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A crucificação

Autor: Olavo Bilac (espírito)

*

Fita o Mestre, da cruz, a multidão fremente,

A negra multidão de seres que ainda ama.

Sobre tudo se estende o raio dessa chama,

Que lhe mana da luz do olhar clarividente.

*

Gritos e altercações! Jesus, amargamente,

Contempla a vastidão celeste que o reclama;

Sob os gládios da dor aspérrima, derrama

As lágrimas de fel do pranto mais ardente.

*

Soluça no silêncio. Alma doce e submissa,

E em vez de suplicar a Deus para a injustiça

O fogo destruidor em tormentos que arrasem,

*

Lança os marcos da luz na noite primitiva,

E clama para os Céus em prece compassiva:

“– Perdoai-lhes, meu Pai, não sabem o que fazem!.. .“

Nota

A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo

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