fbpx

Meditando

Autor: Um desconhecido (espírito)

*

Eu fui daquelas almas que viveram

Sem conhecer da Terra os paraísos,

Que somente a amargura dos sorrisos

Pela noite das dores conheceram.

*

Não que eu fosse infeliz e desditoso,

Pois fui também humano entre os humanos,

E através dos meus dias, dos meus anos,

Se eu quisesse gozar, teria o gozo.

*

É que ao sentir no âmago do peito

A atitude do homem nessa vida,

Coração enganado, alma iludida,

Afastado do Puro e do Perfeito,

*

O meu ser que sonhara a Humanidade

Qual um ramo de flores perfumosas,

Viu as almas tremerem, desditosas,

Sob o peso da própria iniquidade.

*

E isolado nos grandes sofrimentos

De ser só, na aspereza dos caminhos,

Encontrei o prazer pelos espinhos,

Ao trilhar os carreiros dos tormentos.

*

Pois no mundo pequeno da minhalma,

Quando em dor me envolvia a desventura,

Eu vislumbrava a luz brilhante e pura

Que me trazia a paz, bonança e calma:

*

– Era a luz que me vinha da visão

De ver o Cristo-Amor, entre cansaços,

E tinha então prazer de ver meus braços

Enlaçados na cruz da provação.

Nota

A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo

Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo

spot_img