.”
Se o mundo avança em respeito à diversidade, a doutrina acompanha — ou não será fiel a si mesma.
📘 O Céu e o Inferno, 2ª parte, cap. V:
Espíritos que praticaram preconceito e exclusão enfrentam, após o desencarne, pesadas reflexões espirituais sobre suas atitudes.
📣 E o que diz a nova geração de espíritas?
“A homossexualidade é uma experiência de amar e ser amado. Não é erro, não é castigo, não é desvio moral. É apenas mais uma forma legítima de viver o amor.” — Andrei Moreira, Homossexualidade sob a ótica do Espírito Imortal
A espiritualidade não está presa a normas humanas. A lei que rege o universo é a do amor, da evolução e da reparação.
Orgulho, portanto, é reconhecer isso sem medo — e afirmar que todo ser humano tem o direito de ser quem é, viver sua identidade com dignidade e, ainda assim (ou por isso mesmo), ser profundamente espiritual.
🛑 Mas e o movimento espírita?
Ainda há resistência.
Quantas casas espíritas você conhece que realmente acolhem com naturalidade pessoas LGBTQIAPN+? Que abrem espaço para essas pessoas palestrarem, coordenarem, dirigirem evangelizações ou liderarem grupos?
É mais comum o silêncio. Ou pior: a exclusão disfarçada de “respeito à tradição”.
Mas, convenhamos: se “tradição” for sinônimo de preconceito, então é hora de revisar a tradição, não os direitos.
Afinal, o Espiritismo não é um clube privado com regras culturais; é uma doutrina universalista e progressista, baseada na Lei de Amor.
✊🏽 Orgulho espírita é ação
Ação prática Como aplicar
Formação doutrinária com enfoque inclusivo Estudar obras como as de Andrei Moreira, Divaldo Franco, Hermínio Miranda, Suely Caldas Schubert e autores contemporâneos sobre diversidade.
Espaço de fala legítimo Convidar pessoas LGBTQIAPN+ para participar de estudos, eventos, painéis e diretoria.
Acolhimento fraterno com base no Evangelho Atendimento espiritual e psicológico com escuta afetiva, sem discriminação ou tentativas de “mudança” da identidade do outro.
Combate ao preconceito interno Corrigir com empatia comentários homofóbicos, piadas ofensivas ou exclusões institucionais.
Celebrar o orgulho todos os meses Visibilidade, respeito e compromisso o ano inteiro, não só em junho.
💭 Reflita: e se fosse com você?
Se você reencarnasse amanhã como uma pessoa trans, gay, bissexual, intersexo ou não-binária…
Sua casa espírita seria um lugar seguro? Você seria acolhido(a)?
Se a resposta é “não sei” ou “provavelmente não”, então é urgente construir essa nova realidade — agora.
✨ O que é orgulho pra nós?
Orgulho é ser quem se é com dignidade.
É ter coragem de se olhar com amor, se aceitar com fé, e se posicionar com ética.
É reconhecer que a pluralidade é parte do projeto divino, e que todo espírito, seja qual for sua expressão, está a caminho da luz.
Celebrar o Mês do Orgulho é doutrinário, sim.
É aplicar o Evangelho sem exceções.
É assumir a espiritualidade com todas as cores da criação.
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Jovens com Yvonne + Juventude Espírita é um espaço de estudo profundo, acolhimento sincero e fé com os dois pés no agora.
Com carinho, coragem e compromisso com o amor,
🧡 Caue Sanchez
Coordenador Pedagógico

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