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Edgard Quinet

O Espiritismo, e quando assim nos expressamos referimo-nos à ação dos Espíritos desencarnados, O Espiritismo, repetimos, tal como o sopro divino, se espalha; por toda a parte, penetra em todas as camadas sociais, tem luz apropriada a todos os graus da inteligência humana.

Ele tem sido tão necessário, como o será, por todo o sempre, à evolução dos homens, da mesma forma que o oxigênio o é para a manutenção da vida orgânica!

Não nos receamos de afirmar que os Espíritos desencarnados têm influído, continuam e continuarão influenciando os homens de ciência e os cultivadores das artes, muito embora grande parte desses favorecidos os desconheçam completamente, e, quando se admiram de haverem tomado esta ou aquela atitude decisiva em suas pesquisas, ou de terem tido ideias magníficas, atribuem, simploriamente, à sorte, à casualidade, à sua boa estrela, ou à inspiração feliz!

Sabemos, porém, que essa inspiração, boa estrela, casualidade, sorte, tudo isso enfim, nada mais é do que a inspiração amiga, oculta e desinteressada de nossos irmãos da Espiritualidade!

E os Espíritos que se comprazem em auxiliar seus irmãos encarnados, para que eles consigam avançar na senda do progresso e possam melhor sentir a grandeza divina, não se agastam quando os homens não reconhecem neles os seus mentores nas várias atividades a que se entregam aqui na Terra.

Pretendemos, neste capítulo, rememorar uma figura de real projeção e que muito dignificou a França, seu país natal: Edgard Quinet.

Foi filósofo, poeta, historiador e político. Nasceu em 1803, desencarnando em Paris no ano de 1875.

Após a leitura do livro de Johann Gottfried von Herder, intitulado “Ideia sobre a filosofia da história da Humanidade”, obra por ele traduzida, dedicou-se ao estudo da história das religiões e da filosofia da História.

Fez parte de comissões científicas, exerceu vários cargos de professor, bem como outros de real projeção. 

Foi por duas vezes eleito deputado, sendo que da primeira vez, em virtude de sua atitude leal e desassombrada, foi exilado! Em suas obras “A Alemanha e a Revolução”, “Sistema Político da Alemanha”, profetizou a hegemonia da Prússia.

Publicou várias e importantes obras. De retorno do exílio foi eleito deputado e publicou valioso resumo de suas doutrinas, intitulado “O Espírito Novo”.

Para deixarmos bem evidenciado como o Espiritismo nele exercia benéfica influência, será suficiente apelarmos para o Sr. Ledrain, crítico literário, extremamente céptico e que por ocasião do centenário de Edgard Quinet, em 1903, publicou um artigo no jornal francês “Eclair”, em que, entre outras coisas, disse o seguinte: “Ao mesmo tempo que o mundo visível o extasiava, tinha ele os olhos fixos no mundo invisível. Foi fervoroso espiritualista, como todos os de sua geração, Lamartine, Vítor Hugo, Michelet. Acreditava na “cidade imortal das almas”, na pátria de onde se não pode ser banido por homem algum. O sopro de não sei que país supra-terrestre em certos momentos o envolve e transporta, como suspenso em asas, aos espaços infinitos. Lede seu discurso ao pé do túmulo de sua mãe, do de seu genro Georges Mourouzi; que inflexões do Alto! E’ um profeta a elevar-se acima de todos os sacerdócios e a falar em nome do Eterno, como investido de uma missão direta.” 

Fonte: Grandes vultos da humanidade e o espiritismo.  

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